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Ronaldinho marca, e Negueba dá vitória suada ao Fla sobre o Boavista


Em Macaé, Rubro-Negro sofre para vencer por 3 a 2, se classifica para as semfinais da Taça Guanabara e assegura o primeiro lugar do Grupo A

Todos os olhos sobre Ronaldinho. Bola na marca do pênalti, clima de expectativa. Seis passos rápidos até o chute colocado, goleiro batido e um sorriso largo na comemoração. Teve sambadinha também. Neste domingo, no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, pela sexta rodada do Grupo A da Taça Guanabara, o camisa 10 fez o primeiro gol com a camisa do Flamengo. Jogou bem no primeiro tempo, mas, assim como na estreia, contou com a ajuda de um outro herói. Saído do banco de reservas. Depois de Wanderley, Guilherme Negueba ajudou a conduzir o Fla à sexta vitória em seis rodadas da Taça Guanabara. Em jogada de raça do volante Willians, o garoto decidiu contra um persistente Boavista, marcando seu primeiro gol pelo time profissional. O placar de 3 a 2 mantém o time de Vanderlei Luxemburgo com 100% de aproveitamento, confirma a classificação para as semifinais da Taça GB, com 18 pontos, e o primeiro lugar do Grupo 1. Em quarto, o time de Saquarema tem dez pontos e ainda alimenta chances de avançar.
No próximo domingo, o Flamengo enfrenta o Resende, pela última rodada classificatória, às 17h (de Brasília). A partida está marcada para Volta Redonda, mas pode ser transferida para Macaé. No mesmo horário, o Boavista vai visitar o Nova Iguaçu, no Laranjão.
Começa a dar samba: gol de Ronaldinho
gol Ronaldinho Flamengo x Boavista (Foto: Mauricio Val / VIPCOMM)Ronaldinho comemora o primeiro gol com a camisa
do Flamengo (Foto: Mauricio Val / VIPCOMM)
O rubro-negro esfrega os olhos uma, duas, três vezes, e ainda assim custa a acreditar. É Ronaldinho Gaúcho mesmo. No primeiro jogo do camisa 10 do Flamengo fora do Rio, o carinho da estreia, quarta-feira passada, se repetiu. Na entrada em campo, o craque se viu cercado por muitas crianças. Teve dificuldades até para erguer os braços e cumprimentar os torcedores.
Em Macaé, cada toque na bola do astro foi motivo de alvoroço. Ronaldinho começou a partida disposto, faminto nas disputas de bola, orientando os companheiros. Não guardou posição, como determinou o técnico Vanderlei Luxemburgo. O novo capitão até apareceu pela ponta esquerda, onde sempre fica à vontade. Mas durante a maior parte do tempo foi atacante ao lado de Deivid. Buscou sempre jogar de primeira, mas errou alguns passes.
Apesar do domínio, o Fla criou pouco. Ora pela direita, ora pela esquerda, apostou nos cruzamentos para a área. Maldonado, rasteiro, e Renato, pelo alto, arriscaram chutes da entrada de longe. Da primeira vez que foi ameaçado, por pouco não sofreu o gol. Aos 13, André Luis puxou contra-ataque em velocidade, deixou os marcadores para trás e passou a Frontini. Na cara do gol, o argentino tentou passar por Felipe, mas sem sucesso.
Thiago Neves também fez das suas. A principal delas foi um lindo lançamento, de pouco depois do círculo central. O camisa 7 mirou Deivid, o atacante tentou passar pelo goleiro Thiago na área e acabou derrubado. O árbitro marcou pênalti. Era o sinal para a histeria começar no Moacyrzão. De posse da bola, Ronaldinho dirigiu-se à marca do pênalti sob gritos eufóricos dos fãs. Antes, um abraço de boa sorte de Thiago Neves. Seis passos, batida colocada, bola para um lado, goleiro para o outro, aos 23. Dois socos no ar e sambadinha na comemoração. O craque não marcava um gol desde 23 de novembro. Na ocasião, fez o segundo do Milan na vitória por 2 a 0 sobre Auxerre (França), pela Liga dos Campeões.
Pouco depois, teve nova chance em cobrança de falta, mas parou no goleiro. Paulo Rodrigues também tentou para o time de Saquarema, mas Felipe fez boa defesa.
- Inesquecível. Sabor de primeira etapa cumprida, que era começar assim - disse Ronaldinho, na saída para o intervalo. 
Fla amplia, cochila, mas vence no fim
O Fla voltou com Fernando no lugar de Maldonado no meio-campo. Voltou com vontade de decidir e não demorou quase nada para ampliar a vantagem. Em mais um bom avanço pela direita, Léo Moura fez grande jogada. Depois de deixar um marcador para trás, foi à linha de fundo e cruzou na segunda trave. Na pequena área, Deivid completou de cabeça para o gol, aos quatro. O atacante, vaiado contra o Nova Iguaçu, foi abraçado por todos os companheiros. Terceiro dele no Carioca.

