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Nome de Bottinelli não aparece no Bira, mas Fla garante liberação

Prazo para inscrições na Taça Guanabara terminava nesta quinta-feira, mas Rubro-Negro assegura que argentino terá condições de jogo


Dario Bottinelli passou mais de uma semana na Argentina em busca do visto de trabalho para jogar no Flamengo. Retornou aos treinos no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, último dia de inscrições para a Taça Guanabara. O Rubro-Negro assegura que cumpriu todas as exigências para regularizá-lo na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFerJ). Entretanto, o nome do apoiador estrangeiro não aparece no Boletim Informativo de Regularização de Atleta (Bira) divulgado no fim da noite.

- Isso pode acontecer por algum problema interno. O que o Flamengo tem de fazer é entregar todas as pendências e isso foi feito. O nome dele pode entrar amanhã (sexta) e o Bottinelli terá condições de jogo. Toda a situação estava regularizada nesta tarde – disse o advogado do Rubro-Negro, Michel Assef Filho.

De qualquer forma, Bottinelli não enfrentará o Vasco neste domingo. Vanderlei Luxemburgo argumentou que o jogador precisa melhorar o condicionamento físico.

Fonte: Globoesporte.com

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Thiago Neves admite nervosismo e 'uma coisa estranha' em sua estreia

Apoiador cita ‘pressão muito grande’ no novo clube, mas considera que sua primeira partida foi boa, nesta quarta-feira


Thiago Neves no treino do FlamengoThiago Neves sorri em conversa com colegas
(Foto: Maurício Val / VIPCOMM)

Thiago Neves tem uma final de Taça Libertadores pelo Fluminense, com gols três gols marcados no currículo. Só que foi a estreia pelo Flamengo que o fez sentir uma coisa estranha. Nesta quinta-feira, dia seguinte ao jogo contra o Americano, o apoiador admitiu o nervosismo.

- Eu estava nervoso, uma coisa normal. Jogar no Flamengo é uma pressão muito grande. Senti algo que nunca havia sentido antes, uma coisa estranha. Mas foi melhor do que eu esperava, sabia que seria complicado e falei com os companheiros que precisaria da ajuda deles. Enfrentamos uma marcação forte e o importante foi vencer.

O camisa 7 foi titular na vitória por 2 a 0, que manteve o time na liderança do Grupo A da Taça Guanabara, com nove pontos. Ele saiu de campo aos 15 minutos do segundo tempo e, apesar do esforço, pouco produziu. Normal para um jogador que ficou quase dois anos no futebol árabe e esbarra na readaptação ao Brasil e no desentrosamento com os novos companheiros.

- Estou treinando há algum tempo, mas ainda não conheço ninguém. Falta o entrosamento ideal, espero que eu fique 100% logo. Acho que em três ou quatro jogos chego ao melhor nível.

Depois de Thiago, o Flamengo prepara-se para a estreia de Ronaldinho Gaúcho, dia 2 de fevereiro, contra o Nova Iguaçu. Mas os ensaios mostram que o jogador ainda está sem a condição física ideal e também deve ter dificuldade.

- O Ronaldinho não vai chegar na estreia e arrebentar. Temos que esperar alguns jogos, torcedor entende isso. Ele ficou um bom tempo fora e está voltando. Não é de uma hora para outra que vai arrebentar – avisou Thiago Neves, que está confirmado na partida deste domingo contra o Vasco, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão.

Fonte: Globoesporte.com

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Fora do clássico, Bottinelli faz trabalho físico à parte


Argentino não joga contra o Vasco e faz treinos à parte para recuperar parte física e poder, enfim, estrear em jogos oficiais

Enquanto aguarda sua regularização na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), o meia argentino Darío Bottinelli aprimora a parte física no Ninho do Urubu. Na tarde desta quinta-feira, o jogador realizou um trabalho separado do grupo e deve repetir a atividade no fim de semana.

Bottinelli já está fora do clássico contra o Vasco e sua participação diante do Nova Iguaçu, no dia 2 de fevereiro, no Engenhão, estreia de Ronaldinho Gaúcho, é improvável. A avaliação da comissão técnica é de que o argentino ainda está bem abaixo do nível físico do restante do grupo. O camisa 18 passou os últimos dias na Argentina para resolver as pendências burocráticas de seu visto de trabalho.

