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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Na torcida por guinada de Adriano, Kaká tenta explicar queda do amigo

Segundo apoiador do Real Madrid, polêmicas ganham maior proporção quando envolvem o Imperador e acabam afetando seu rendimento

Por Cahê Mota Direto de Valência, Espanha
KakáKaká já está de volta ao Brasil
(Foto: Cahê Mota/GLOBOESPORTE.COM)
As posturas completamente antagônicas fora de campo até podem levantar dúvidas sobre uma empatia imediata ou relação de amizade. Mas os anos de proximidade com a camisa da seleção brasileira e, principalmente, no dia a dia em Milão fizeram do religioso Kaká e do polêmico Adriano amigos. O que as diferenças de comportamento não foram capazes de evitar foi a separação decretada por Dunga, no último dia 11, com a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo.

Muito pelo contrário, foi justamente por esse abismo entre os dois, gerado por atitudes do Imperador, que o atacante do Flamengo não estará na África do Sul. Milão também já não abriga mais a dupla. Mesmo assim, de Madrid, na Espanha, Kaká observa com atenção as peripécias do amigo no Rio de Janeiro e tira suas conclusões.

Como dez em cada dez amigos do atacante, o meia chama a atenção para o lado afetivo do Imperador, mas lamenta o processo de decadência gerado por suas atitudes.

- Tenho um carinho muito grande pelo Adriano. Convivemos por muito tempo em Milão, nos encontrávamos algumas vezes e o admiro. É uma pessoa com um coração muito bom, é muito bacana. As coisas em torno dele tomam uma proporção muito grande. Claro que com seus motivos, mas com o Adriano o lado negativo cresce e isso o afeta bastante - disse em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.
Adriano no treino do FlamengoAdriano treina pelo Flamengo
(Foto: Jorge William / Agência O Globo)
Kaká, no entanto, não desiste do Imperador. Ciente do talento de Adriano, ele acredita e torce pela recuperação.

- Torço por ele. É um cara que conquistou o Brasileirão, foi muito bem no Flamengo e desejo muita sorte. Ele merece.

Juntos, Kaká e Adriano fizeram parte do badalado quadrado mágico que decepcionou na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, ao lado de Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. O jogador do Real Madrid foi o único remanescente para o Mundial da África.

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