Maldonado volta ao Chile passando por fase digna de esquecimento

Maldonado volta ao Chile passando por fase digna de esquecimento

Fora da Copa do Mundo e barrado no Flamengo, volante chileno dá dicas sobre o que o Rubro-Negro vai encontrar no estádio Santa Laura

Por Eduardo Peixoto e Rodrigo Benchimol Rio de Janeiro

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Mesmo barrado, Maldonado ajuda o Flamengo  com
dicas sobre o Universidad de Chile (Foto: Vipcomm)

Maldonado vive uma nova fase dentro do Flamengo. Fora da Copa do Mundo, o volante chileno também foi barrado por Rogério Lourenço, e a diretoria rubro-negra nem o procurou para renovar o contrato que termina dia 31 de agosto. Mesmo diante de tantas coisas negativas, ele segue tendo a mesma postura profissional de sempre e vai ajudar o time contra o Universidad de Chile, quinta-feira, em Santiago, com o seu conhecimento sobre o acanhando estádio Santa Laura.

Após o treino da última terça-feira, no Ninho do Urubu, o volante falou rapidamente com alguns jornalistas sobre sua atual fase na carreira. Um tanto quanto abatido, Maldonado deu a entender que se sentiu injustiçado em não ter sido chamado por Bielsa nem mesmo na lista inicial dos 30 nomes que poderiam ir para a África do Sul. Ainda mais depois de se machucar jogando pela seleção do Chile, em novembro de 2009, e ter perdido suas férias para se recuperar e estar em boas condições para defender seu país.

Nesta quarta-feira, ele e os outros jogadores do Flamengo viajam para Santiago para enfrentar o Universidad de Chile.

Confira os principais trechos da entrevista de Maldonado.

O que o Flamengo deve fazer para superar o Universidad de Chile por uma diferença de dois gols, sendo que nos outros três duelos contra eles, em 2010, o time não se saiu vitorioso?

- Todos os erros dos outros jogos não podem ser repetidos. Não podemos sofrer gols e temos de criar as jogadas.

E realmente é complicado jogar no estádio Santa Laura?

- Apesar de ser um estádio para apenas 18 mil pessoas, as dimensões do campo não são tão pequenas assim. O problema mesmo é que a torcida fica muito perto, em cima, pressionando. Ali jogam tudo no campo. O Fluminense experimentou um jogo ali pela Sul-Americana. É difícil jogar lá e temos de ir preparados paras as dificuldades. Sobre o gramado eu não sei como estará. Quando eu joguei lá, há alguns anos, era normal.

Como será chegar ao Chile depois de não ter sido chamado para a Copa do Mundo? É um sentimento diferente nessa ida para lá?

- Agora já estou mais tranquilo do que no primeiro dia que eu soube. O Bielsa me ligou para explicar seus motivos antes de divulgar a lista. Agora sei que vou chegar lá tendo de dar explicações (para a imprensa) porque todo mundo vai querer saber o que aconteceu. Mas estou com a cabeça tranquila e já aceitei porque a vida é assim mesmo.

Para muita gente é uma injustiça você ter ficado de fora da Copa do Mundo, pelo futebol que você tem e pela dedicação de sempre. Foi realmente uma injustiça?

– Eu me dediquei durantes as férias, machuquei jogando pela seleção... É difícil explicar, mas a seleção tem outros grandes nomes. É claro que todo jogador tem o sonho de disputar uma Copa.

Seu contrato com o Flamengo está perto do fim. Alguém do clube já o procurou para renovar?

- Ninguém do Flamengo me procurou. Até agora não houve qualquer contato e eu também não sei qual é a ideia do meu procurador. Sei que até agora nenhum outro clube me procurou também.