Contratado junto ao Atlas, do México, Bottinelli foi o segundo reforço do Flamengo, logo após o goleiro Felipe. Apesar de já ter marcado um gol pelo clube, de falta, no amistoso contra o América-MG, Bottinelli deve mesmo ser o último reforço a estrear em jogos oficiais.

Fonte: Lancenet

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Flamengo também negocia costas da camisa para estreia de Ronaldinho


Clube negocia com a TIM patrocínio de ocasião e valor gira em torno de R$ 150 mil

Nos próximos dias, o Flamengo poderá acertar também o patrocínio de ocasião das costas da camisa somente para a estreia de Ronaldinho Gaúcho, no próximo dia 2, contra o Nova Iguaçu.

O clube negocia com a TIM, mas há o interesse de outras empresas, entre elas o de uma montadora de carros chinesa, a JAC Motors. O valor conversado até o momento gira em torno de R$ 150 mil.

Uma reunião prevista para acontecer esta quinta-feira irá avaliar as propostas.

O espaço central da camisa, por sua vez, está praticamente fechado com a Visa pelo valor de R$ 600 mil.

De acordo com o estatuto do clube, qualquer negociação que envolva valores acima de R$ 500 mil precisa passar pelo crivo do Conselho Deliberativo do Flamengo.

Em função do curto prazo até a estreia do camisa 10, a diretoria pode pedir uma convocação emergencial do Conselho com prazo de reunião em 48 horas.

Fonte: Lancenet

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Ronaldinho não brilha no coletivo, mas vira 'professor' para meninos

Jogador forma dupla de ataque com Romário em treinamento e ensina Adryan a dar entrevista para a TV Globo


Muralha Ronaldinho Adryan treino FlamengoRonaldinho desvia a bola de Adryan no treino
(Foto: VIPCOMM)

Ronaldinho domina na ponta direita, levanta a cabeça e abre para Romário na entrada da pequena área. A jogada parece de algum treino da Seleção Brasileira no fim da década de 90. Mas, na verdade, aconteceu no coletivo do Flamengo desta quinta-feira no Ninho do Urubu. O Romário em questão tem só 16 anos e nasceu exatamente no dia que o outro, aquele que marcou mais de mil gols, conquistou o tetracampeonato mundial: 17 de julho de 1994.

A menos de uma semana para a estreia – marcada para o dia 2 de fevereiro, contra o Nova Iguaçu – o astro voltou a se queixar do calor. Mas dentro de campo ele movimentou-se mais do que nos dois coletivos anteriores. Desta vez, a equipe adversária vinha embalada: o time do Fla que conquistou a Copa São Paulo de Juniores, na terça.

Fora a jogada descrita no início, e que Romário desperdiçou, Ronaldinho participou pouco dos lances de ataque - foi escalado como segundo homem na frente. Ele deu um drible desconcertante em Negueba, matou uma bola no peito e passou de calcanhar novamente para Romário e ficou por aí no duelo, que teve 45 minutos e terminou 0 a 0.

Mas o camisa 10 estava “ligado”, voltou algumas vezes para marcar e orientou os companheiros. Egídio foi o alvo predileto.

- Se vir que ele vai girar, abafa – instruiu o “treinador”.

Maldonado, Léo Moura e Ronaldinho tiram foto com integrante do Sorriso MarotoRonaldinho e integrantes do Sorriso Maroto
(Foto: Eduardo Peixoto / Globoesporte.com)

No fim da atividade, ele fez a função de assessor de imprensa. Enquanto Adryan dava entrevista para TV Globo, Ronaldinho passou perto e gritou em tom de brincadeira:

- Moleque, olha para a câmera.

Depois da batalha com os mosquitos, ele seguiu para o vestiário. Antes, encontrou-se com um dos integrantes do Grupo Sorriso Maroto e ganhou um DVD.

Desfalcado de três jogadores (o goleiro César, o zagueiro Marllon e o atacante Lucas) em relação ao time que ganhou a Copinha, o time sub-18 incomodou a defesa reserva. Em dois lances, os zagueiros tiveram que apelar para as faltas violentas. Primeiro Angelim derrubou Negueba. Depois foi a vez de Jean dar uma rasteira em Thomás.