A ideia de que seria um segundo tempo fácil caiu em apenas dois minutos. Joílson cruzou da direita, Leandro Chaves desviou no meio do caminho, e Frontini bateu de primeira, no contrapé de Felipe, para diminuir.

Diminuiu também o ritmo de Ronaldinho. Apesar de demonstrar muita vontade, o craque andou sumido em alguns momentos. Distribuiu bons passes, levantou a torcida como sempre, mas sem brilho. Na metade da etapa final, pareceu ter sentido o desgaste. Numa disputa de bola, chegou atrasado e fez falta dura em Roberto Lopes. Mais uma novidade para o camisa 10: o primeiro cartão amarelo como jogador do Rubro-Negro.
O Fla pagou por ter diminuído o ritmo. Aos 36, Welinton errou um passe para Jean e entregou para Frontini. O chute da intermediária deviou no próprio Jean e enganou Felipe, que chegou a tocar na bola, mas não evitou o empate: 2 a 2.
Se Wanderley brilhou na estreia de Ronaldinho, um outro reserva foi responsável pela vitória no dia do primeiro gol do astro. Aos 41, Willians invadiu a área como se fosse um meia, superou o marcador na base da raça e cruzou para o garoto Negueba. Bastou um tapa na bola para fazer um dos campeões da Copa São Paulo de Juniores fazer o terceiro, assegurar a classificação do Fla e o primeiro lugar no grupo. Nos acréscimos, uma bola no travessão de Felipe quase resultou em nova igualdade. Mas os rubro-negros puderam mais uma vez comemorar uma vitória na Taça Guanabara 2011.
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Longe do Fla, Diego Maurício é cortejado por observadores europeus


Roma se junta a Porto e Shakhtar na lista de interessados. Empresário do jogador viaja ao Peru para acompanhar reta final do Sul-Americano


Diego Mauricio gol Seleção Sub-20 (Foto: Mowa)Diego Maurício comemora gol pela Seleção Sub-20
(Foto: Mowa)
Em meio a Ronaldinho e Thiago Neves quase não há tempo de o Flamengo lembrar de Diego Maurício. Mas deveria. O atacante, mesmo na reserva do time sub-20 que disputa o Sul-Americano no Peru, ganhou projeção e cortejos por causa de seu estilo de jogo.
Diego, conhecido como Drogbinha, marcou dois gols (ambos no hexagonal final) e tem chamado a atenção pela junção de força física e velocidade. Pelo menos três observadores de equipes europeias demonstraram interesse no atacante, de 19 anos. Porto, de Portugal, e Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, são as sondagens mais antigas, mas o Roma, da Itália, também juntou-se à lista. Recentemente, em um artigo de um jornal de Turim, um jornalista também indicou Diego – e o equatoriano Montaño – ao Juventus.

Ciente da valorização do atleta, cujo contrato com o Flamengo termina no fim de 2015, o empresário dele, Orlando Júnior, viaja a Arequipa no início da próxima semana para acompanhar os dois jogos finais da competição.

