Gol da La U nos acréscimos cala o Maracanã e complica Fla na Libertadores
Empate por 2 a 2 mantém o Rubro-Negro na segunda posição do Grupo 8
O Flamengo atolou em uma poça que pode ser fatal na Libertadores. O gol do Universidad de Chile, aos 46 minutos do segundo tempo, selou o empate por 2 a 2, na tarde desta quinta-feira, e complicou a situação do time carioca na competição. O jogo aconteceu em um improvisado Maracanã.
O esforço de guerra para colocar o estádio apto para a partida esbarrou na desatenção defensiva nos minutos finais. Depois de uma virada heroica, recheada de emoção, Rodriguez aproveitou-se de um buraco na zaga e garantiu a importante igualdade aos chilenos.
O Rubro-Negro fica na vice-liderança, com sete pontos. Um a menos do que a La U. O drama dos cariocas aumenta porque, nesta edição, apenas os seis melhores segundos colocados avançam - Chivas e San Luis estão classificados antecipadamente porque em 2009 foram eliminados por causa do surto de gripe suína no México.
A atuação da equipe no primeiro tempo não foi boa. Montilla abriu o placar após erro de posicionamento de Álvaro. Na etapa final, a entrada de Mezenga deu mais liberdade a Michael. O apoiador empatou e participou da jogada do segundo gol, feito por Léo Moura. Mas, nos últimos momentos, o tropeço se concretizou.
O Flamengo mira agora a semifinal da Taça Rio contra o Vasco, domingo. O próximo compromisso pela Libertadores será na quarta-feira, em Santiago, contra o Universidad Católica. No dia anterior, o Universidad de Chile visita o Caracas, na Venezuela.
Chilenos abrem o placar
Andrade mexeu na escalação. Na vaga de Adriano, optou pelo habilidoso Michael, mas a grande surpresa foi na zaga. Ele trocou o jovem Fabrício por Ronaldo Angelim. Com a alteração, repetiu uma zaga baixa – Angelim com 1,79m e o Álvaro com 1,80m - contra um atacante alto, o uruguaio Juan Olivera, de 1,91m.
Enquanto as nuvens negras rondavam o Maracanã e a torcida chegava em cima da hora, o Flamengo iniciou a partida no ataque. O gramado não facilitou a troca de passes, e a primeira chance foi no jogo aéreo. Léo Moura cobrou escanteio, Vagner Love subiu na entrada da pequena área, mas cabeceou por cima.
O atacante quase marcou aos 17. Ele girou sobre a zaga e bateu no lado de fora da rede. Mas os chilenos não estavam entregues. Puch incomodou com dribles curtos, procurando sempre o grandalhão Olivera.
Os erros infantis de Kleberson tiveram reação na torcida, que passou a vaiá-lo a cada toque na bola. Juan cobrou falta aos 40 e Conde saltou para espalmar a escanteio.
Mas os velhos problemas rubro-negros apareceram aos 43. Após lançamento nas costas de Juan, Puch cruzou e Montillo aproveitou-se de um erro de Álvaro para cabecear e abrir o placar. Os jogadores desceram para o vestiário sob os gritos de “Queremos raça” e “Pet”.
Virada, emoção e... luto
Andrade preferiu outro caminho e colocou Bruno Mezenga na vaga de Kleberson. Junto com o segundo tempo veio o temporal. Debaixo d´água a torcida se empolgou. Os jogadores tentaram. Juan cruzou para Mezenga cabecear fraco, nas mãos de Conde. O mesmo atacante forçou o goleiro chileno a boa defesa em chute colocado, no canto direito.
Aos 14, enfim, a torcida foi atendida. Petkovic entrou na vaga de Vinícius Pacheco. Após cruzamento de Léo Moura, aos 16, Bruno Mezenga acertou um cabeceio no pé da trave direita. Na sobra, Toró isolou.
A pressão abriu espaços na defesa. Em um deles, aos 17, Iturra avançou e finalizou com perigo.
Aos 21, Conde salvou outro gol chute de Willians. Mas foi na raça que surgiu o empate, aos 22 minutos. Vagner Love brigou contra a zaga, o goleiro e, sem ângulo, cruzou rasteiro para trás. Michael bateu, a bola desviou e entrou mansamente. A comemoração, com todo o time pulando, comoveu.
Petkovic chutou forte aos 30 e errou o alvo. A virada parecia questão de tempo. Aos 33, Mezenga ajeitou de cabeça e Vagner Love desviou para fora.
O alívio veio aos 37. Vagner Love foi ao fundo e passou para Michael. O apoiador, melhor em campo pelo segundo jogo seguido, foi travado e a bola sobrou para Léo Moura bater com força, no alto, e virar.
A torcida já esperava o apito final quando Rodriguez girou em cima de Álvaro e bateu forte, no canto esquerdo, aos 46. Silêncio no Maracanã.
Ficha técnica:
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O esforço de guerra para colocar o estádio apto para a partida esbarrou na desatenção defensiva nos minutos finais. Depois de uma virada heroica, recheada de emoção, Rodriguez aproveitou-se de um buraco na zaga e garantiu a importante igualdade aos chilenos.
