A fiel do Didio: Egídio tem a irmã Adriana como maior incentivadora
No Flamengo, lateral é uma espécie de afilhado de Ronaldinho. Em casa, é o xodó da família
Jogo sim, jogo também, Egídio pega o telefone celular antes de entrar em campo e liga para a mãe Ana e para a irmã Adriana. É um ritual do lateral-esquerdo desde o início da carreira. Domingo passado, antes da partida contra o Bahia, foi assim. Ouviu desejos de sorte, incentivos e uma cobrança de leve.
- No jogo contra o Avaí, ele tinha ido bem e quase fez um gol. Comentei isso com ele, que só faltou o gol. Faltava o gol pelo Flamengo, já que nos outros clubes ele tinha marcado. Ele sempre liga para mim e para minha mãe. Pede a bênção para ela e nós dizemos que estamos na torcida – disse Adriana.
Em Salvador, no empate por 3 a 3, Egídio repetiu o bom desempenho e ainda marcou. Primeiro gol dele pelo Rubro-Negro. Antes, em jogos oficiais, havia feito três pelo Paraná (2007), dois pelo Juventude (2008), quatro pelo Figueirense (2009) e dois no Vitória (2010).
- Fazia tempo que eu não marcava. Nem lembrava mais. Mas é só uma coincidência, porque no Flamengo eu jogo no mesmo esquema que participei no Vitória, por exemplo, numa linha de quatro. Lateral faz poucos gols mesmo (risos).
Depois da partida, a ligação para Ana e Adriana teve sentido especial.
- Ele sempre liga depois também e sempre pergunta o que eu achei do desempenho dele, os que os comentaristas disseram. Não que eu entenda, mas eu falo se foi bem ou mal, conto o que estão falando. Temos essa cumplicidade. Eu tenho 22 anos, ele tem 24. Nos damos bem. Quando saímos juntos na rua, acham que somos namorados, já que não somos
muito parecidos.
muito parecidos.
Dos cinco filhos de Ana, Egídio é o único homem. Além dele e de Adriana, Quecilene, Elisângela e Elaine. Foram elas que deram apoio ao jogador quando as críticas viraram rotina.
- A família sempre está com ele. Torcedor é torcedor, mas nós que o conhecemos, que acompanhamos a carreira dele, sabemos que tem potencial. Sabíamos que o Egídio ainda não tinha mostrado o verdadeiro futebol dele no Flamengo. Sempre vou ao estádio e falo para ele não se abater na dificuldade. Sei do que ele é capaz.
Egídio cresce no momento em que Junior Cesar, contratado na semana passada, se prepara para estrear. A tendência é que o ex-são-paulino assuma a posição no próximo domingo, contra o Corinthians, pela terceira rodada, no Engenhão.
No Flamengo, ele é Gidão, o fiel de Ronaldinho. O lateral-esquerdo caiu nas graças do craque e passou a ser uma espécie de afilhado do camisa 10. É um dos mais queridos do grupo. Em casa, Egídio vira Didio e tem todo o carinho de Adriana.
- Sou Flamengo, mas acima de tudo sou Egídio Futebol Clube. Vou torcer por ele em qualquer lugar que ele esteja. Minha torcida por ele ultrapassa o amor pelo clube.
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