Thiago Neves: 'Não vejo problema em pedir desculpas à torcida do Fla'
Jogador ficou marcado por ter dançado o que a torcida do Fluminense chamou de 'Créu' após marcar três gols em um clássico contra o Flamengo
Thiago Neves no treino do Al-HilalNo dia dez de fevereiro de 2008, Thiago Neves colocou seu nome na história do Fla-Flu ao anotar três gols em cima do Flamengo quando atuava pelo Fluminense. O jogador comemorou com dancinhas, que a torcida tricolor apelidou de "Créu", funk que fazia sucesso na época. Prestes a ser apresentado pelo clube da Gávea como reforço para 2011, o meia faz questão de evitar polêmica e de antemão pede desculpas aos rubro-negros.
- Não vejo problema algum em pedir desculpas à torcida do Flamengo. Faço isso agora e vou repetir na minha apresentação. Não fiz aquilo para provocar, mas o pedido de desculpas está feito - disse o jogador, em entrevista ao jornal "Extra".
Mesmo na época do ocorrido, Thiago Neves já tinha se explicado, embora não tenha convencido muito aos rubro-negros, que sempre pegaram no pé do meia nos jogos seguintes.
- Eu não coloquei nome em dança nenhuma. Eu sempre danço quando comemoro gols, assim como outros jogadores também dançam. Não era menosprezo. Se meu futebol está incomodando alguém, que me marquem, não posso fazer nada - explicou o jogador em 2008.
Thiago Neves vai ser apresentado pelo Flamengo na próxima quinta-feira. O jogador falou ao jornal "Extra" sobre outros assuntos. Confira abaixo:
Ronaldinho Gaúcho
"Ronaldinho é um ídolo meu e de vários jogadores. Ele é uma pessoa espetacular, um jogador fantástico. Fiquei feliz por vê-lo voltar ao Brasil e mais ainda por poder jogar com ele. Já nos encontramos nos Jogos Olímpicos de 2008. Fico muito feliz de vestir a mesma camisa que Ronaldinho outra vez. Ele é muito humilde. Se você procurar a palavra humilde no dicionário encontrará uma foto dele. É um cara parceiro, de grupo e vai nos ajudar muito em 2011".
Torcida do Fluminense
"Chateado os tricolores vão ficar. Isso é normal. Mas sou profissional e não posso depender só de um clube. Eu queria voltar para o Rio de Janeiro e curtir minha casa, minha filha que acabou de nascer, minha família... É normal que eles não gostem, mas isso já aconteceu com vários jogadores aqui no Rio. Sei que houve uma conversa ou outra com a diretoria tricolor, mas o interesse não foi tão grande assim. Agora estou em outro clube e isso não apaga o que já fiz nas Laranjeiras. Ficará sempre na memória. Vou procurar fazer a mesma coisa e até mais com a camisa do Flamengo".
Torcida do Flamengo
"Vai ser complicado e a desconfiança no início será grande. Vou jogar meu futebol, correr, marcar e fazer de tudo para que eles possam me apoiar. O Emerson passou por isso e conseguiu superar tudo. Fez até o gol do título e virou herói. Acho que é só jogar bola que dá certo. O rubro-negro vai me abraçar, elogiar e assim poderei render como o Sheik".
Se fizer gol no Flu...
"Sem essa de novo ‘Créu’. A cabeça é outra, estou mais maduro. Respeito muito o Fluminense e é difícil que eu comemore um gol sobre eles. Mas, se acontecer, será com muito respeito ao clube".
"Não gosto disso. Já passei dessa fase. Não gosto nem quando a minha mulher fala alguma coisa sobre mim no Twitter. Ela não sabe como uma frase errada por acabar repercutindo. Ontem (segunda) mesmo nós conversamos sobre o assunto e acho que ela já fechou essa palhaçada. É melhor assim (risos)".
Número da camisa
"Acho que a 7, que eu usava no Al Hilal, está vaga no Flamengo. Quero jogar com ela. Fui feliz assim na Arábia. Eu tinha pedido a 10 no início, é claro. Mas dai veio o Ronaldinho Gaúcho. Não dá para competir com o patrão, né? Deixa com ele e eu fico com a 7, sem problemas".
Fonte: Globoesporte.com
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