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sábado, 11 de setembro de 2010

Flamengo precisará de nervos de aço em Volta Redonda

Ironizado pela própria torcida, time encara Vitória sob pressão



Deivid não gostou das hostilidades a Val Baiano
Deivid não gostou das hostilidades a Val Baiano (Crédito: Paulo Sérgio)
Pedro Henrique Torre
Pedro Henrique Torre ENVIADO ESPECIAL A VOLTA REDONDA
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O Maracanã, sua casa, está fora de cogitação pelos próximos dois anos e meio. O Flamengo, então, rumou para Volta Redonda, a Cidade do Aço, onde enfrenta neste sábado, às 18h30, com transmissão em tempo real do LANCENET!, o Vitória. Mas a pressão sofrida pelo atual campeão brasileiro sofre por ser o primeiro time fora da zona de rebaixamento não ficou no Rio. Na sexta, a torcida deu uma péssima demonstração aos jogadores que para vencer serão necessários verdadeiros nervos de aço.


Se o ataque rubro-negro não marca gols há mais de mil minutos, Val Baiano parece representar para alguns torcedores o ícone do jejum e da má fase da equipe. O treino de sexta no Estádio Raulino de Oliveira foi aberto ao público. Primeiro, um torcedor criticou Petkovic, que fazia 38 anos no dia. De maneira hostil, gritou:

– Ei, Pet! Tem de correr mais, você está roubando o Flamengo!


Pet olhou, mas, diante de sua experiência, evitou o conflito e apenas sorriu. Vieram, então, gritos de incentivo ao gringo. Mas quem sofreu mesmo foi Val Baiano. Durante o treino de finalizações, o atacante virou alvo. Foi hostilizado e, a cada chute para fora, era ironizado. O deboche, claro, não caiu bem aos ouvidos dos companheiros. Os nervos de aço do elenco entraram em ação já no treinamento. Único confirmado no ataque, Deivid saiu em defesa do companheiro atacado.


– É falta de respeito. A gente abre os portões para o torcedor entrar e ver os jogadores. Quando fecha, ficam reclamando. Tem de apoiar o Val para que ele possa ficar tranquilo e marcar os gols – disse Deivid.
O técnico Silas, por sua vez, preferiu não dar mais ênfase ao assunto. Apenas pediu apoio a Val. Apesar dos olhares constrangedores dos atletas para a arquibancada do Raulino de Oliveira, a fé numa ressurreição rubro-negra continua inabalada. Mesmo com nervos de aço.

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