Gremistas cogitam cobrar 5% de negociação entre Milan e Flamengo
Por não haver rescisão, Tricolor estuda regulamentação que beneficia clube formador
Na tarde de sábado o presidente gremista Paulo Odone anunciou que o Grêmio retirava a proposta oferecida ao empresário Assis pelo meia-atacante Ronaldinho Gaúcho, e que a negociação era 'assunto encerrado' no Estádio Olímpico. Mas o clube promete acompanhar com interesse a aproximação do Flamengo com o Milan.
Se o rubro-negro carioca contratar Ronaldinho, o Grêmio reivindicará um percentual, amparado no Mecanismo de Solidariedade da Fifa. O texto regulamenta que os clubes formadores - aqueles nos quais o atleta atuou entre os 12 e os 23 anos - têm direito a 5% de transações internacionais.
Durante a semana, o Milan anunciou que não houve rescisão de contrato com Ronaldinho. Ele tem contrato até 30 de junho com os italianos, e foi apenas liberado para negociar com brasileiros. O Flamengo, com ajuda da empresa Traffic, vai pagar ao Milan para contar com o meia-atacante.
E o Grêmio ligou os pontos: é o clube formador, a transação é internacional, e haverá pagamento pela liberação. O que pode preencher, segundo a interpretação gremista, todos os requisitos para reivindicar os 5%.
- Não sei se temos esse direito, vamos verificar no contrato, não houve rescisão, caracteriza venda sim. Quem sabe daí não vem a limonada - afirmou o vice de futebol Antônio Vicente Martins, que é advogado.
O presidente Paulo Odone, minutos antes, havia brincado com a própria situação do Grêmio, utilizando-se de uma analogia popular para ilustrar a reversão de ânimo que espera dos tricolores:
- Vamos fazer do limão uma limonada.
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