Máscaras e samba anunciam a 'Ronaldinho-Folia' do Mengão
Grupo Revelação e Diogo Nogueira devem marcar presença na Gávea. Muitos torcedores usarão a máscara do craque
A ideia inicial, revelada pela presidente Patrícia Amorim, era de que o craque desfilasse pela cidade, a exemplo do que aconteceu com Romário, em 1995. Mas, pouco depois, Patrícia desistiu da carreata, a pedido de Ronaldinho. “Há algumas coisas que o torcedor quer, mas o jogador, não. Queríamos dar esse presente à torcida, mas a vontade do jogador também conta”, justificou a presidente, que assinou o contrato com o meia na madrugada de ontem, numa churrascaria da Zona Oeste.
Depois da apresentação à torcida, o jogador dará uma entrevista coletiva, às 19h, no salão nobre do clube.
Num comunicado oficial, o Flamengo informou que os jornalistas deveriam enviar as perguntas previamente para a assessoria do clube e, aprovadas, elas seriam feitas ao jogador por um mestre de cerimônias na coletiva. Diante da repercussão negativa da decisão, o clube divulgou um esclarecimento, afirmando que a solicitação para envio prévio das perguntas era apenas para evitar que elas fossem repetidas e que não havia intenção de censurar os jornalistas.
Terminada a festa, a expectativa é a de que Ronaldinho siga amanhã mesmo para Londrina, onde o Flamengo faz sua pré-temporada.
MÁSCARAS PARA RECEBER O CRAQUE
Os quase 40 milhões de rubro-negros ficaram em êxtase quando Patrícia Amorim anunciou oficialmente a contratação de Ronaldinho Gaúcho, mas uma torcedora em especial, que por acaso é espanhola, foi, talvez, quem ficou mais feliz com o fim da novela. Olga Valles, há 17 anos no Brasil, é dona de uma fábrica de máscaras e fantasias em São Gonçalo, negócio que o marido Armando, que morreu em 2007, iniciou em 1959 e que sempre teve como público-alvo os amantes do Carnaval.
Agora, 52 anos depois, esse público mudou e cresceu assustadoramente no momento em que o craque dentuço fechou acordo com o Flamengo.
Desde 2004, a fábrica produz máscaras com a cara de Ronaldinho, mas nunca havia tido tanta demanda. “Nós exportávamos máscaras para a Espanha. Fizemos uma coleção de políticos e eles incluíram nesse pedido Ronaldo e Ronaldinho, mas não deu em nada muito significativo. Era uma máscara das piores, vamos dizer assim”, conta Olga.
Nesta época do ano, normalmente, a produção fica toda voltada para máscaras carnavalescas e de políticos, que são sucesso garantido. Porém, com a chegada do craque à Gávea, a dona da fábrica prevê uma mudança no panorama. As caras de Dilma e Tiririca, em que eram depositadas as maiores expectativas de venda neste ano, devem ser superadas pela do Gaúcho.
“A máscara do Ronaldinho vai roubar a cena, mas ainda não estamos preparados para isso. Não tivemos tempo de aumentar a produção, porque estamos atolados com os pedidos de Carnaval. Foi uma coisa de repente. Estamos tentando fazer a quantidade para atender à expectativa”, diz Olga Valles, que apesar de espanhola, tem carinho especial pelo Rubro-Negro. “Não acompanho muito futebol, mas gosto muito do Barça e do Flamengo”.
Reportagem de Ana Carla Gomes e Fabio Falcão
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