Ala acerta de três no último segundo, garante a vitória sobre Franca e fecha a série em 3 a 1; time aguarda agora o vencedor do confronto Brasília x Minas
Por GLOBOESPORTE.COM Franca, SP
Marcelinho foi o herói do Flamengo no jogo 4 da
semifinal (Foto: Newton Nogueira / Divulgação) No centro da quadra, com menos de dez segundos no relógio, Marcelinho recebeu a bola. Em volta dele, a pressão de milhares de torcedores de Franca, eufóricos com os dois pontos de vantagem do time da casa, que caminhava para igualar a série semifinal em 2 a 2. O cestinha do campeonato, contudo, tinha outros planos. Marcelinho bateu bola enquanto seus companheiros se desdobravam em bloqueios para impedir a chegada dos marcadores. Com o tempo indo embora, o ala de 35 anos, bem atrás da linha de três, subiu e arremessou. Flamengo na final.
A cesta heroica de Marcelinho virou a partida para 86 a 85, calou o ginásio Pedrocão e fechou a série das semifinais em 3 a 1. O triunfo faz o time carioca avançar para a decisão, em busca de seu terceiro título nacional seguido. Resta agora esperar o rival, que sai do duelo entre Brasília e Minas. Os brasilienses lideram por 2 a 1 e podem fechar na quinta às 19h, em Belo Horizonte.
Após um primeiro tempo discreto, Marcelinho chegou a 23 pontos na partida. E os três últimos foram os mais importantes do campeonato até agora.
- Eu acreditei. Tanto acreditei que arremessei para meter a cesta. É um trabalho coletivo. Não tive volume no primeiro tempo, mas o time confia em mim. E isso me dá confiança – afirmou Marcelinho, autor de 21 pontos, em entrevista ao SporTV logo após a partida.
Em mais um jogo repleto de tensão, como foi toda a série, o ala do Fla contou com a ajuda de Jefferson, que fez 19 pontos, e Hélio, com 18. Pelo lado francano, Helinho fez 21 e Ricardo colaborou com 17, em excelente atuação no segundo tempo. Não foi o bastante para encerrar a temporada dos comandados de Hélio Rubens.
A partida
O nervosismo dos jogos 2 e 3 não demorou para entrar em quadra na noite de terça-feira. Com pouco mais de um minuto jogado, a arbitragem já marcou uma falta técnica dupla em Marcelinho e Helinho, que trombaram no meio da quadra, fora do lance de bola. Em dois minutos, o Fla já tinha quatro faltas, no limite do período. Com a bola na mão, quem mandava na partida era uma dupla de armadores e xarás: Helinho pelo time da casa, Hélio pelos visitantes.
O equilíbrio persistiu até os últimos minutos do quarto, quando o Rubro-Negro abriu oito pontos. Duda cometeu uma falta técnica, e a vantagem caiu. Mas Jefferson, que tinha entrado como titular, acertou um chute no segundo final para abrir a maior vantagem da partida até então: 29 a 20.
No início do segundo período, a vantagem carioca subiu para 10, com mais uma cesta de Hélio. Franca cortou um pouco, mas Marcelinho fez seus primeiros pontos na partida, com um tiro de três na lateral, e a diferença logo pulou para 11. A sanfona no placar continuou e, quando Franca reduziu de novo para cinco, Paulo Chupeta se viu obrigado a pedir um tempo.
A virada dos anfitriões veio em um lance espetacular de Helinho, que cravou o tiro de três e ainda sofreu a falta de Fred, incendiando as arquibancadas do Pedrocão. Marcelinho empatou a 30 segundos do intervalo, e Fred virou com um lance livre: 48 a 47 na saída para os vestiários.
O equilíbrio foi a tônica do terceiro quarto, com o Flamengo segurando uma liderança apertada durante seis minutos, até que Franca conseguisse virar. Àquela altura, Marcelinho estava no banco. O jogo ficou truncado, com os dois ataques errando muito. E o camisa 4 rubro-negro só voltou para a última posse, mas nem chegou a tocar na bola. Na virada para o quarto período, a vantagem do time da casa era de 63 a 59.
A tensão voltou a entrar em quadra no início do último quarto, quando Jefferson fez falta em Márcio, e o ala francano levantou para tomar satisfações com o rival. Os árbitros deram duas faltas técnicas, e o jogo seguiu equilibrado. Àquela altura, Ricardo Probst dominava o garrafão, mas o Fla respondia com chutes certeiros de três dos irmãos Marcelinho e Duda.
Mesmo sem Rogério, que foi para o banco com um problema na panturrilha, a defesa de Franca fez bonito a 19 segundos do fim. O Flamengo não conseguiu concluir antes do estouro do relógio de arremesso, e em seguida a vantagem do time da casa pulou para dois pontos com um lance livre de Ricardo.
O Fla, então, repôs a bola e a fez chegar às mãos de Marcelinho. O ala usou a experiência, gastou tempo, aproveitou bem o bloqueio feito por seus companheiros e, do meio da rua, soltou a bomba salvadora. Faltava um segundo para o fim, e o Pedrocão estava calado. Rogério ainda voltou para tentar resolver na última bola, mas o herói da noite era outro, e o arremesso bateu no aro.
Fim do sonho francano, Fla na decisão mais uma vez.
Convocado, Kleberson enfrenta o U. de Chile nesta
Maldonado em ação durante treino do Flamengo.
Adriano faz flexões no treino e não tira o sorriso do rosto (Foto: Mauricio Val/Vipcomm)
Adriano abraça os companheiros no rachão
Adriano coça a cabeça durante treino do Fla
Léo Moura está animado para o novo duelo com o
Os torcedores do Flamengo acordaram cedo nesta terça-feira para comprar os últimos ingressos para o jogo contra o Universidad de Chile, nesta quarta, às 19h30m (de Brasília), pelas quartas de final da Taça Libertadores. A tendência é de que os bilhetes se esgotem nesta terça. Já não há entradas para as arquibancadas verde e amarela. A fila na sede do Fluminense, nas Laranjeiras, já dobrava a esquina antes mesmo do início da venda. Foto: Fred Huber / GLOBOESPORTE.COM)