Apesar do fiasco do Flamengo no Brasileirão 2010, Diego terminou a temporada fortalecido. Foi o atacante rubro-negro que mais fez gols no campeonato: cinco. Superou, por exemplo, Deivid, que fez quatro.
- Quero voltar e buscar o meu espaço. Não tenho essa vaidade de ser reserva ou titular. O negócio é estar jogando.
O assunto transferência não é tabu para o jogador, mas, pelo menos por enquanto, ele prefere se concentrar na busca pela vaga olímpica com a Seleção.
- Sendo bom para mim e para o Flamengo, não vejo problema. Mas não pensei em nada ainda. Estou concentrado no Sul-Americano.
A Seleção Brasileira vai entrar em campo neste domingo, às 23h10m (de Brasília), para encarar a Argentina, no Estádio Universidad Nacional San Agustín, em Arequipa, no Peru, pela terceira rodada do hexagonal final. O time canarinho lidera a competição, com seis pontos, seguido de Equador e Uruguai, com quatro. Os hermanos aparecem na terceira colocação, com três. Chile e Colômbia ainda não pontuaram no torneio.
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Ronaldinho põe o pé na estrada para ajudar Fla a conseguir classificação


Time rubro-negro precisa apenas empatar com o Boavista neste domingo, em Macaé, para garantir vaga nas semifinais da Taça Guanabara

A festa e a ansiedade ficaram para trás. Chegou a hora de Ronaldinho colocar o pé na estrada e ajudar o Flamengo no interior. Neste domingo, a partir de 17h (de Brasília), o camisa 10 é a principal estrela do duelo contra o Boavista, em Macaé, pela sexta rodada da Taça Guanabara.O estádio Cláudio Moacyr caiu no gosto do técnico Vanderlei Luxemburgo. Não será surpresa se no Brasileiro, por exemplo, ele preferir abrir mão do Engenhão para atuar no reformado estado do Norte Fluminense.
Neste domingo, a carga de 10 mil ingressos “sumiu” das bilheterias em menos de seis horas. Tempo para os torcedores locais demonstrarem a ansiedade pela primeira vez de Ronaldinho no local.
Luxemburgo Ronaldinho treino Flamengo (Foto: Jorge William / O Globo)Luxemburgo aposta na liberdade de Ronaldinho para conseguir sexta vitória (Foto: Jorge William / O Globo)

O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos. A TV Globo exibe para os estados do RJ, ES, SE, AL, PB, RN, PI, PA, MA, AM, AC, AP, RR, RO e DF, além da cidade de Joinville-SC. O árbitro do duelo será Carlos Eduardo Braga com os auxiliares Francisco de Sousa e João Luiz de Albuquerque.
 
header o que esta em jogo
Flamengo: um ponto. É isso que o time precisa em duas rodadas para garantir vaga das semifinais da Taça Guanabara sem depender de outros resultados. O Rubro-Negro lidera o Grupo A com 15 pontos. Mais do que manter o aproveitamento de 100%, a preocupação do treinador Vanderlei Luxemburgo é continuar a evolução da equipe.
Boavista: invicta até a última rodada, a equipe da Região dos Lagos perdeu em casa para o Resende por 1 a 0 e se afastou vaga às semifinais. Para retomar a segunda vaga, precisa vencer o Flamengo neste domingo e torcer contra o Resende, que enfrenta o Nova Iguaçu.
 
header as escalações 2
Flamengo: Vanderlei Luxemburgo ainda está em busca da formação ideal. Ele recolocou Egídio na lateral esquerda e tirou Vander. Desta forma, Renato volta a atuar no meio-campo. A modificação visa a dar mais liberdade para Ronaldinho criar as jogadas. O Flamengo terá dois desfalques no banco de reservas. O argentino Bottinelli, que estreou na última rodada, está com dores no tornozelo direito. O outro problema é o artilheiro Wanderley, autor de quatro gols no estadual. Herói na vitória sobre o Nova Iguaçu, o atacante foi poupado por causa de dores no ligamento do joelho direito. Escalação: Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio; Willians, Maldonado, Renato e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid.
Boavista: o único desfalque do time é o apoiador Erick Flores. Ele pertence ao Flamengo e uma cláusula contratual o impede de entrar em campo. Raphael Augusto deve substituí-lo. Goleador do time no Carioca com quatro gols, o argentino Frontini está confirmado no ataque. O técnico Alfredo Sampaio deve mandar a seguinte equipe ao campo: Thiago, Joílson, Gustavo, Santiago e Paulo Rodrigues; Julio César, Thiaguinho, Raphael Augusto e Tony; André Luis e Frontini.
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header fique de olho 2
Flamengo: sem a sombra de Wanderley, o atacante Deivid tem em Ronaldinho e Thiago Neves apoiadores de luxo para servi-lo. E ele precisa da força. Marcou duas vezes no Estadual, mas o desempenho do reserva coloca a posição em risco. Por enquanto, o treinador Vanderlei Luxemburgo segura o experiente camisa 9 no time titular. Mas uma boa atuação neste domingo facilitaria o trabalho.
Boavista: cortejado pelo Cruzeiro, o lateral-dirieto Joílson é um dos destaques do Boavista na boa campanha na Taça Guanabara. Foi dele, por exemplo, a ótima jogada para o terceiro gol da equipe na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, na terceira rodada.
 