Vanderlei Luxemburgo escalou o time com Paulo Victor, Fierro, Jean, Ronaldo Angelim e Egídio; Maldonado, João Victor, Rodrigo Alvim e Marquinhos; Ronaldinho Gaúcho e Romário.

Fonte: Globoesporte.com

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Vanderlei testa Ronaldinho como segundo atacante contra juniores

Técnico estuda melhor posicionamento para a estreia do camisa 10, quarta-feira, contra o Nova Iguaçu


O técnico Vanderlei Luxemburgo disse que observaria Ronaldinho Gaúcho em dois jogos-treinos para escolher o melhor posicionamento do astro na estreia da próxima quarta-feira, contra o Nova Iguaçu, no Engenhão. Se depender do teste desta tarde, no Ninho do Urubu, o camisa 10 atuará mais como atacante do que como meia.

Vanderlei escalou o time com Paulo Victor, Fierro, Jean, Ronaldo Angelim e Egídio; Maldonado, João Victor, Rodrigo Alvim e Marquinhos; Ronaldinho Gaúcho e Romário.

O time juniores de foi basicamente todo formado pelos campeões da Copa São Paulo - com desfalques do goleiro César, do zagueiro Marllon e do atacante Lucas.

O argentino Botinelli está no Centro de Treinamento em Vargem Grande, mas faz trabalho físico separadamente e não enfrenta o Vasco, apesar de regularizado.

Fonte: Globoesporte.com

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O Incrível Wanderley: atacante mostra lado Hulk e outros personagens

Artilheiro do Carioca, jogador revela que fazia imitações de Ronaldinho quando era mais novo e fala sobre a meta de marcar 25 gols em 2011


Expressão de calma, voz baixa, sorriso largo. Nem sinal da careta de fúria que apareceu após os dois gols marcados contra o Americano nesta quarta-feira. Quem encontra Wanderley longe dos gramados quase não reconhece um dos artilheiros do Carioca, com três gols. Sem o uniforme rubro-negro, o atacante do Flamengo vira apenas um cara tranquilo, como se define. Porém, todo homem tem seu ponto fraco. E o dele é a bola. Bastou olhar para a que seria usada na foto da matéria, que ele logo disse:

- Trouxe para mim?

Não adianta. A fome de gols domina o campineiro. No futebol desde cinco anos de idade, sente o sangue ferver ao chegar perto da redonda. Daí, a explicação para a transformação que acontece dentro de campo e o apelido dado por Andrey, goleiro do Criciúma e ex-companheiro de Cruzeiro. Nas quatro linhas, Wanderley vira o Incrível Hulk.

wanderlei flamengo entrevistaWanderlei e a fome de bola em 'momento Hulk' (Foto: arte sobre foto de Mariana Kneipp/ Globoesporte.com)

- O Andrey me dizia que eu me transformava em campo. Fez até uma montagem com a minha cabeça e o corpo do Hulk. Quando ele me deu, achei muito engraçado. Mas sou um cara bem tranquilo. Nada me deixa nervoso para chegar a isso tudo, não. Só gosto de comemorar daquele jeito porque acho que estimula o time também. Às vezes, você precisa de alguém que te puxe, que mostre raça, entre no personagem mesmo, para que todos acompanhem - afirmou o camisa 33 do Rubro-Negro.

Hulk, porém, não é o único apelido de Wanderley. O atacante, aliás, tem muitas facetas: "soldado", romântico, humilde, religioso, aluno dedicado, fã... Conheça mais um pouco do jogador que está roubando a cena no início do Carioca.

wanderlei flamengo entrevistaWanderlei não larga a bola na entrevista
(Foto: Mariana Kneipp / Globoesporte.com)

O início

- Comecei a jogar quando tinha cinco anos. Sempre gostei muito de futebol. Aos 14, fui levado à base da Ponte Preta e, aos 17, já era profissional. Já estreei como titular. Nunca fiquei no banco ali. Depois, fui para Cruzeiro, Santo André, São Caetano e Grêmio Prudente, até chegar ao Flamengo.

