Se a pontuação é a mesma de 2009, arrancada é improvável
No ano do hexa Brasileiro, Andrade marcou a reação à frente do Flamengo
Arrancada do Flamengo começou ao vencer o Santos pela primeira vez na Vila (Crédito: Ivan Storti)
No difícil panorama da Gávea, muitos torcedores se apegam ao passado para, ao menos, ter alguma expectativa de que a equipe possa conseguir uma reação no Campeonato Brasileiro. Em 2009, ano do hexa, o time tinha em 13 rodadas os mesmos 17 pontos que alcançou hoje, também com 13 partidas já disputadas. Ano passado, no entanto, a entrada de Andrade no comando técnico marcou a reação.
Logo diante do Santos, o Tromba comandou o Flamengo na vitória de 2 a 1 e derrubou a escrita de 37 anos sem vitórias em jogos oficiais na Vila Belmiro. Mais uma rodada e o Flamengo bateu, em casa, o então líder Atlético-MG por 3 a 1 no Maracanã. Vieram os gritos de “Fica, Andrade!” da arquibancada e, no fim do ano, o tão sonhado hexa.
No último ano, no entanto, houve melhora na qualidade para que o time pudesse ressurgir. Neste ano, Val Baiano e Borja são as opções ofensivas. Em 2009, Adriano comandava o ataque. Léo Moura e Juan estavam nas laterais e Bruno era o goleiro. Chegaram, então, Álvaro e Maldonado para compor o time titular, que também contou com a ressurreição do ídolo Petkovic.
Hoje, é difícil para qualquer torcedor rubro-negro pensar em alguma arrancada. Afinal, o processo é de reconstrução. Love, Adriano e Bruno deixaram o clube e também órfã uma torcida acostumada a títulos.
De longe, o comandante do hexa em 2009 acredita ser difícil tal reação.
– Analisando friamente, não acredito que hoje o Flamengo teria condições, mas futebol é imprevisível. Pode ocorrer algumasmudanças e o time pode ganhar confiança para uma nova arrancada. Nós tínhamos jogadores acima da média, que hoje infelizmente o Flamengo não tem – lamenta Andrade.
Para uma nova arrancada não basta se apegar apenas a coincidências. A torcida pede para arregaçar as mangas e quer reforços.
BATE-BOLA COM ANDRADE
O que foi fundamental para a arrancada de 2009?
Duas coisas: a qualidade que tinha o grupo e o espírito de união. Quando o grupo entendeu que era fundamental se unir, aquele time ficou muito forte no Brasileiro.
O que poderia ser a diferença neste ano?
Se o Flamengo ainda estivesse com Adriano e Vagner Love, a história seria outra. O time brigaria pelo título brasileiro. Estaria colado com Fluminense e Corinthians, com certeza.
Quais apostas da base podem vingar?
Temo Galhardo e o João Vitor que podem ser aproveitados no profissional. No ataque, Diego Maurício é uma boa promessa, mas tem de ser devagar.
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