header o que eles disseram
David Braz, zagueiro do Flamengo: “Nosso objetivo é a classificação em primeiro lugar e vamos para Macaé para conseguir a vitória. A equipe está bem equilibrada. O ataque está pressionando a defesa adversária e isso facilita para a gente, pois a bola chega fácil”.
Frontini, atacante do Boavista: “Enquanto tivermos chances vamos atrás desta vaga na semifinal. Já demonstramos em campo que somos capazes de vencer qualquer equipe. Contra o Flamengo não será diferente. Vai ser difícil. Vamos enfrentar um grande time, que vai contar com toda a torcida a seu favor”.

header números e curiosidades
* O Flamengo não vence uma partida por três ou mais gols de diferença desde a goleada por 4 a 0 sobre o Resende, no dia 6 de março de 2010. Desde então, o time entrou em campo 62 vezes.
* O Boavista disputa seu quarto Campeonato Carioca e jamais chegou às semifinais de turno. O time de Saquarema é originário do Barreira, que disputou o Estadual entre 1995 e 1997.
 
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header último confronto v2

Bruno Mezenga e Kleberson fizeram os gols na vitória por 2 a 1 do Flamengo sobre o Boavista, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O confronto aconteceu há praticamente um ano, dia 7 de feveiro. Edson descontou.

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Ex-presidentes do Fla comentam sobre desejo de Luxemburgo

Treinador do Flamengo sonha, no futuro, ser presidente do clube



Luxemburgo (Foto: Alexandre Loureiro)Vanderlei Luxemburgo projeta, no futuro, ser presidente do Flamengo (Foto: Alexandre Loureiro)
Eduardo Mendes

O desejo do técnico Vanderlei Luxemburgo se tornar presidente do Flamengo no futuro foi repercutido peloLANCE!NET com alguns ex-presidentes do clube.
A reportagem ouviu Gilberto Cardoso Filho, Luiz Augusto Veloso e Hélio Ferraz que opinaram sobre a declaração do treinador.
Em entrevista exclusiva ao LANCE! deste domingo e publicada também no LANCE!NET, Luxemburgo revelou o sonho de se assumir a presidência do Rubro-Negro, mas com uma condição: desde que se esclareça sobre a vida política do clube.
- Então, é me envolver na parte política do clube, mas não já, como técnico. Para poder vir a ser um dia, quem sabe, presidente. Essa é a ideia que eu queria. Voltar ao clube, fazer gestão, me aproximar, entender a parte política do clube, que étotalmente diferente da parte profissional, para tentar galgar o cargo de presidente - disse o treinador.
Esta é a terceira passagem de Luxemburgo como técnico do Flamengo. O treinador comandou o time em 1991, em 1995, ano do centenário do clube, e retornou em outubro do ano passado.

CONFIRA A OPINIÃO DE EX-PRESIDENTES DO FLAMENGO:

Gilberto Cardoso Filho (presidente entre 1989 e 1990 e interino em 2002)
Qualquer rubro-negro sonha um dia ser presidente do Flamengo. Isso é normal. Luxemburgo encara o futebol só por um lado. Para ser presidente, ele teria de fazer algum curso ou ter experiência como dirigente. Há um outro enfoque. Além do esportivo, tem o político e o social do clube. Isso corresponde a 30% e o futebol a 70%.
Não é apenas o fato de você ter sido um grande presidente ou grande treinador que significa que terá sucesso como presidente.
Temos exemplos que mostram que isso, às vezes, não deu certo.
Se ele tivesse uma vivência desse processo, gostasse e se adaptasse não vejo problema. Ele é profissional e é muito bom no que faz, mas se adaptar a outro tipo de vida é algo completamente diferente.

