Benedito, 'o padre dos rubro-negros', pede fé em São Judas Tadeu
POR JANIR JÚNIOR
Padre Benedito tem grande ligação com a torcida do Flamengo | Foto: Janir Júnior / Agência O Dia
“Sou sempre chamado, o pessoal do Flamengo diz que sou o padre deles, afinal, foram 13 anos na São Judas Tadeu. Estive no clube, mas os jogadores não estavam. Benzi o campo, mas, diante das dificuldades, eles precisam ter fé e acreditar na intercessão do santo”, afirmou Benedito, que foi convidado por dirigentes de patrimônio histórico que esqueceram de comunicar ao departamento de futebol sobre a visita, quando o elenco estava em Volta Redonda. Ele espera voltar em breve para fazer o serviço completo.
Val Baiano, que não marca um gol há mais de seis meses, está perdoado. Na semana passada, o atacante disse não acreditar em macumba. Afinal, se valesse alguma coisa, disse ele, se chamaria ‘boacumba’.
“Sou otimista, acredito que ele vai melhorar. Sobre a declaração, é opinião dele. Mas São Judas Tadeu sempre ajudou o Flamengo. É preciso ter fé no santo”, reiterou o pároco.
Ao tomar conhecimento de que um pai de santo afirmara que o espírito de Eliza Samudio estaria trazendo maus fluidos, Benedito deu de bico. “Não tem espírito perturbando, nada. Nem comprovaram a morte dela oficialmente, não comungo dessa ideia. O episódio do Bruno afetou o grupo psicologicamente”, completou.
Além de ser requisitado pelo clube, Benedito também é parado por torcedores com pedidos de bênção. “Tenho isso como uma demonstração de carinho”, afirma Bené, como é chamado no restaurante onde vai aos domingos, não para rezar, mas para comer pizza.
“Ainda teremos alegrias no campeonato”, completa o padre, numa declaração que não deixa dúvidas: para isso, só mesmo acreditando no ‘Santo das Causas Impossíveis’.
Muita reza nas fases difíceis
A relação do Flamengo com São Judas Tadeu vem ainda mais à tona nos momentos difíceis, quando o time recorre aos serviços do Santo. Foi assim nas lutas para fugir da Segundona, principalmente em 2005, quando o time estava praticamente rebaixado e conseguiu se salvar. Joel Santana, que era técnico na época, recebeu a bênção de Benedito.
Em 2008, o padre foi à Gávea benzer os jogadores, em especial Obina, que amargava jejum de gols. Benedito guarda camisas autografadas que recebeu de presente. Quando estava na Igreja de São Judas, ele costumava rezar missas com a camisa do time sob a batina.
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