"Guerra fria" entre dirigentes e emissoras teve grampo e ameaças, diz jornal
- Andrés Sanchez, teria trocado de telefone para evitar escutas "do São Paulo e da Record"
Antes da publicação do edital do Clube dos 13 sobre a negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e do racha que aconteceu a partir de então, emissoras e dirigentes de futebol travavam uma “guerra fria”, com direito a espionagem através de grampos de telefones.
Além disso, segundo a Folha de S. Paulo, Globo e Record chegaram a ameaçar dirigentes de que exibiriam reportagens para afetar a imagem de presidentes dos clubes contrários aos seus interesses.
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, chegou a ser alvo de uma reportagem com acusações no último sábado na Record. Por reclamar de favorecimento à emissora paulista nas negociações, o corintiano também teria tido o seu telefone grampeado.
“Tudo o que a gente conversava num dia, o pessoal do São Paulo e da Record sabia”, teria declarado o presidente do Corinthians, em referência ao vice de marketing do São Paulo, Julio Casares, que também é diretor de projetos especiais da Record.
Segundo o jornal, Andrés Sanchez usava um número diferente de telefone para fazer certas ligações, assim como o diretor-executivo do Clube dos 13, Ataíde Gil Guerreiro. Ambos estariam convencidos de que estavam grampeados.
Até mesmo locais de encontros entre executivos e dirigentes precisaram mudar de local devido ao temor de espionagem. Dois grupos estão em rota de colisão: o da Globo, liderado pelo Corinthians e pelos grandes cariocas no racha; e o que está alinhado ao Clube dos 13 e à Record, encabeçado por São Paulo, Atlético-MG, Internacional.
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