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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

P. Amorim pede calma em meio ao racha e descarta dois Brasileiros distintos

  • Patrícia Amorim durante a coletiva; presidente adotou tom conciliador diante da situação de racha
    Patrícia Amorim durante a coletiva; presidente adotou tom conciliador diante da situação de racha

Um dos dissidentes mais relevantes no racha do Clube dos 13, o Flamengo não quer ir além da discussão sobre os direitos de transmissão. Com o tom de quem tenta amenizar a situação, Patrícia Amorim, presidente do clube descartou a formação de dois Campeonatos Brasileiros distintos.
“Não há interesse em se distanciar ou romper com o Clube dos 13 nesse momento, mas de retomar a essência da fundação da entidade. Não pensamos em formar liga. A questão é a negociação dos direitos de transmissão”, disse Patrícia Amorim, durante a entrevista coletiva dos presidentes dos quatro grandes clubes cariocas.
A formação de dois campeonatos distintos pelos dois grupos nunca ganhou grande repercussão entre os dirigentes, mas foi ventilada pela imprensa. Só que mesmo em um único torneio, os efeitos do racha poderão ser sentidos.
No Brasil vigora o direito de arena. Segundo ele, os direitos de imagem de um evento esportivo pertencem aos dois clubes que estão em campo. Por isso, caso dois blocos de clubes fecham com duas emissoras diferentes, cada uma das TVs só poderá exibir as partidas que envolvam clubes com os quais têm contrato. 
No cenário atual, por exemplo, São Paulo e Corinthians estão em lados políticos opostos. Caso não tenham contrato com a mesma emissora de TV, os rivais não terão o clássico que disputam televisionado. 
Mesmo diante desse panorama, o Flamengo mantém sua postura. Historicamente opositor da atual gestão da CBF, aproximou-se de Ricardo Teixeira na última segunda, quando teve seu título brasileiro de 1987 reconhecido pela entidade. Ao lado do Corinthians, o clube da Gávea tornou-se líder dos insurgentes, garantiu a presença de seus pares do Rio e bate o pé na negociação com as TVs separada do Clube dos 13.
Patrícia Amorim não entende, porém, que as conversas individuais sejam o melhor caminho. Segundo ela, os quatro grandes do Rio devem negociar em bloco com as emissoras interessadas.
“Vamos sempre defender os interesses de cada clube, mas negociando em conjunto, porque é melhor assim”, disse a mandatária rubro-negra, em entrevista à TV Bandeirantes.

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