Luiz Augusto Veloso (presidente entre 1993 e 1994)
Vanderlei sempre se declarou torcedor do Flamengo. Todas as vezes em que cruzei com ele, desde a sua saída do clube, ele sempre se mostrou interessado nas coisas do Flamengo.
Ele tem o direito de tratar isso como uma aspiração legítima para o futuro. Todo rubro-negro que é sócio e conselheiro tem o direito a pensar nisso. Vejo com naturalidade. Ele já tinha falado isso em outra oportunidade e não é uma surpresa para mim.
Luxemburgo ficou muito tempo fora e o Flamengo que ele encontra hoje está um pouco diferente do clube que ele esteve na última vez. Mas ele tem um conhecimento profundo sobre o clube.
Da mesma forma que Zico tem essa aspiração, a Patricia (Amorim), como atleta e depois se tornou presidente, Luxemburgo também tem esse direito.
Essa aspiração, portanto, é legítima e respeitável.

Hélio Ferraz (presidente entre 2002 e 2003)
Vejo como uma condição sensacional. Eu acho que vamos fazer uma grande economia.
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Ronaldinho inicia tour diferente do feito por astros recentes do Flamengo

Os dois últimos astros contratados pelo clube praticamente não atuaram longe da capital no Carioca





Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo - (Foto: Gilvan de Souza)Ronaldinho Gaúcho jogará pela primeira vez no interior com a camisa rubro-negra - (Foto: Gilvan de Souza)
Eduardo Mendes

A segunda vez do Flamengo em Macaé (RJ) representará a estreia de Ronaldinho Gaúcho no interior do estado do Rio de Janeiro.
No duelo contra o Boavista, neste domingo, às 17h, no Cláudio Moacyr, o camisa 10 rubro-negro poderá iniciar um percurso que não esteve no roteiro dos dois últimos astros repatriados pelo clube em 2009 e 2010.
Enquanto o segundo jogo oficial do meia-atacante será logo fora dos domínios da capital, Adriano e Vagner Love, no Estadual do ano passado, praticamente não tiveram contato com os torcedores do interior carioca.
O Imperador disputou todos os seus dez jogos no Campeonato no Engenhão ou no Maracanã. Já o Artilheiro do Amor esteve presen-
te em duas das quatro vezes em que o Flamengo atuou no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).
A realidade em 2011, entretanto, projeta um cenário diferente para o Flamengo e para o astro da vez, Ronaldinho Gaúcho.
Se na temporada passada o Rubro-Negro fez apenas 23% de seus jogos no Carioca no interior, este ano esse número deverá aumentar não só no Estadual, mas também nas outras competições.
Sem o Maracanã, em reformas para a Copa do Mundo de 2014, e o Engenhão disponível, mas criticado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, os estádios do interior aparecem como única alternativa.
A cidade de Macaé já se mostrou disposta a se tornar a segunda casa oficial do Flamengo no Rio.
Todos os nove mil ingressos disponibilizados para o jogo de logo mais foram esgotados em algumas horas da manhã de quinta-feira.
Nesse contexto, caso a garantia da presidente Patrícia Amorim seja assegurada, o torcedor das outras regiões do Rio, especialmente de Macaé, pode comemorar.
Afinal, o contato com o camisa 10 do Fla será mais comum.
– Ronaldinho é jogador como os outros do grupo. Ele não vai contribuir se não estiver engajado ao coletivo. No contrato não tem nada de ele jogar jogos grandes ou pequenos – disse a dirigente, na época em que Gaúcho foi contratado.

Astros  do Flamengo no interior
Vagner Love
O atacante disputou 12 dos 17 jogos do Flamengo no Campeonato Carioca do ano passado. Desse total, ele esteve apenas duas vezes no interior. Atuou contra Macaé e Resende, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Adriano
O Imperador jogou dez partidas no Estadual e todas foram na capital.
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Luxemburgo: 'Sou bom pra cacete. Isso incomoda'

Técnico rechaça decadência e fala em ser presidente do Fla



Técnico, Luxemburgo - Sou bom pra cacete. Isso incomoda - (Foto: Gilvan de Souza)Luxemburgo explicou como se envolve na negociação de jogadores com o clube (Foto: Gilvan de Souza)
Nathan de Lima e Pedro Henrique Torre