‘Soldado’ rubro-negro

- Eu usava um corte de cabelo moicano quando cheguei ao Flamengo. Aí, antes da estreia, resolvi cortar igual a todo mundo na minha família. Bem raspado. Quando o Renato viu, começou a me chamar de “Soldado”. Acho que foi por eu parecer com um soldado do exército mesmo. Sou meio fortinho, mais moreno. Com esse cabelo, fiquei bem parecido. O engraçado é ver os jogadores batendo continência para brincar comigo.

Momento fã do Ronaldinho

- Quando eu era mais novo, buscava vídeos do Ronaldinho Gaúcho na internet e tentava imitar os dribles dele. Até já contei isso para ele, só não mostrei as imitações. Imagina se eu poderia fazer isso com um cara do nível dele? Ia virar para mim e dizer: “Não, meu filho, ainda tem que treinar muito” (risos). Já foi incrível quando ele elogiou a minha caneta no jogo em Londrina(assista ao vídeo abaixo). Todo mundo me ligou para dar parabéns. Ali, soube que estava no caminho certo.

Entrosamento com o time

- A gente brinca muito. O Renato e o Léo Moura são os mais brincalhões comigo. É bom porque isso influencia dentro de campo. Um ambiente descontraído facilita que a gente se entenda no jogo também. E isso me fez sentir mais acolhido, mais em casa. Lidei melhor com a mudança por causa deles.

Respeito pela vontade do técnico

- Lógico que quero ser titular. Mas eu respeito muito o Deivid e a vontade doVanderlei. Tenho que ir conquistando o meu espaço a cada dia, mostrando que posso fazer cada vez mais pelo Flamengo. Então, a minha hora vai chegar. Só o Vanderlei sabe qual será o momento certo. Estou tranquilo em relação a isso.

Sonho de ser artilheiro

- Quando cheguei ao Flamengo, não tive medo da pressão. Eu sabia que daria certo aqui. Não posso dizer se serei o novo artilheiro do Flamengo. É cedo ainda, e a equipe está toda de parabéns. Mas todo goleador tem que ter um objetivo quando entra em campo. O meu é marcar 25 gols neste ano. Pelo menos. Aí, terei a certeza de que chegarei ao fim do ano como um dos destaques do país. E isso vai me deixar muito feliz.

Romântico à moda antiga

- O primeiro gol que eu fiz no Flamengo dediquei para a Lana, minha esposa. Estamos casados há mais de três anos, mas namoramos há sete anos. Ela é a minha companheira, a mulher da minha vida. Por isso, comemorei beijando a aliança. A tatuagem que eu tenho também é para ela. Está escrito “anjinha”, porque é assim que eu a chamo.

wanderley flamengo gol volta redondaMarquinhos segura Wanderlei após gol contra Volta
Redonda (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

Bênção da camisa 33

- Sou bastante religioso. Então, fiz questão de escolher a camisa 33, porque foi a idade que Jesus tinha quando morreu. É uma bênção para mim.

Aluno do xará

- No pouco tempo que estou no Flamengo, já aprendi muito com o Vanderlei (Luxemburgo, técnico). Vi uma chance de crescer seguindo o que ele me fala. Um dos conselhos foi ficar mais na área. Eu gostava de sair mais, ir buscar. Até porque já joguei como meia, quando era da Ponte Preta, com o Nelsinho Baptista. Só que o Luxemburgo me disse para ficar lá dentro, que eu ia marcar mais gols. Está dando certo.

Aproveitando o reconhecimento

- Estávamos na hora do lanche, na véspera do jogo contra o Americano. Geralmente, comemos no corredor do hotel mesmo. Aí, tinha umas 30 pessoas ali, e elas gritaram o meu nome. Foi muito legal. É por esses torcedores que eu quero marcar cada vez mais gols para poder retribuir esse carinho. Foi inesquecível.

Fonte: Globoesporte.com

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Cartolas em cozinha de hotel e pedido de camarote: bastidores de Gaúcho no Fla

Há duas semanas, Ronaldinho chegava a Londrina para se juntar aos novos companheiros de time e realizar a parte final da pré-temporada pelo clube que contratou aquele que já foi eleito duas vezes pela Fifa o melhor do mundo. Os primeiros dias do ídolo no Flamengo mostraram que o ambiente mudaria e uma nova atmosfera passaria a cercar o clube mais popular do país.

