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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Marcelo Lomba revela todo o seu 'patriotismo' rubro-negro

Fã de Taffarel e Julio César, goleiro fala da força da base e relembra ditado: ‘Craque o Flamengo faz em casa'
Eduardo Peixoto e Rodrigo Benchimol Rio de Janeiro


Marcelo Lomba, com a bola na mão, ainda não sabe se jogará contra o Macaé, neste sábado

Depois do “bombardeio” chileno, veio a bonança para Marcelo Lomba. O goleiro que substituiu Bruno contra o Universidad Católica apareceu visivelmente feliz no treino da última quinta-feira, na Gávea. O fato de ele ter participado do único jogo em que o Flamengo não sofreu gol em 2010 foi lembrado timidamente ao conceder entrevista coletiva. Longe da ênfase no discurso quando o assunto foi as divisões de base rubro-negra.

Antes de chegar ao clube, em 2000, Lomba jogou no mirim do CFZ durante dois anos. Por causa de uma vitória contra o Flamengo, ele acabou sendo convidado pelos dirigentes rubro-negros. Foi aí que começou a sua história que completa uma década este ano. Por conta dessa trajetória caseira, ele sabe o valor de uma estreia na Libertadores.

- Quando a torcida gritou meu nome, eu senti mais motivação para entrar em campo. Já vi vários goleiros sendo aclamados: Julio César, Diego, Bruno... Eu sabia que precisava fechar o gol – disse Marcelo Lomba.

Ele não escondeu que a adrenalina foi forte quando o jogo contra a Universidad do Chile começou:

- Quando o Flamengo teve a desvantagem numérica, eles chutaram e me bombardearam ali. Eu sabia que precisava ficar mais atento e que seria mais exigido. Foi uma prova de fogo e eu não tomei gol. Foi importante. Primeiro, eu entrei para ganhar. Não tomar gol foi o outro fator importante.

O bombardeio chileno, na verdade, acabou trazendo a tona um sentimento de "patriotismo" rubro-negro no goleiro. Principalmente pelo fato de ele ver jogadores revelados pelo Flamengo, como o próprio Fabrício, estarem mostrando personalidade em jogos importantes.

- Tenho o maior orgulho de ter sido criado aqui no Flamengo. Até pouco tempo atrás a base vinha sendo criticada, mas o Flamengo tem o seu valor para revelar jogadores. Craque o Flamengo faz em casa. Sei o quanto custou para chegar até aqui, mas quando chega a recompensa é muito grande – disse Lomba, fã de Julio César e Taffarel.

O goleiro ainda não sabe se enfrentará o Macaé, neste sábado, às 19h30m (horário de Brasília), em Volta Redonda, pela Taça Rio. Tudo irá depender da avaliação médica em Bruno, nesta sexta-feira, para saber se ele ainda sente as dores na coxa direita. A única certeza que Marcelo Lomba tem é de que, se jogar, sua camisa será igual ao do histórico dia em que ele estreou na Libertadores.

- Sou muito supersticioso, sempre entro em campo com o pé direito... Então se eu tiver de jogar de novo, vou manter o uniforme azul – brincou.

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