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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Diogo agrada na estreia: velocidade, disposição e aplausos. Só faltou o gol

Atacante joga 78 minutos, mostra personalidade, mas Flamengo não consegue derrotar o Atlético-MG no Maracanã. Times empatam por 0 a 0

Por Eduardo Peixoto e Richard Souza Rio de Janeiro
Boas tabelas, velocidade, inteligência e ousadia. O ritmo pode até não ser o ideal, mas Diogo deixou boa impressão ao vestir a camisa do Flamengo pela primeira vez, nesta quinta-feira. Contratado para ajudar a resolver o problema crônico do ataque, que só fez quatro gols nos últimos nove jogos, o novo camisa 43 da Gávea não se intimidou ao debutar no Maracanã. Só faltou o gol. O jogador foi apresentado na última segunda-feira ao lado de Deivid e, mesmo sem a condição física ideal, começou entre os titulares do técnico Rogério Lourenço contra o Atlético-MG, pela 16ª rodada do Brasileirão. O empate sem gols não foi bom para ninguém. O Rubro-Negro está em 10º, com 21 pontos, enquanto o Galo é o 18º, com 14, na zona de rebaixamento.


Diogo pediu bola, orientou os companheiros, buscou jogo quase no meio-campo. Quando teve chances, sempre partiu para cima dos zagueiros com pedaladas. Pagou caro. Sofreu ao menos duas faltas duras. Em alguns momentos, os cinco dias que ficou sem treinar à espera do acerto com o Rubro-Negro atrapalharam. As pernas pareciam pesar um pouco, não acompanhavam o raciocínio rápido. Ainda assim ele conseguiu oferecer perigo. Aos 27, surgiu como uma flecha na área para se antecipar aos zagueiros. A cabeçada tocou em um adversário e saiu pela linha de fundo. Pouco depois, o Flamengo quase abriu o placar numa linda jogada do atacante, aos 33. Diogo dominou pela esquerda, passou por dois adversários e rolou para Leandro Amaral. Passe para consagrar o companheiro. O chute, no entanto, parou no goleiro Fábio Costa.


- O time está bem, mas precisamos acertar a pontaria no primeiro tempo – disse Diogo, a caminho dos vestiários.



As duas equipes voltaram em ritmo um pouco mais lento do intervalo. O Flamengo tomou a iniciativa, enquanto o Galo preferiu os contra-ataques. Diogo continuou se movimentando bem, tentou se organizar com Petkovic e Leandro Amaral, articular jogadas, mas foram bem marcados. A melhor chance dele no jogo saiu em jogada de Léo Moura. Aos 19, o lateral-direito avançou quase até a linha de fundo e cruzou. Na área, Diogo teve certa liberdade para cabecear, mas errou o alvo.




O cansaço começou a bater depois dos 25 minutos. Mesmo sem parar de correr feito um louco, o camisa 43 passou a caminhar um pouco e encostou na lateral do campo para tomar água. Aos 33, aparentando esgotamento, fez sinal para o técnico Rogério Lourenço e pediu substituição. Deu lugar a Val Baiano, não sem antes disparar em mais um pique para tentar aproveitar cruzamento na área. A bola não chegou, mas os aplausos e gritos da torcida do Flamengo na saída dele do gramado devem ter compensado o esforço.
O Rubro-Negro volta a jogar no próximo domingo, contra o Guarani, em Campinas, às 16h (de  Brasília).

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