Mas antes desta revolução de ambiente na Gávea, que viverá seu auge na estreia do craque no dia 2 de fevereiro contra o Nova Iguaçu, muita coisa já aconteceu. Algumas delas, somente um grupo pequeno de pessoas sabe. Abaixo, o UOL Esporte conta detalhes pouco conhecidos ou ainda inéditos a respeito da contratação que mexeu com o futebol brasileiro no começo do ano.

  • AgNews

    Durante a Copa, Ronaldinho esteve no Rio e foi visto um pouco acima do peso jogando futevôlei

O início do sonho, os primeiros contatos

QUANTO CUSTA AO FLA?

Para o pagamento dos salários de Ronaldinho, fixados em R$ 1 milhão, o Flamengo terá de desembolsar “apenas” R$ 250 mil. Os outros R$ 750 mil são pagos pela Traffic, que desembolsará durante os quatro anos de contrato um total de R$ 36 milhões. Além disso, Ronaldinho receberá variáveis, que serão tiradas da participação em licenciamentos e uniformes. Este valor pode chegar ao montante de R$ 1 mi e 600 mil.

Durante o primeiro trimestre do ano passado, a presidente Patricia Amorim realizou os contatos iniciais com Assis, irmão e empresário do astro, e boa parte da família de Ronaldinho. A conversa foi proveitosa, mas apenas em julho, durante a disputa da Copa do Mundo da África do Sul, a negociação tomou corpo. Na ocasião, a dirigente telefonou para os seus pares pedindo que um projeto fosse confeccionado o mais rápido possível para Ronaldinho. Existia uma remota possibilidade de negociação instantânea, pois o jogador ainda tinha um ano de contrato com o Milan.

A reunião para a realização da proposta ocorreu em uma quinta-feira do mês de julho. Com uma força tarefa montada, o Fla viabilizou o documento assinado pela presidente Patricia Amorim em três dias. Assis gostou, mas a negociação não avançou na época pela dificuldade da liberação. A janela de transferências fechou e o irmão do jogador voltou para a Itália.

  • Alexandre Vidal/ Fla Imagem/Divulgação

    Já em meio ao Brasileiro, Luxa chegou e logo deu seu aval à contratação de Ronaldinho Gaúcho

Contatos de Zico e participação de Luxemburgo

DIVISÃO DOS PATROCÍNIOS

No contrato referente aos patrocínios, o Flamengo possui obrigatoriamente R$ 30 milhões garantidos por ano. O valor total de patrocínio que superar os R$ 30 milhões será dividido da seguinte forma: o clube da Gávea fica com seu montante garantido, a Traffic tira a sua comissão no valor de 20% do somatório de todos os patrocínios e o que sobrar é dividido meio a meio entre Ronaldinho e Flamengo. Abaixo do valor estabelecido, a divisão não ocorre. O montante para a liberação do Milan também é tirado em parcelas do patrocínio no uniforme rubro-negro.

Após a operação inicial, a diretoria rubro-negra manteve contatos telefônicos com Assis durante os meses seguintes. Em setembro, o Flamengo viajou para Porto Alegre para cumprir o compromisso de enfrentar o Grêmio, no Estádio Olímpico, no dia 22 daquele mês. Na ocasião, Zico era o diretor executivo de futebol e teve nova conversa com Assis, que o recebeu no aeroporto e levou todos os dirigentes rubro-negros para conhecer as instalações do Porto Alegre, seu clube na cidade. Outra reunião também com a participação do ex-vice de futebol, Vinícius França, aconteceu, e Assis pediu para que o Fla esperasse o mês de dezembro.

Em outubro, após a saída de Zico do clube, Vanderlei Luxemburgo assumiu o comando técnico e logo tomou conhecimento do desejo em contar com Ronaldinho. A proposta foi levada a ele no dia 7 de outubro, data da partida do Fla contra o Atlético-GO, em Volta Redonda, durante um almoço promovido por Luiz Augusto Veloso, diretor de futebol, com o treinador e integrantes do departamento de marketing rubro-negro. Luxemburgo aprovou a ideia e deu sinal verde para que os setores tocassem o projeto. Com contatos telefônicos permanentes com Assis, os dirigentes seguiam trabalhando no processo.

