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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Rogério: ‘O futebol sul-americano está atrasado em relação aos demais'

Depois de pedradas, treinador desabafa contra as péssimas condições do estádio Santa Laura. Diretoria estuda reclamação formal na Conmebol

Por Rodrigo Benchimol Direto de Santiago, Chile
Os rubro-negros (jogadores, dirigentes, torcedores etc) que foram a Santiago sofreram para assistir ao jogo contra o Universidad de Chile, nessa quinta-feira. Além da eliminação na Taça Libertadores, tiveram que conviver com todas as mazelas encontradas no Santa Laura, onde La U resolveu disputar o segundo duelo das quartas de final da competição. Tanto que membros da diretoria comentaram, extraoficialmente, após o jogo, que o Flamengo deveria prestar reclamação formal junto à Conmebol por considerar o estádio despreparado para receber um jogo importante, que valia vaga na semifinal da competição mais importante do continente.

Apesar de três anéis de segurança e cerca de 400 policiais a serviço, o ônibus oficial com torcedores do Flamengo foi apedrejado na chegada ao Santa Laura. Três vidros foram quebrados, e duas pessoas ficaram feridas - uma com cortes provocados pelos estilhaços e outra com um galo na testa por ter sido atingida pela pedra. Dentro do estádio, os rubro-negros ficaram num espaço muito próximo à arquibancada atrás de uma das balizas, tornando-se alvo fácil para torcedores do Universidad. Muitos foram atingidos por pedras, moedas, serpentinas e objetos, como um acendedor automático de fogão e uma colher.

Sem tribuna de imprensa, jornalistas tiveram de trabalhar justamente neste mesmo espaço destinado aos torcedores. Alguns, inclusive, tiveram de ficar nas cadeiras sociais, no meio da torcida rival. Por conta de um camarote apertado, membros da comitiva rubro-negra também tiveram de ir para a arquibancada. Mas o principal problema aconteceu mesmo com os jogadores, já que muitos foram acertados por objetos atirados da arquibancada.
O jogo teve de ser interrompido, no primeiro tempo, depois que Juan foi alvo da torcida anfitriã. O árbitro, o goleiro chileno Pinto e o locutor do estádio pediram calma, mas foi em vão. O time mal conseguiu sair de campo no intervalo. Afinal, o tradicional corredor inflável existia apenas na entrada do vestiário do Universidad de Chile. Por conta disso, Ronaldo Angelim foi vítima de uma pedrada no queixo.

- Viemos e encontramos muitas dificuldades. Lamento pelo futebol sul-americano, que está atrasado em relação ao resto do mundo – disse Rogério Lourenço.
Ele lamentou que a Conmebol permita que um jogo pela Libertadores seja disputado no Santa Laura.

- Lamento pelo nosso calendário, por jogar num estádio como esse... Quando vão ao Rio, os outros times jogam no Maracanã. Em São Paulo, jogam no Morumbi. Não se vê esse tipo de coisa na Europa. O que se salva nisso tudo é a qualidade do jogador sul-americano. O estádio de hoje não tinha condições nem de ser utilizado para um campeonato regional. Os vestiários são impraticáveis. Não tivemos nem um túnel de proteção par entrar ou sair de campo e tomamos pedradas. Esse tipo de coisa não existe. É um absurdo que permitam que um jogo de Libertadores seja disputado num estádio como esse - desabafou o treinador.

Além dele e de Angelim, que chegou a dizer que foi atingido por uma bola de golfe, nenhum dirigente se pronunciou oficialmente sobre as condições do Santa Laura, que foi escolhido por falta de opções (o Colo Colo não cede mais o Monumental, nem o Universidad Católica, o San Carlos de Apoquindo). Mas há na diretoria a intenção de fazer uma reclamação formal junto à Conmebol relatando tudo que aconteceu no estádio, na última quinta-feira.

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