Fla já tem seu 'caldeirãozinho' para o Brasileirão

Fla já tem seu 'caldeirãozinho' para o Brasileirão

POR VITOR MACHADO

Rio - Sem estádio próprio à altura das competições que disputa e com o Maracanã em obras, o Flamengo começou o ano sem teto. O caminho natural era que o Engenhão passasse a ser a nova base do clube. E, em número de jogos, o estádio do Botafogo foi o que mais serviu de morada para o time da Gávea. No coração dos jogadores, no entanto, o Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, em Macaé, que tem capacidade para 15 mil pessoas, é o novo lar rubro-negro para o Brasileirão.

“A gente joga em Macaé e, quando pode, no Engenhão. Mas Macaé é a nossa casa. E temos tido sucesso lá. A torcida fica mais perto, faz tipo um caldeiraõzinho”, disse o lateral-direito Leonardo Moura.

Este ano, o Flamengo disputou seis partidas em Macaé: quatro vitórias e dois empates, com um aproveitamento de 77,77%, superior aos 68,75% obtidos no Engenhão em 12 jogos. No estádio do Botafogo, o time ganhou seis vezes, empatou cinco e perdeu uma. O Engenhão foi o palco das conquistas da Taça Guanabara e da Taça Rio, mas Macaé esteve presenteem momentos importantes do Flamengo na atual temporada. 

A primeira partida do Rubro-Negro no Moacyrzão marcou a estreia de Thiago Neves pelo clube. O camisa 7 passou em branco, mas depois se tornou o artilheiro e principal jogador do time na campanha de campeão carioca. Naquela vitória por 2 a 0 sobre o Americano, Wanderley, que havia marcado um gol na estreia, balançou a rede duas vezes. Começava a nascer o novo xodó da Nação.

Na segunda partida do Flamengo em Macaé, contra o Boavista, a torcida teve o privilégio de testemunhar Ronaldinho fazer, de pênalti, o seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. E foi no Moacyrzão que o camisa 10 deixou a sua marca pela última vez, também de pênalti, na vitória por 2 a 1 sobre o Bangu, em 10 de março.

Quando pensa em Macaé, Wanderley se lembra logo dos gols sobre o Americano. Aqueles, porém, foram seus únicos no estádio. Mesmo assim, o jogador, que já balançou as redes sete vezes na temporada, garante que gosta do Moacyrzão. “A torcida bota pressão, incentiva. Isso facilita e inibe o adversário”, explicou o xodó.