  • Reuters

    Com seu futuro em xeque, Ronaldinho foi a Dubai para treinar com o Milan no mês de dezembro

Dezembro: a entrada da Traffic no negócio

LUCRO ESTIMADO

A estimativa dos dirigentes baseada na montagem do programa fidelidade e estrutura comercial (Traffic – Flamengo - Ronaldinho) trabalha com um montante de R$ 200 milhões bruto em quatro anos de contrato. O valor será capitalizado através do uniforme, licenciamento e patrocínio. Obrigatoriamente, para a diretoria do Flamengo, Ronaldinho precisa render, no mínimo, R$ 50 milhões por ano ao Rubro-Negro.

No início do último mês de 2010, o Flamengo retomou os contatos para viabilizar a contratação. O clube entendeu que precisava de uma parceria consistente que topasse entrar no barco para a contratação do astro. Na cabeça dos dirigentes, o projeto era forte, mas o Flamengo necessitava mostrar para Assis que teria como arcar com tudo aquilo que estava no papel. Foi então que o Rubro-Negro foi ao mercado e bateu primeiramente na porta da Traffic, empresa de marketing esportivo, que elogiou o projeto e não relutou aceitá-lo.

Após a reunião na qual o “sim” da Traffic foi ouvido, um porta-voz do Fla entrou em contato com Assis e anunciou a novidade. O contato aconteceu por volta do dia 10 de dezembro. Naquele momento, o clube sentiu que havia marcado um gol na negociação. Dias depois, Assis já estava na sede da Traffic, no Rio de Janeiro, ouvindo da boca dos executivos da empresa a proposta para o seu irmão. Com a proximidade do Natal, a Traffic se reuniu com os dirigentes do Flamengo para fechar os últimos detalhes da parceria. As festas passaram, novos contatos com Assis não ocorreram, e só foram retomados no início de janeiro.

No momento em que o Flamengo buscou a Traffic, um importante impasse começava a ser solucionado na negociação. Tratava-se do pagamento da liberação ao Milan. Com a empresa de marketing entrando com capital para o pagamento de mais de 70% dos salários do atleta, o Flamengo poderia resolver com o seu caixa a liberação junto aos milaneses, que custou aos cofres rubro-negros 4 milhões de euros, pagos de forma parcelada, e tirados diretamente dos futuros patrocinadores do uniforme rubro-negro.

Enquanto isso, Grêmio e Palmeiras diziam que Ronaldinho estava contratado. A diretoria do Flamengo resolveu não se pautar por isso. Em silêncio, o processo evoluía e o meia parecia cada vez mais perto do clube.

  • AgNews

    No primeiro dia do ano, Ronaldinho desembarcou no Brasil e foi para uma churrascaria carioca

Um pedido inusitado de Assis

No dia 3 de janeiro, Assis, em conversa descontraída com um dirigente rubro-negro, afirmou que a proposta do Flamengo era muito boa, mas faltava um camarote para que ele pudesse assistir aos jogos do irmão no Engenhão. Os cartolas rubro-negros levaram a questão em tom de brincadeira, mas um deles chegou a se oferecer para bancar o espaço se este ponto realmente fosse o diferencial que separava o clube do jogador naquele momento.

Um dia depois, com as conversas esquentando, o Flamengo uniu forças para sair vitorioso no processo. Harrison Baptista, diretor executivo de marketing, que passou as festas de fim de ano em Miami, retornou ao Rio para as últimas reuniões. Uma delas aconteceu no Gávea Golf Club com os executivos da Traffic e reforçou a oferta ao Milan para a liberação de Ronaldinho.