Vanderlei Luxemburgo está mais relaxado. Calmamente, ele caminha pelo Ninho do Urubu rumo à sala de entrevista. Chega sério, mas, aos poucos, abre o sorriso com facilidade. Após voltar às raízes rubro-negras em meio ao turbilhão da luta contra o rebaixamento, o técnico planeja entrar, definitivamente, para a História do Flamengo. Primeiro, como técnico de uma equipe que tem Ronaldinho como seu camisa 10. Depois, talvez como manager do departamento de futebol. E, no futuro, o projeto: chegar à presidência.
Conhecedor do clube do qual sempre se declarou torcedor de carteirinha, ele sabe, no entanto, que o caminho político é traiçoeiro. Para isso, deseja se preparar e entender como funciona o mecanismo interno da Gávea. Aí, sim, estará pronto:
– A ideia é me envolver na parte política do clube, mas não como técnico. Para poder vir a ser um dia, quem sabe, presidente.
Nesta entrevista ao LANCENET!, o treinador elogiou a integração dos departamentos do clube na negociação para a chegada de Ronaldinho, a presidente Patricia Amorim, explicou sua influência no episódio e rechaçou a fama de decadente. Confira.
LANCENET!: Esperava um início de temporada tão positivo?
A gente trabalha para isso. Tivemos algumas decisões importantes, prevendo melhorar. Se fosse igual ao ano passado seria ruim. O que aconteceu já é uma coisa do trabalho, já analisado.
L!: Você assumiu o time no ano passado em meio a uma luta contra o rebaixamento e a crise política com a saída do Zico. Como foi administrar esse caldeirão?
Eu já conhecia o grupo. Já havia jogado contra. Conheço todos os times do Brasil e até fora do Brasil. Quando vi que poderia acertar com o Flamengo, fiz uma análise mais forte do time. Dentro da projeção, olhei e disse: "Essa equipe não pode cair." Mas existia um risco muito grande. Sei que a política ali interfere muito no trabalho. Eu confiava no trabalho, que dali para frente seria meu. O elenco era bom, confiava no caráter dos jogadores. Achei que dava. E deu.
L!: A formação do elenco deste ano passava obrigatoriamente por um craque do porte do Ronaldinho?
O Ronaldinho... A primeira vez que foi colocada a possibilidade foi no ano passado. Eu cheguei e disseram: "Existe a possibilidade do Ronaldo." Já existia uma proposta oficial em junho de 2010, assinada pela Patricia. Quando cheguei, o departamento de marketing falou que existia a possibilidade do Ronaldinho mesmo. Falei na hora: "Claro que interessa." Foi uma coisa que foi caminhando. Não passava necessariamente pelo Ronaldo. Seria importante, mas começamos a montar a equipe sem o Ronaldo. Contratamos o Darío (Bottinelli), o Thiago (Neves) foi um negócio que durou bastante tempo. O Ronaldinho a cada dia caminhava um pouco. Foi bom. Montamos o elenco e o Ronaldinho o completou.
L!: Como foi sua participação na negociação para contratá-lo?
Participei do negócio com o Flamengo. Já tenho amizade com o Ronaldo desde a Seleção Brasileira e com o Assis, que sempre negociou por ele. Já estive negociando o Ronaldo não sei se com Palmeiras ou Corinthians. Tenho amizade e falei com ele sobre jogar no Flamengo. Falei com a Patricia, falei com o Michel (Levy, vice de finanças), falei uma hora da manhã, sete da manhã, meio-dia. É envolvimento de negócio. Mas não foi o Vanderlei quem teve a participação. A participação foi de todos nós. Não tem um departamento isolado. Foram Michel Levy do financeiro; Harrison (Baptista) e Henrique (Brandão), do marketing; Patricia, Veloso (Luiz Augusto, diretor de futebol), Luxemburgo, Isaías (Tinoco, gerente de futebol)... Acho que o Flamengo está forte nisso aí. Não existe um departamento que resolveu. Somos todos nós juntos.
L!: Muitas vezes se diz que dirigente contrata jogador sem consultar o técnico. Como funciona esse processo no Flamengo?
