Semana decisiva pode definir futuro do técnico Silas no comando do Flamengo
Vinicius Castro
No Rio de Janeiro
- Silas e Zico: conversas constantes na Gávea
Além da pressão iminente por vitórias, o técnico Silas mal chegou ao Flamengo e já começa a ter o seu trabalho questionado nos bastidores do clube. Tanto que a partida desta terça-feira, contra o Goiás, às 21h10, no estádio Serra Dourada, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, é tratada como a primeira de duas decisões que o treinador irá enfrentar nesta semana.
Embora que de forma velada, alguns jogadores não concordam com os métodos de trabalho do técnico. A substituição do lateral-esquerdo Juan ainda no 1º tempo da derrota para o Palmeiras expôs uma situação desagradável e que também incomodou os atletas. Inclusive, o assunto foi discutido na reunião de domingo pela manhã, na Gávea, e ainda era comentado no clube na última segunda-feira.
Como se não bastasse a “cobrança” dentro do elenco, Silas não conta com o apoio de conselheiros influentes no clube e que já planejam fazer pressão por sua saída caso o Flamengo colecione mais dois resultados negativos contra Goiás e Botafogo, adversário do próximo sábado.
Antes do embarque para Goiânia, o treinador procurou mostrar tranqüilidade apesar da situação desconfortável.
“A pressão em um time grande como o Flamengo existe quando se está ganhando ou perdendo. Quando se ganha é uma ansiedade um pouco diferente. Mas não temos de pensar nisso. O técnico tem de estar preparado para tudo e não pode perder a convicção. Disse para eles (jogadores) na reunião que deixamos a desejar na parte tática. Procuramos não inventar e fazer o simples. Não fizemos bem no primeiro tempo contra o Palmeiras e queremos acertar. Depois, se os resultados não acontecem, fica difícil para o cara sair na rua e viver a vida normalmente. A pressão é assim mesmo”, afirmou.
Na última segunda, Silas participou da reunião dos torcedores com os jogadores, e percebeu ainda mais o momento delicado que o clube atravessa. Apesar de ser amigo e ter o respaldo do diretor executivo Zico, o treinador conhece as artimanhas do futebol e tem a ciência de que nenhum trabalho resiste à ausência de resultados positivos. Ainda mais no Flamengo.
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