  • Marcelo de Jesus/UOL

    Nos bastidores da entrevista do Copacabana Palace, dirigentes do Fla se perderam na cozinha

Perdidos na cozinha do Copacabana Palace
No dia 6 de janeiro, o astro concedeu uma entrevista coletiva no Hotel Copacabana Palace para falar sobre a liberação do Milan e seu possível novo clube. A data também marcou o encontro dele com os dirigentes do Flamengo, que silenciosamente reservaram um quarto no hotel desde as primeiras horas da manhã e esperaram Ronaldinho terminar a coletiva para encontrá-lo. No entanto, antes da entrevista, Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, disse ao irmão do jogador que gostaria de conhecer a presidente Patricia Amorim, que estava acompanhada pelo diretor de futebol Luiz Augusto Veloso, o diretor executivo de marketing Harrison Baptista, o vice de finanças Michel Levy, além dos executivos da Traffic, Julio Mariz e Fernando Gonçalves.

Mas os dirigentes não queriam chamar a atenção dos torcedores e jornalistas presentes. Com isso, resolveram descer por outra parte do hotel. Neste caminho, perderam-se na cozinha cinco estrelas e ficaram sem saída, já que não podiam passar pelo hall principal. Mesmo com a coletiva atrasada, o tempo gasto no “corre-corre” fez com que o encontro só ocorresse após o término da entrevista, quando Ronaldinho, Assis e Galliani foram até o quarto onde os dirigentes rubro-negros estavam hospedados.

Na conversa, Ronaldinho mostrou curiosidade em relação ao Fla. Ele perguntou diversas vezes ao diretor de futebol, Luiz Augusto Veloso, sobre a equipe e o que estava sendo montado para o futebol rubro-negro. Também perguntou sobre os jogadores que conhecia, os que não conhecia, quis saber de tudo. Pacientemente, Veloso explicou o passo a passo ao astro.

  • Alexandre Vidal/Fla Imagem

    Depois de muita novela, Ronaldinho finalmente assinou contrato com o Flamengo até 2014

Assis: ‘Ele vai jogar de vermelho e preto’
A conversa foi produtiva e os dirigentes aguardaram com agonia o desfecho. Foram 24 horas sem qualquer contato com Assis. Mas na sexta-feira, dia 7, uma reunião foi convocada pelo irmão do jogador. Ao telefone, Assis disse a um dirigente rubro-negro: “Vem para cá. Nós vamos jogar de vermelho e preto”. Do outro lado da linha, o dirigente ainda brincou dizendo que o retorno ao Milan (também rubro-negro) seria o destino do atleta. Assis desconversou.

Na reunião, realizada à noite no apartamento de Assis, na Barra da Tijuca, a proposta foi finalmente aprovada após meses de negociações. Durante a conversa, Assis só fez a ressalva de que faltava a conversa final com o Milan. Na hora, o irmão de Ronaldinho passou a mão no telefone e marcou um novo encontro no dia 8, sábado pela manhã, no apartamento de Adriano Galliani, no Leblon. Da conversa surgiu a ideia da parceria de marketing entre Flamengo e Milan e a transferência já era dada como certa. Ao se despedir, Galliani disse aos dirigentes: “Fico muito feliz, pois o Ronaldinho vai continuar jogando de vermelho e preto. São as mesmas cores do Milan”.

Adriano Galliani foi peça-chave na fase mais complicada da negociação. A partir do momento em que o Flamengo fez a oferta ao Milan, o clube italiano deu o caso por encerrado, pois nenhum outro concorrente havia falado com o Milan anteriormente. O clube foi receptivo ao Flamengo e Galliani deu declarações consistentes firmando a possibilidade do acordo. A entrada da Inter de Milão no processo também fez com que o Milan apertasse ainda mais o cerco para a finalização do negócio com o Flamengo.

Ao descer na portaria do prédio, Galliani soltou a frase dos “99,9% acertado entre Flamengo e Ronaldinho” aos jornalistas que aguardavam o anúncio oficial. A bomba da transferência já estourava em todo o mundo. Durante o intervalo de um dia para o anúncio oficial, Grêmio e Palmeiras criticavam abertamente Assis em entrevistas coletivas e os dirigentes rubro-negros acertavam os detalhes do memorando de entendimento para fazer o anúncio oficial da contratação do jogador, que ocorreu no fim da noite do dia 10 de janeiro. Para a diretoria rubro-negra, o trunfo do clube foi o silêncio e a união entre a direção do futebol, financeira e marketing em uma fase decisiva da negociação.

Fonte: Uol Esportes


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