O Rubro-Negro fica na vice-liderança, com sete pontos. Um a menos do que a La U. O drama dos cariocas aumenta porque, nesta edição, apenas os seis melhores segundos colocados avançam - Chivas e San Luis estão classificados antecipadamente porque em 2009 foram eliminados por causa do surto de gripe suína no México.
A atuação da equipe no primeiro tempo não foi boa. Montilla abriu o placar após erro de posicionamento de Álvaro. Na etapa final, a entrada de Mezenga deu mais liberdade a Michael. O apoiador empatou e participou da jogada do segundo gol, feito por Léo Moura. Mas, nos últimos momentos, o tropeço se concretizou.
O Flamengo mira agora a semifinal da Taça Rio contra o Vasco, domingo. O próximo compromisso pela Libertadores será na quarta-feira, em Santiago, contra o Universidad Católica. No dia anterior, o Universidad de Chile visita o Caracas, na Venezuela.
Chilenos abrem o placar
Andrade mexeu na escalação. Na vaga de Adriano, optou pelo habilidoso Michael, mas a grande surpresa foi na zaga. Ele trocou o jovem Fabrício por Ronaldo Angelim. Com a alteração, repetiu uma zaga baixa – Angelim com 1,79m e o Álvaro com 1,80m - contra um atacante alto, o uruguaio Juan Olivera, de 1,91m.
Enquanto as nuvens negras rondavam o Maracanã e a torcida chegava em cima da hora, o Flamengo iniciou a partida no ataque. O gramado não facilitou a troca de passes, e a primeira chance foi no jogo aéreo. Léo Moura cobrou escanteio, Vagner Love subiu na entrada da pequena área, mas cabeceou por cima.
O atacante quase marcou aos 17. Ele girou sobre a zaga e bateu no lado de fora da rede. Mas os chilenos não estavam entregues. Puch incomodou com dribles curtos, procurando sempre o grandalhão Olivera.
Os erros infantis de Kleberson tiveram reação na torcida, que passou a vaiá-lo a cada toque na bola. Juan cobrou falta aos 40 e Conde saltou para espalmar a escanteio.
Mas os velhos problemas rubro-negros apareceram aos 43. Após lançamento nas costas de Juan, Puch cruzou e Montillo aproveitou-se de um erro de Álvaro para cabecear e abrir o placar. Os jogadores desceram para o vestiário sob os gritos de “Queremos raça” e “Pet”.
Virada, emoção e... luto
Andrade preferiu outro caminho e colocou Bruno Mezenga na vaga de Kleberson. Junto com o segundo tempo veio o temporal. Debaixo d´água a torcida se empolgou. Os jogadores tentaram. Juan cruzou para Mezenga cabecear fraco, nas mãos de Conde. O mesmo atacante forçou o goleiro chileno a boa defesa em chute colocado, no canto direito.
Aos 14, enfim, a torcida foi atendida. Petkovic entrou na vaga de Vinícius Pacheco. Após cruzamento de Léo Moura, aos 16, Bruno Mezenga acertou um cabeceio no pé da trave direita. Na sobra, Toró isolou.
A pressão abriu espaços na defesa. Em um deles, aos 17, Iturra avançou e finalizou com perigo.
Aos 21, Conde salvou outro gol chute de Willians. Mas foi na raça que surgiu o empate, aos 22 minutos. Vagner Love brigou contra a zaga, o goleiro e, sem ângulo, cruzou rasteiro para trás. Michael bateu, a bola desviou e entrou mansamente. A comemoração, com todo o time pulando, comoveu.
Petkovic chutou forte aos 30 e errou o alvo. A virada parecia questão de tempo. Aos 33, Mezenga ajeitou de cabeça e Vagner Love desviou para fora.
O alívio veio aos 37. Vagner Love foi ao fundo e passou para Michael. O apoiador, melhor em campo pelo segundo jogo seguido, foi travado e a bola sobrou para Léo Moura bater com força, no alto, e virar.
A torcida já esperava o apito final quando Rodriguez girou em cima de Álvaro e bateu forte, no canto esquerdo, aos 46. Silêncio no Maracanã.
Ficha técnica:
FLAMENGO 2 x 2 UNIVERSIDAD DE CHILE | |
Bruno; Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan; Toró, Willians, Kleberson (Bruno Mezenga) e Michael; Vinícius Pacheco (Petkovic) e Vagner Love | Conde; Rodriguez, Olarra, Victorino e Rojas; Contreras, Seymour, Iturra, Puch (Eduardo Vargas) e Montillo; Juan Olivera (Rivarola). |
Técnico: Andrade. | Técnico: Gerardo Pelusso. |
Gols: Montillo, aos 40 minutos do primeiro tempo; Michael, aos 22, Léo Moura, aos 37 minutos. Rodriguez, aos 46 minutos do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Vinícius Pacheco, Vagner Love, Bruno (Flamengo) Iturra, Rojas, Rodrigues (Universidad de Chile) | |
Estádio: Maracanã. Data: 8/4/2010. Árbitro: Roberto Carlos Silveira (URU). Auxiliares: Mauricio Espinosa (URU) e Carlos Pastorino (URU). Público: 16.784 pagantes (15.361 presentes). Renda: R$ 481.583,00 |