Não vão trazer jogador algum sem consulta minha. Podem até trazer, pois o regime é presidencialista. Pode até trazer porque não sou dono do clube. Mas aí vou chegar para vocês (imprensa) e falar: "Olha aqui, não fui eu quem mandou trazer esse jogador. Foi contratado por alguém." Não vejo problema algum nisso aí, mas que tenha alguém responsável pelo negócio. Como nós estamos trabalhando com inteligência e coerência, sentamos à mesa e discutimos cada atleta e cada passo dado.
L!: Este momento do clube, do qual você participa, de construção de CT, estrutura, pode ser encarado como uma nova era?
Isso é uma marca minha. Além de técnico, procuro gerir e melhorar a estrutura. Imagina se eu passar por aqui, com todo conhecimento que tenho em futebol e gestão, e não acrescentar nada? Foi a mesma briga que tive em 91, quando saí daqui. Para que eu estou aqui? Não pode avançar um pouquinho? Voltei agora e praticamente encontrei as mesmas coisas daquela época. Isso tem de avançar. E foi bem recebido no mercado, todos aceitaram. Foi bem legal. Viram que estamos fazendo alguma coisa, está caminhando. O Flamengo começou a criar uma estrutura, ainda provisória, boa. Depois, vai ser dado o pontapé na construção do CT.
L!: No futuro você pensa em deixar de ser técnico e assumir uma outra função, ou se afastará do futebol?
Não quero me afastar disso, não. Tenho ideia de ser dirigente. A ideia de vir ao Flamengo não era nem para voltar para ser técnico. Era voltar talvez num outro momento para começar a construir... Não é ser presidente. A Patricia não é presidente do Flamengo porque ela escolheu ser presidente. Ela fez todo um trajeto político dentro do clube. Ela caminhou politicamente para ser presidente. Então, amanhã diz: "O Luxemburgo vai ser candidato a presidente." É preparado? Conhece os setores do clube que têm a ver a com a parte política? Então, é me envolver na parte política do clube, mas não já, como técnico. Para poder vir a ser um dia, quem sabe, presidente. Essa é a ideia que eu queria. Voltar ao clube, fazer gestão, me aproximar, entender a parte política do clube, que é totalmente diferente da parte profissional, para tentar galgar o cargo de presidente. Agora mudou meu pensamento, pois sou funcionário e não posso me envolver com a parte política. Se eu sair do Flamengo e quiser voltar para tentar alguma coisa política, vou ter de procurar caminho diferente.
L!: Em campo, então, poderia deixar o Junior Lopes (auxiliar), por exemplo, comandando o time?
A ideia é essa. Criar uma gestão uniforme de departamentos. Futebol não é mais amador. É profissional. É fazer um trabalho uniforme, uma comissão técnica definida, do clube, fixa e não minha. Então, qual é a minha ideia? De repente sair de treinador, passar para uma outra situação dentro do clube, de gestão, mas já virando para uma parte mais diretiva. E colocar alguém que eu esteja preparando para ser técnico. Tem o Jaime de Almeida, que é do clube, e o Junior, que veio de fora. Preparar esses caras para ter o nosso suporte para desenvolver futebol. Essa é uma ideia melhor, que pode prosperar. Não conversei com a Patricia nem nada. É ideia que pode vir a acontecer se o Flamengo entender que é boa. Mas não existe hoje. É mais para frente.
L!: Seria, então, no início, um estilo europeu, como um manager?
Com todo respeito, vocês tratam manager como ladrão. Quando fala em Luxemburgo como manager, Luxemburgo é ladrão, só está preocupado em discutir contrato com jogador. Faz isso porque ganha 10%. Eu preciso de 10%? Vai discutir a compra de jogador porque está envolvido na transação. Lá (Europa) é natural o Alex Ferguson, o Arsène Wenger, o (Fábio) Capello, o (José) Mourinho intermediarem porque eles têm o orçamento para trabalhar. É o que eu estou trabalhando no Flamengo, o orçamento. Mas aqui os sacanas fazem que o Luxemburgo ganha 10%. Não tem nada disso. Veja quanto de benefício eu trouxe para o Flamengo por estar aqui? Como na negociação do Felipe. O cara chega e fala que quer um valor, mas eu viro e digo: "Não, o Flamengo só paga tanto." Tenho experiência de mercado, conheço jogador, quanto paga. Trabalho com a razão, não com a emoção. Aqui falam que é ladrão. Vai fazer o quê?
