Alto astral e humildade do craque mudaram a fisionomia de todos no clube, especialmente depois dos traumas do ano passado. Agora, é hora de embalar e conquistar o título da Taça GB
POR VITOR MACHADO
Rio - O futebol em campo ainda derrapa, apesar dos resultados. Mas no espírito, o Flamengo chega à final da Taça Guanabara, domingo, às 16h, contra o Boavista, com cara de Ronaldinho. O clima de alegria que predomina no grupo em nada lembra o ambiente pesado de 2010. A Caravana do Gaúcho chega com astral de campeão. E na estação Engenho de Dentro, pode começar a festa rubro-negra.
Após o treino de ontem, o goleiro Felipe, herói da semifinal e que comemorava aniversário, era o retrato da euforia do time. Ao pegar uma carona numa van para ir de um dos campos do Ninho do Urubu até o vestiário, gritou: “Campo Grande, Madureira”, como se estivesse no comando de uma lotação. Mas o condutor da alegria vestirá na decisão, mais uma vez, a camisa 10.
“Os jogadores que estavam aqui tiveram um ano complicado. Então chegou a rapaziada nova, o Gaúcho cheio de moral, mas também de humildade e levantou todo mundo, animou o grupo”, disse Thiago Neves.
Nas palavras de cada jogador, fica claro que Ronaldinho está ao volante. No bonde do Mengão sem freio, a referência é o craque. Até para dar a fórmula de como evitar um acidente, Thiago Neves lembra da estrela da companhia.
Após afirmar que o Rubro-Negro precisará, domingo, jogar como time grande, citou o craque com o famoso slogan “Flamengo é Flamengo”. Com o título na mira, após um ano conturbado, não há motivos para olhar no retrovisor. Ronaldo, no entanto, é o espelho dos demais passageiros.
“Ele é importante não só pelo nome, mas pela pessoa que ele é fora de campo. A humildade dele é incrível. Muito simples. Quem o vê de perto nem acredita. Estamos aprendendo muito com ele. Tem jogadores que têm muita coisa, mas não dão sequer bom dia. E tem jogadores como ele, que tem demais e é a pessoa que é. Estou me espelhando nele. Aprendi a ser mais humilde depois de conhecer o Ronaldo”, afirmou Thiago Neves.
Um acidente, domingo, seria uma freada brusca no ânimo da torcida, que tem como combustível a esperança de ganhar tudo com Ronaldinho. E quando se perde a direção, como em 2010, às vezes fica difícil voltar para a pista
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