Luxemburgo: 'Vou ganhar o Brasileiro no Fla no ano que vem'
Apesar do otimismo, treinador ressalta importância de transformações estruturais no clube e revela que foi sondado pelo São Paulo
Por GLOBOESPORTE.COMSão Paulo
A intenção era ficar parado por algum tempo. Mas, após a queda de Silas, Vanderlei Luxemburgo não resistiu ao convite para voltar a treinar o Flamengo – clube do qual é torcedor declarado. Nesta segunda-feira, o novo técnico rubro-negro foi o convidado do programa “Bem, Amigos!”, do SporTV, e admitiu que a oportunidade de retornar à Gávea pesou em sua decisão de trabalhar novamente na temporada atual. Mais que isso, Luxa que assumiu a equipe em meio à luta para se distanciar da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, não hesitou em declarar sua meta principal à frente do Rubro-Negro.
- Já fiquei cinco anos sem ganhar o Brasileiro antes, mas vou ganhar no Flamengo ano que vem. O flamenguista precisa saber que o maior projeto para os próximos dois meses é ganhar os nove jogos decisivos que teremos para começar um novo trabalho.
Apesar do otimismo, Luxemburgo afirmou que sua missão no clube vai além da busca por resultados. Ele quer se dedicar, também, a mudanças estruturais, especialmente no que diz respeito à construção de um centro de treinamento. Para isso, sua primeira medida foi vetar os treinaos na Gávea, onde fica, também, a sede social do clube.
- É a grande oportunidade. Se eu sentir que não vai mudar, será melhor ir embora. Temos que crescer com o Flamengo. (...) Não vamos mais à Gávea. Nosso local de trabalho vai ser o Ninho do Urubu, para acosutmar os jogadores e obrigar o clube a criar a estrutura.
Assista a mais vídeos do SporTV
Luxemburgo lembrou de suas passagens anteriores pelo Fla - como jogador e treinador - e destacou a diferença de realidades que viveu na Gávea.
- Já fiquei cinco anos sem ganhar o Brasileiro antes, mas vou ganhar no Flamengo ano que vem. O flamenguista precisa saber que o maior projeto para os próximos dois meses é ganhar os nove jogos decisivos que teremos para começar um novo trabalho.
Apesar do otimismo, Luxemburgo afirmou que sua missão no clube vai além da busca por resultados. Ele quer se dedicar, também, a mudanças estruturais, especialmente no que diz respeito à construção de um centro de treinamento. Para isso, sua primeira medida foi vetar os treinaos na Gávea, onde fica, também, a sede social do clube.
- É a grande oportunidade. Se eu sentir que não vai mudar, será melhor ir embora. Temos que crescer com o Flamengo. (...) Não vamos mais à Gávea. Nosso local de trabalho vai ser o Ninho do Urubu, para acosutmar os jogadores e obrigar o clube a criar a estrutura.
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Luxemburgo lembrou de suas passagens anteriores pelo Fla - como jogador e treinador - e destacou a diferença de realidades que viveu na Gávea.
- O Marcio Braga, quando assumiu o Flamengo, em 77, mudou o clube. Passou a ser um modelo de administração, quando eu fui jogador. Em 91, quando voltei para treinar o time, me assustei. O presidente era o Marcio Braga, mas tinha salário atrasado, tem aquela história de que não tinha bola para treinar... Eu tive que dar dinheiro do meu bolso aos jogadores. Tinha o Djalminha, o Marcelinho, o Paulo Nunes, o Rogério... O Gaúcho não perdeu um apartamento porque eu tirei dinheiro do meu bolso e emprestei.
O convite para voltar
Sobre seu retorno, Vanderlei explicou que foi procurado pelo ex-diretor de futebol, Zico, após a polêmica troca de farpas entre o zagueiro Jean e o então técnico Silas.
O convite para voltar
Sobre seu retorno, Vanderlei explicou que foi procurado pelo ex-diretor de futebol, Zico, após a polêmica troca de farpas entre o zagueiro Jean e o então técnico Silas.
- O Zico me ligou, o Cantareli ligou para a minha esposa – nós temos uma amizade de mais de 40 anos. O Zico disse: “Estamos com um problema aqui e quero saber de você”. Eu disse que queria ficar parado até o fim do ano. Ele falou que o Silas deu uma entrevista que criou uma área de atrito com os jogadores.
Vanderlei então pediu tempo para consultar a família, mas acabou surpreendido pela saída do Galinho do clube.
- No dia seguinte, eu vi que ele saiu. Falei com o Isaias Tinoco: o Flamengo precisa decidir a própria vida, não a minha. Se quer mandar o Silas embora, não pode me usar para criar essa situação. Só quando decidiram mandar o Silas embora marcamos de conversar à noite e acertamos o contrato.
Conselho a Val Baiano
Conselho a Val Baiano
A torcida rubro-negra já viu uma transformação mais evidente, com a chegada de Luxemburgo: o fim do jejum de gols de Val Baiano, que marcou três vezes, em dois jogos. Vanderlei revelou a orientação que deu ao camisa 9.
- Meu filho, fica próximo da área que se você ficar longe não tem jeito.
Sondagem do São Paulo
Sobre os rumores de que teria sido procurado pelo São Paulo à época em que ainda estava no comando do Atlético-MG, Luxemburgo lamentou que as informações de bastidores tenham vindo a público após sua recusa.
- Meu filho, fica próximo da área que se você ficar longe não tem jeito.
Sondagem do São Paulo
Sobre os rumores de que teria sido procurado pelo São Paulo à época em que ainda estava no comando do Atlético-MG, Luxemburgo lamentou que as informações de bastidores tenham vindo a público após sua recusa.
