Dez jogos de Ronaldinho no Fla: taça, gols, cartões e sintonia com a torcida
Desde a estreia, craque jogou quase 900 minutos com a camisa rubro-negra
Dez jogos. Desde a estreia no Flamengo, dia 2 de fevereiro, contra o Nova Iguaçu, até a partida contra o Fortaleza, nesta quarta-feira, Ronaldinho Gaúcho foi um dos jogadores que mais tempo ficaram em campo com a camisa rubro-negra. Substituído por Vanderlei Luxemburgo apenas uma vez, aos 40 minutos do segundo tempo contra o Resende, na sétima rodada da Taça Guanabara, jogou 895 dos 900 minutos possíveis (descontados os acréscimos).
Ora meia, ora atacante, o jogador tornou-se um dos artilheiros da equipe na temporada e foi decisivo na conquista do título do primeiro turno do Carioca. São cinco gols ao todo, mesmo número de Wanderley: dois de pênalti, um de falta (na final contra o Boavista ), um com a bola no chão e outro de cabeça. Apesar de satisfeito com a fase artilheiro, o jogador chegou a dizer que não gostaria de perder as características de armador. A assistência, fundamento tão comum na carreira dele, custou a aparecer. A primeira surgiu na vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza, pela segunda fase da Copa do Brasil. Ronaldinho, que participara dos dois primeiros gols, deu o passe para Diego Maurício fechar o placar (assista ao vídeo abaixo).
- Quero trabalhar mais para manter e melhorar minha média. Esse começo de trabalho e o apoio que recebo da torcida só me motivam para melhorar a cada momento. Está sendo maravilhoso e espero que continue assim – disse, ao deixar o gramado do Castelão.
Ronaldinho não tem sido brilhante, mas Luxemburgo ressalta que a evolução do jogador depois de dez jogos é clara e diz que ele ainda pode crescer.
- Ele está melhorando, suportou mais que os outros jogadores (contra o Fortaleza), estava inteiro, participando mais. Quando ele usa a técnica à disposição do grupo é fantástico. Ele estava há tanto tempo na Europa, o jogo aqui é muito rápido, mas está no caminho certo. Demora um pouco mais a adaptação.
Na volta ao Brasil, o camisa 10 também acumula cartões amarelos. Foram quatro nesses dez jogos. Todos por conta de entradas mais fortes nos adversários. A última delas, um carrinho no goleiro Ricardo Berna, no Fla-Flu, o levará a julgamento no TJD do Rio. Luxa discorda.
- Dizem que o Ronaldinho tem sido violento. A porrada come lá fora. É duro. Vai jogar na Itália para ver como funciona. Vai jogar na Inglaterra. No Brasil, qualquer faltinha acham que está sendo violento. Acho um exagero (denúncia contra Ronaldinho). Esse pessoal deveria viajar um pouquinho e ver como funciona o futebol lá fora. Muitas coisas que chamam no tribunal não cabem. Se fosse uma cotovelada, se tivesse rasgado o cara, colocado o pé no peito do cara. Entrou de carrinho. Carrinho é preocupante? É. Mas ele existe na Europa também. O pessoal está sempre querendo mostrar um pouquinho a cara. Deveriam ver o que há de concreto. Se o juiz estava em campo, viu e deu amarelo, não há motivo para interferir. Se for algo que passou batido, aí sim tem que agir.
A identificação de Ronaldinho com os rubro-negros é o ponto alto do retorno do astro ao Brasil. Desde a apresentação, em meados de janeiro, ele não se cansa de elogiar a torcida. No Rio, em Macaé e nas duas viagens que fez ao Nordeste, a Maceió e a Fortaleza, recebeu e deu carinho.
- O Flamengo quando encontra a conexão com a sua torcida, como acontece neste momento, fica difícil de ser batido. Eu já joguei contra, sei como é. Está maravilhosa esta minha volta ao Brasil - afirmou o camisa 10.
A sequência de Ronaldinho, no entanto, será interrompida neste fim de semana. Suspenso, ele não enfrenta o Cabofriense, neste domingo, em Macaé, pela quarta rodada da Taça Rio. A partida será às 16h (de Brasília).
Fonte: Globoesporte.com
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