Ronaldinho Gaúcho troca assistências por gols no Fla
Camisa 10 relega estigma de garçom para se tornar goleador do Brasileiro e alcançar a segunda melhor média de gols desde 2001
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Bruno Braga
Eduardo Mendes
Roberto Murad
Eduardo Mendes
Roberto Murad
Artilheiro isolado do Brasileirão, com cinco gols, Ronaldinho trocou o papel de um exímio assistente na Europa pela função de goleador no retorno ao Brasil, após dez anos no exterior.
No Flamengo, são dez em 25 jogos. O número, apesar de não ser tão expressivo quanto o de outros consagrados goleadores, é suficiente para cravar a segunda melhor média de gols do camisa 10 desde a passagem pelo Paris Saint-Germain, da França, entre 2001 e 2002.
O desempenho nestes primeiros seis meses pelo Rubro-Negro é ligeiramente inferior à média alcançada no Barcelona durante as cinco temporadas em que esteve na Espanha.
Foi no Barça que ele conseguiu, além do título de melhor do mundo, em 2004 e 2005, o maior número de assistências: 51 no total. O recorde de passes que resultaram em gols aconteceu em 2006. Naquela temporada, quando jogava como um ponta aberto pela esquerda, foram 23.
O deslocamento para o ataque exigido pelo técnico Vanderlei Luxemburgo explica, de certa forma, o aumento na média de gols, principalmente em relação às duas temporadas passadas no Milan, quando ele fez 26 gols em 95 partidas.
Ronaldinho, no Flamengo, tem liberdade para avançar ao ataque. Com Thiago Neves incumbido de armar o jogo, o camisa 10 se aproxima mais do centroavante do time, seja Deivid ou Wanderley.
Goleador do Brasileirão, o atacante, agora, endossa a disputa com Thiago Neves pela artilharia do Flamengo este ano. Precisa anotar mais um para superar o camisa 7.
À base de pressão ou não, Ronaldinho tem o respaldo e a confiança do grupo para manter a boa fase.
– Não o senti mordido. Foi o Ronaldinho de sempre. Ele entendeu como é o Flamengo – disse o meia Renato.