Rio - Quando chegou ao Flamengo no ano passado, Vanderlei Luxemburgo implantou uma cartilha que, entre outros itens, proíbe uso de bonés que não sejam do clube, brincos, pulseiras e cordões durante os treinos e obriga os meiões levantados. Ronaldinho Gaúcho cumpre quase tudo à risca. Quase. O novo camisa 10 não abre mão da sua indefectível boina preta e também deixou à mostra no treino de terça-feira um de seus brincos de brilhantes. O meião, porém, estava da forma como o técnico exige.O gerente de futebol do Flamengo, Isaías Tinoco, acredita que tenham sido lapsos, mas destaca que as normas valem para todos e que Vanderlei deve ter comunicado a Ronaldinho. “Pode ter passado isso (de Ronaldinho usar brinco no treino), mas em Londrina ele treinou sem. O Vanderlei não deixa escapar essas coisinhas. Meião tem que ser esticado e não pode usar brinco no treino. Ele deve ter conversado com o Ronaldinho e passado as determinações. Sinto que o jogador está disposto a ajudar e se enquadrar. A determinação é para todos”, destacou o gerente de futebol rubro-negro. Ontem, Ronaldinho já treinou sem brinco no Ninho.Willians, adepto dos brincos de brilhantes nas duas orelhas, tem cumprido à risca o determinado. Já Welinton cometeu um deslize e, em certa ocasião, chegou ao treino com um boné. O zagueiro foi repreendido pelo treinador e deixou de fazer uso da peça. Na volta da pré-temporada em Londrina, Ronaldinho era o único jogador com sua boina da marca Kangol. No ano passado, quando implantou suas regras, Vanderlei evitou o termo cartilha, mas confirmou suas medidas. “Não tem nada de cartilha. São mudanças de comportamento. Se não pode jogar de brinco ou pulseira, por que o jogador vai usar no treino? Foi uma conduta profissional que eu criei e sempre carreguei comigo. Imagina... o clube tem seus patrocinadores, aí o jornal faz uma foto do cara com o boné da Onbongo”, afirmou, na época. Outras diretrizes são: início do treino no horário exato, sem os tradicionais 15 minutos de atraso; usar meião levantado; não falar ao celular depois da preleção e fim do culto realizado por um pastor evangélico que frequentava a concentração nas vésperas das partidas.
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