Leandro Amaral e sua história de superação com a cara do Mengão
Atacante estreia com o Manto Sagrado neste sábado, às 18h30, contra o Ceará
POR VITOR MACHADO
Rio - Depois de mais de um ano, o atacante Leandro Amaral está de volta aos gramados. Em março de 2009, o jogador foi submetido a uma artroscopia, procedimento simples para jogadores. No entanto, o atacante, que na época defendia o Fluminense, foi vítima de uma grave infecção, que, por pouco, não abreviou sua carreira.Recomeçando sua vida com a camisa do Flamengo, Leandro se espelha no novo clube para reerguer a cabeça e, principalmente, voltar a balançar as redes já a partir do jogo contra o Ceará, às 18h30, no Maracanã. Em entrevista ao ‘Ataque’, o jogador revela que se identificou de forma imediata com o novo clube. Mesmo ansioso com o retorno, demonstrou descontração ao fazer embaixadas com uma bola que antes era usada para seu tratamento nos momentos difíceis.
“O Flamengo é um clube de muita superação. Se vencermos a partida diante do Ceará, temos condições de iniciar uma arrancada que só o Flamengo é capaz de dar. Quase sempre que está sendo criticado, de uma hora para outra, embala e vai longe com o apoio da torcida. Tem muito a ver com o momento que estou vivendo. Temos tudo para fazer um grande casamento”, disse o jogador.
Leandro Amaral enxerga a partida de hoje como uma espécie de renascimento. “É comparável à minha estreia no futebol profissional, aos 17 anos. Lógico que hoje a minha experiência me dá tranquilidade, mas não vejo a hora de entrar em campo”.
Com muita disposição, Leandro Amaral revelou o seu lado rubro-negro, destacando ter exatamente o que a torcida espera ver hoje em campo. “A minha maior característica sempre foi a raça, nunca desistir dentro de campo. Sempre que me paravam na rua, mesmo na época do Vasco e do Fluminense, me diziam que eu tinha a cara do Flamengo. E acho que tenho”, disse Leandro Amaral, que não teme a pressão de ter que ser a solução do setor ofensivo.
“Não vou ser o salvador sozinho. O Flamengo tem um conjunto muito bom e todo mundo tem que se doar. Estou preparado. É uma pressão boa e normal em um clube como o Flamengo, que é diferente pela grandeza. A pressão que passei no período de tratamento foi muito maior”, disse.
MÁGOA DO FLUMINENSE
Quando relembra os momentos difíceis, Leandro Amaral sempre faz questão de exaltar o apoio de seus familiares, médicos e sobretudo do fisioterapeuta Marcelo Coutinho, conhecido como Rato, que esteve ao seu lado durante o tratamento.
Questionado sobre a permanência de alguma mágoa, o atacante diz que não guarda rancor, mas revela que esperava um olhar mais cuidadoso dos médicos do Fluminense, clube que defendia quando foi submetido a uma cirurgia no joelho.
“Eu esperava um pouco mais de atenção. Nem digo do Fluminense, o doutor Celso Barros sempre foi bacana e me ligava para saber como eu estava, mas dos médicos. Eles poderiam ter dado uma atenção um pouco maior. Só quem foi me ver foi o Vitor Favilla, que assumiu o departamento médico por um tempo. Ele viu o estado em que eu estava no hospital em São Paulo”, lembrou.
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