Fla leva taças e atletas a Realengo, mas 'fica devendo' Ronaldinho
Alunos da Tasso da Silveira recebem exposição itinerante de 81. Além de itens do Mundial, crianças se encantam com troféus do Carioca de 2011
A manhã desta segunda-feira foi de emoção para atletas e dirigentes do Flamengo. A diretoria rubro-negra levou para a escola Tasso da Silveira, em Realengo, a exposição itinerante em homenagem aos 30 anos da conquista do Mundial Interclubes. O objetivo era levar um pouco de alegria aos alunos, que tentam esquecer a tragédia de abril. No dia 7 daquele mês, o ex-aluno Wellington de Oliveira entrou armado na escola, matou 12 estudantes e deu um tiro na cabeça depois de ser atingido por um policial militar.
Estiveram presentes em Realengo a presidente Patrícia Amorim; os jogadores de basquete Marcelinho Machado e Teichmann, os ginastas Diego Hypólito, Sérgio Sasaki e Vitor Rosa; e os campeões da Copa São Paulo de juniores Marlos, César, Rafinha e Paulo Henrique. Os rubro-negros ficaram no local de 10h até pouco depois das 12h.
Para evitar aglomeração, a visita foi feita em sigilo. Nem os alunos sabiam do evento, e foram surpreendidos quando atletas começaram a entrar nas salas. Muitos ficaram fustrados ao notar que jogadores do time principal de futebol não estavam presentes.
- Todo mundo queria ver o Ronaldinho, mas não deu. Tem a festa de premiação do Carioca hoje à noite, e por isso o treino tinha de ser de manhã - explicou a presidente Patrícia Amorim.
A exposição itinerante do Flamengo começou em Joinville, no dia 15 de abril, e irá passar por mais de 20 cidades brasileiras com material relativo ao período mais vitorioso da história do clube. A ideia é exibir fotos, troféus, camisas e outros itens que farão parte do futuro museu rubro-negro, com inauguração prevista para novembro deste ano. Entre os itens levados para a escola nesta segunda estavam a taça do Mundial de 81, a da Libertadores do mesmo ano, e as taças dos dois turnos no Campeonato Carioca de 2011. A diretoria pretende visitar outras escolas, mas começou pela Tasso da Silveira para ajudar a mudar o astral dos alunos.
Todos os alunos receberam garrafas do Flamengo, e a direção da escola ficou com camisas oficiais para sortear. Além de sorrisos e pedidos de fotos, Patrícia recebeu em retribuição uma flor de uma aluna.
- Carinho de criança é sempre especial. É uma exposição que está rodando o Brasil e a gente teve a ideia de levar para as escolas. Foi legal, porque eles não sabiam de nada, a gente não queria causar tumulto. Reparei que estavam todos alegres, os choros que eu vi foram de emoção. Para o Flamengo, que é muito popular, é a chance de multiplicar uma mensagem bacana, além de a gente se aproximar da nossa torcida - disse a presidente, que também foi cobrada por contratações.
- Recebi vários palpites de quem eu tenho de trazer. Isso é legal também - comentou.
O rubro-negro Marcos, de 14 anos, da 7ª série, estava na escola no dia da tragédia. Fugiu dos tiros correndo para o terceiro andar, e agora retoma à rotina aos poucos.
- Foi muito bom. Todo mundo pensou que era o Ronaldinho, ficou uma frustração, mas os troféus foram maneiros. As coisas estão começando a voltar ao normal, hoje já teve prova, aos poucos tudo vai se acertando - comentou.
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