L!: E isso te irrita muito?
Sim, me irrita. Porque isso começou a partir do momento em que fizeram uma CPI e colocaram uma mulher no Jornal Nacional falando que o Luxemburgo traficava uma bola de futebol com cocaína, que ganhava 10%, que tinha uma carteira de jogadores de futebol. Essa carteira nunca apareceu. E traficar cocaína em bola de futebol? Isso é complicado, né? Dali para frente começaram com isso. Mas já falei: no dia em que aparecer um cheque, uma transação minha, eu saio do futebol. Nunca apareceu nada e não vai aparecer. A não ser a fantasia na época da CPI, que não ficou provada. Imagine só. Dou porrada no Uram, não porque tenha problema com ele, tomo cerveja com ele. Mas ele vê o interesse dele e eu vejo o do Flamengo. Brigo duro. Se eu tivesse rabo preso, será que não haveria um filho da p... que diria "aqui, um cheque do Luxemburgo!" Será que não teria aparecido? Será que não dá para parar com essa coisa de Juca Kfouri, Marcelo Damato. Acham que todo mundo é pilantra. Só eles são corretíssimos. Você não vai colocar isso aí, vão colocar só o que é bom para vocês. Pode colocar. Damato só vê defeito. Será que não tenho um pouquinho de virtude? Já que ele falou tanto que eu era ladrão, na CPI ficaram provadas duas coisas: a minha idade, trocada pelo meu pai antigamente, o que acontecia com todos os jogadores, e Receita Federal, que eu discuti. O que mais existe na vida do Luxemburgo para ficar falando tanto? Se tivesse o rabo preso, ficaria em casa.
L!: Há a confusão no Brasil de que um manager não tem tempo para o campo e, por isso, você já foi chamado de decadente?
É cultura do futebol. Jornalista nenhum fica decadente, fica? Armando Nogueira até morrer era ícone e continua sendo. Jornalista adquire experiência, fica melhor. E o técnico é decadente? O cara ganha Prêmio Esso toda hora? Por que estou em decadência? Foi ruim pra cacete ano passado, só ganhei um campeonato. Pô, tem treinador que passa a vida toda e não ganha um campeonato. Meu ano passado foi ruim e estou em decadência. Sabe por quê? Porque eu sou bom pra cacete. Isso incomoda. Foram 23 anos como top. Quem você conhece assim? Aí começam a dizer que estou em decadência porque não ganhei o Brasileiro. Isso é criado por meia-dúzia. Não consigo mais dar treino de entrar em campo e chutar bola porque tenho 58 anos. Até gosto de fazer. Mas avancei com a minha qualidade. Para que vou dar treinamento de mini-jogo, de chute a gol, de cruzamento se você tem assistentes que dão? Antigamente o técnico fazia tudo. Aí arranjaram preparador físico, de goleiro, massagista. Tudo foi chegando. É você ter uma comissão técnica inteligente, de qualidade. Eu descobri isso e é a "patota do Luxemburgo". São profissionais de excelência que vêm para cá para melhorar a nossa qualidade. Então você tem um fisiologista, um fisioterapeuta, um psicólogo. É um que cuida da zaga, outro do meio de campo. São atribuições definidas em reuniões. Mas é a "patota do Luxemburgo".
L: Então o que você quis dizer ao falar em reciclagem após deixar o Atlético-MG em 2010?
Em respeito ao que está acontecendo do lado de fora. Trabalhar com isso (aponta para o campo) é mole. Parte tática de novo, o que tem? Nada. É na relação externa, o que está acontecendo com o mercado de futebol, com os empresários. O empresário hoje faz parte da comissão técnica. Você faz a palestra para o jogador dele aqui, ele vai na sala dele e faz a palestra ao contrário do que você fez. Como você vai agir? A mudança da Lei Pelé é importante para que você se fortaleça a relação. O técnico hoje fala para o jogador: "fecha aqui, você vai trabalhar, não vai jogar agora, daqui a pouco você joga." O empresário fala: "Não se preocupa. Se o Vanderlei não te botar para jogar no Fla, eu boto no Corinthians, Grêmio." Isso já aconteceu! Reciclagem é entender o que acontece no mercado.
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Urubutr