Fla erra demais e perde para o Flu após mais de dois anos: 2 a 1. Bruno faz gol
Mais organizado durante os 90 minutos, Tricolor triunfa sobre o maior rival após mais de dois anos com gols do argentino e de Rodriguinho
Recuperado das dores na coxa direita, Fred até esteve em campo, mas quem fez a diferença foi Conca. Com uma assistência para o gol de Rodriguinho e um golaço em chute de fora da área, o argentino foi o nome do jogo. Bruno, em cobrança de falta perfeita, descontou. O resultado coloca o Flu na sexta colocação da competição, enquanto o Flamengo, com cinco, caiu para oitava.
Na próxima rodada, o Tricolor vai até Belo Horizonte encarar o Atlético-MG, domingo, às 16h (de Brasília), no Mineirão. Já o Rubro-Negro volta a jogar em casa, sábado, contra o Grêmio, às 18h30m, no Maracanã.
Flu massacra, mas marca só um gol
Fred mostrou logo que estava disposto a fazer uma bela atuação. Com apenas 12 segundos, arriscou um chute de longa distância. A bola passou perto da meta de Bruno, que foi a campo com a camisa número três do Fla (em amarelo e azul). Aos quatro minutos, o goleiro não pôde se limitar a apenas observar. Carlinhos cruzou da esquerda e encontrou o camisa 9 na pequena área. Fred cabeceou, e Bruno, quase dentro do gol, salvou. O atacante ainda reclamou que a bola teria entrado.
Com meio-campo repleto de volantes (Rômulo, Toró e Fernando), o Flamengo mal conseguia sair do campo de defesa e a responsabilidade de criação caia nos pés do jovem Camacho. E a pressão tricolor deu resultado aos dez minutos. Conca avançou pelo meio e lançou Rodriguinho. Na mesma linha do último homem do Fla, o atacante invadiu e tocou na saída de Bruno.
Após sofrer o gol, o Fla tentou ensaiar uma reação. Aos 12, Toró invadiu a área e caiu após passar por Conca. O árbitro Marcelo de Lima Henrique o mandou se levantar, não considerando que houve pênalti. Ataques rubro-negros, no entanto, eram raridade, e o Flu massacrava. Assim como no clássico do Carioca, deixava a impressão de que poderia golear a qualquer momento, mas desperdiçava boas oportunidades.
Acuado, o Flamengo ao menos tinha espaço para contra-ataque. E o utilizou bem aos 21. Guilherme Camacho descolou lançamento longo para Vagner Love, que ganhou na velocidade de Gum e tocou com categoria para encobrir Rafael. O goleiro se esticou todo e impediu o gol. Mais bem estruturado na defesa, o Rubro-Negro marcava em seu campo de defesa e assustou em novo contragolpe aos 27 com Vinícius Pacheco. Rafael novamente foi bem, espalmando.
O Tricolor, por sua vez, tinha um verdadeiro corredor nas costas de Leonardo Moura pelo lado esquerdo de ataque, e Carlinhos deitava e rolava. Aos 28, ele recebeu de Marquinho dentro da área, chutou forte e levou perigo ao gol de Bruno. Quatro minutos depois, novamente com muita liberdade, o lateral fez com cruzamento na cabeça de Rodriguinho. O atacante voou de peixinho para balançar as redes, mas o lance foi bem anulado pelo auxiliar, que marcou impedimento.
Correndo de um lado para o outro, Toró tentava diminuir os buracos na defesa do Flamengo. Correu tanto que se irritou, deu um tapa em Conca, mas sequer foi punido pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique. No campo ofensivo, quem lutava quase que sozinho para reanimar a equipe era Vagner Love, tentando aproveitar um dos inúmeros vacilos de Gum.
Com o jogo mais equilibrado, o Rubro-Negro até se mantinha no campo de ataque. Só não criava. Lance de perigo somente no minuto final da primeira etapa. Guilherme Camacho levantou a bola na área em cobrança de falta, Love tentou o desvio, e Fred afastou de meia bicicleta.
Sem fazer força, Tricolor administra e amplia
Trocando passes de um lado para o outro, o Fla não encontrava espaços para criar e apostava em jogadas de bola parada. Aos sete, Juan cobrou falta na cabeça de Fernando. O volante, na pequena área, se atrapalhou todo e cabeceou. Já o Flu, deu o bote certo.
Aos 11, Mariano foi ao fundo e achou Marquinho dentro da área. O meia dominou, fez o papel de pivô e rolou com açúcar para Conca emendar de primeira. Golaço! Na base da correria, o Rubro-Negro tentava atacar, mas tropeçava nas próprias pernas, como Diego Maurício, aos 13. Seguro de seu futebol, o Fluminense mandava na partida.
O melhor suspiro de vida do Flamengo aconteceu aos 21. Camacho deixou Ramon sozinho na frente de Rafael dentro da área. E o apoiador decepcionou. Nitidamente nervoso, ele olhou para o gol, para o meio da área, para o gol e errou tudo ao tentar passe para Vagner Love. Três minutos depois, o Flu quase ampliou em cabeçada de Marquinho que tirou tinta da trave.
Em sua segunda oportunidade entre os profissionais, Diego Maurício tentava de todas as maneiras levar seu time ao ataque. Sem sucesso. Se já era amplamente dominado, o Rubro-Negro viu suas possibilidade de empate terminarem 15 minutos antes do apito final de Marcelo de Lima Henrique. Em bola dividida com Carlinhos, Fernando levantou muito o pé e recebeu o cartão vermelho.
Apesar da vantagem, o Fluminense abdicou do ataque e segurou a bola tocando de um lado para o outro como se esperasse o fim da partida. A passividade foi castigada com belo gol de Bruno, de falta, aos 46 minutos. Nada que colocasse em risco a vitória e o fim de um tabu que incomodava, e bastante.
Rafael, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Diogo, Diguinho, Marquinho e Conca; Rodriguinho (Alan) e Fred (André Lima). | Bruno, Léo Moura, David, Ronaldo Angelim e Juan; Rômulo (Ramon), Toró, Fernando e Camacho; Vinícius Pacheco (Diego Maurício) e Vagner Love |
Técnico: Muricy Ramalho | Técnico: Rogério Lourenço |
Gols: Rodriguinho, aos 10 minutos do primeiro tempo. Conca, aos 10, Bruno, aos 46 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Léo Moura, Toró, Fernando, Camacho e David (Flamengo) Gum (Fluminense) Cartão vermelho: Fernando (Flamengo) | |
Local: Maracanã. Data: 26/05/2010. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ). Assistentes: Marco Aurélio Pessanha (RJ) e Ricardo de Almeida (RJ). |
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