- O Milton Cruz, quando saiu o técnico do São Paulo, me ligou a mando do presidente e perguntou se tinha a possibilidade de romper com o Atlético-MG e conversar com eles. Eu tinha um compromisso com o Atlético e disse que não posso. A coisa se tornou pública e eu fui ao Kalil para dizer que já havia recusado e que o resto era especulação. Ele foi para a imprensa e disse que eu tinha sido sondado, mas deveria ter ficado interno.
Interferência de empresários
A respeito das declarações que deu sobre a necessidade de se reciclar, Vanderlei Luxemburgo deu como exemplo a necessidade de aprender a lidar com a forte influencia dos empresários sobre os atletas.
- Hoje em dia, empresários pertencem à comissão técnica, sem pertencer. Eles atuam com você. Jogadores têm empresários diferentes. Quando você faz uma ação coletiva com proposta de jogo, há interferência do empresário com relação ao que é importante para o jogador. Como ele deve atuar, se deve ou não jogar um jogo. Você coloca compromissos e o jogador vai conversar com o empresário. Você não pode abandonar o empresário, mas tem que ter alguém do clube para conversar com eles. Alguém precisa fazer a cabeça do jogador junto de você. São coisas que trazem prejuízo. A relação entre jogador e técnico é diferente da que existia na nossa época. A interferência dos empresários desde as categorias de base é muito grande.
Gol de barriga
Vanderlei Luxemburgo lembrou que, em 2011, o futebol do Flamengo completará cem anos. O treinador, que comandou a equipe rubro-negra em 1995, quando era comemorado o centenário do clube, contou que uma adversidade daquela temporada o marcou: o gol de barriga de Renato Gaúcho na decisão do Campeonato Estadual. Luxemburgo espera poder revidar.
- Ano que vem é o ano do centenário do futebol do Flamengo. Eu sou flamenguista e uma das coisas que mais me frustraram foi aquele gol de barriga no ano do centenário. Agora espero que aconteça outro gol de barriga, dessa vez a favor do Fla.
Atlético-MG 'não deu liga'
Sobre sua passagem pelo Atlético-MG, o técnico lamentou o excesso de lesões sofridas por seus jogadores, inclusive a dele mesmo, que o obrigou a se afastar dos treinos do Galo.
- O Atlético-MG não deu liga. O clube deu toda condição de trabalho, contratamos jogadores. Mas o futebol não perdoa. Pela primeira vez passo por um clube que tenho muitos jogadores se machucando ao mesmo tempo. Fiz uma coisa pensada, mas arriscada. Trocar o time que jogou o Campeonato Mineiro e jogar com um novo. Mas os jogadores que eu contratei se machucaram: Obina, Mendez, Daniel Carvalho, os dois laterais. E eu me machuquei. (...) Na Europa o Ferguson, o Capello e o Mourinho, deixam seus assistentes trabalharem e só aparecem para montar a equipe. Com a minha lesão, fiz isso. Mas os jogadores brasileiros só respeitam o técnico. Minha lesão prejudicou o Atlético.
Interferência de empresários
A respeito das declarações que deu sobre a necessidade de se reciclar, Vanderlei Luxemburgo deu como exemplo a necessidade de aprender a lidar com a forte influencia dos empresários sobre os atletas.
- Hoje em dia, empresários pertencem à comissão técnica, sem pertencer. Eles atuam com você. Jogadores têm empresários diferentes. Quando você faz uma ação coletiva com proposta de jogo, há interferência do empresário com relação ao que é importante para o jogador. Como ele deve atuar, se deve ou não jogar um jogo. Você coloca compromissos e o jogador vai conversar com o empresário. Você não pode abandonar o empresário, mas tem que ter alguém do clube para conversar com eles. Alguém precisa fazer a cabeça do jogador junto de você. São coisas que trazem prejuízo. A relação entre jogador e técnico é diferente da que existia na nossa época. A interferência dos empresários desde as categorias de base é muito grande.
Gol de barriga
Vanderlei Luxemburgo lembrou que, em 2011, o futebol do Flamengo completará cem anos. O treinador, que comandou a equipe rubro-negra em 1995, quando era comemorado o centenário do clube, contou que uma adversidade daquela temporada o marcou: o gol de barriga de Renato Gaúcho na decisão do Campeonato Estadual. Luxemburgo espera poder revidar.
- Ano que vem é o ano do centenário do futebol do Flamengo. Eu sou flamenguista e uma das coisas que mais me frustraram foi aquele gol de barriga no ano do centenário. Agora espero que aconteça outro gol de barriga, dessa vez a favor do Fla.
Atlético-MG 'não deu liga'
Sobre sua passagem pelo Atlético-MG, o técnico lamentou o excesso de lesões sofridas por seus jogadores, inclusive a dele mesmo, que o obrigou a se afastar dos treinos do Galo.
- O Atlético-MG não deu liga. O clube deu toda condição de trabalho, contratamos jogadores. Mas o futebol não perdoa. Pela primeira vez passo por um clube que tenho muitos jogadores se machucando ao mesmo tempo. Fiz uma coisa pensada, mas arriscada. Trocar o time que jogou o Campeonato Mineiro e jogar com um novo. Mas os jogadores que eu contratei se machucaram: Obina, Mendez, Daniel Carvalho, os dois laterais. E eu me machuquei. (...) Na Europa o Ferguson, o Capello e o Mourinho, deixam seus assistentes trabalharem e só aparecem para montar a equipe. Com a minha lesão, fiz isso. Mas os jogadores brasileiros só respeitam o técnico. Minha lesão prejudicou o Atlético.
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