Bolha de Adriano vira novela, e presença do craque na estreia segue incerta
Médico do Fla diz que período de férias longe do clube atrapalhou o tratamento do atacante Tal qual Aquiles, personagem da mitologia grega, é no calcanhar que reside a única fraqueza de Adriano há mais de 50 dias. Treinando diariamente em tempo integral, mostrando seu habitual vigor físico e empenhado nas atividades, o Imperador, porém, ainda reluta quando o assunto é calçar as chuteiras.
Culpa de uma queimadura que sofreu no fim de novembro. Deste então, dia sim e outro também, a ferida no pé esquerdo ganha as manchetes do noticiário rubro-negro. Mas, afinal, a torcida se pergunta: o Imperador estará em campo no domingo contra o Duque de Caxias, no Maracanã, na estreia do time no Campeonato Carioca? A resposta do médico do clube Marcelo Soares, que acompanha a equipe na pré-temporada em Porto Feliz, indica apenas que ele tem chances, pois ainda restam quatro dias para a partida.
- Por enquanto, o Adriano ainda não se sentiu seguro para colocar a chuteira. Mas até domingo tem tempo. Fisicamente, ele está quase no nível dos demais. Até porque não teve folga. Ele é o único do elenco que está tendo um trabalho “personal”. A temporada dele será muito desgastante, com Libertadores, Carioca e, talvez, Copa do Mundo – disse Marcelo.
Porém, há mais perguntas no ar. Quanto tempo, afinal, um machucado como esse leva para definitivamente cicatrizar? Afinal, ele se feriu no dia 23 de novembro - ou, para ser mais exato, há 51 dias. Há mais questões: se Adriano ainda estava com o local sensível, por que participou de uma pelada na praia no dia 26 de dezembro, 20 dias depois da última partida oficial que disputou, contra o Grêmio, e que valeu o título brasileiro ao Flamengo? No dia 27 de novembro, um dia após a partida na praia, o artilheiro ainda bateu ponto no Jogo das Estrelas, organizado por Zico e realizado no Maracanã.
A explicação certamente passa pelo período longe da Gávea. De início, o tratamento à base de antibiótico e pomada e um corte na parte traseira da chuteira durante a semana garantiram a escalação na “decisão” contra o time gaúcho, ainda que longe das condições ideais. Chegaram as férias, tempo que em condições normais seria mais do que suficiente para curar a ferida. Mas, sem o tratamento assíduo com médicos e fisioterapeutas do Flamengo, a cicatrização do problema enganou. Apesar de aparentemente curado, o calcanhar do jogador ainda estava sensível, tanto que reclamou de dores na partida festiva de Zico.
Professor de dermatologia da Universidade Estácio de Sá e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Pedro Ribeiro de Freitas não quis opinar diretamente sobre a situação do ídolo rubro-negro, até por não ter atendido o jogador. Porém, ele explica o mecanismo de cicatrização da queimadura.
- Em uma pessoa saudável, o tempo para a cicatrização de uma queimadura grau 2 é de duas a três semanas. Porém, com o exercício ela pode fazer o traumatismo mecânico e formar uma nova bolha. Não pela temperatura elevada, mas pelo atrito. O que pode ter acontecido é um processo infeccioso secundário. Mas estou falando genericamente, não analisei e não tenho como dizer especificamente sobre o caso do Adriano - disse Pedro Ribeiro de Freitas.
O médico do Fla concorda que, pelo tempo decorrido, o problema já era para estar resolvido. Mas Marcelo Soares faz questão de ressaltar que não há motivo para estardalhaço.
- Se ele estivesse no clube seria diferente. Mas não tem por que criar polêmica sobre o assunto. O Adriano se apresentou com o machucado em fase final de cicatrização e agora está visualmente cicatrizado. Mas a pele fica sensível e pode criar uma nova ferida em cima da antiga - explicou.
Enquanto isso, Adriano disputou todos os treinamentos da pré-temporada de meiões. Por causa da limitação, não participou das atividades técnicas com os demais jogadores. Nesta quarta-feira, enquanto a maioria do grupo descansou durante a manhã, o Imperador trabalhou forte. No entanto, a escalação dele na partida contra o Duque de Caxias, domingo, no Maracanã, segue em dúvida. Nada que assuste a diretoria do Fla, ciente que a relação custo/benefício ainda é muito favorável ao craque.
- Não quero saber de queimadura, de bolha. Sei que o Adriano resolve dentro de campo e é isso o que importa – resumiu o vice de futebol Marcos Braz.
Culpa de uma queimadura que sofreu no fim de novembro. Deste então, dia sim e outro também, a ferida no pé esquerdo ganha as manchetes do noticiário rubro-negro. Mas, afinal, a torcida se pergunta: o Imperador estará em campo no domingo contra o Duque de Caxias, no Maracanã, na estreia do time no Campeonato Carioca? A resposta do médico do clube Marcelo Soares, que acompanha a equipe na pré-temporada em Porto Feliz, indica apenas que ele tem chances, pois ainda restam quatro dias para a partida.
Ainda sem calçar chuteiras, Adriano tem esperanças de enfrentar Duque de Caxias domingo
Porém, há mais perguntas no ar. Quanto tempo, afinal, um machucado como esse leva para definitivamente cicatrizar? Afinal, ele se feriu no dia 23 de novembro - ou, para ser mais exato, há 51 dias. Há mais questões: se Adriano ainda estava com o local sensível, por que participou de uma pelada na praia no dia 26 de dezembro, 20 dias depois da última partida oficial que disputou, contra o Grêmio, e que valeu o título brasileiro ao Flamengo? No dia 27 de novembro, um dia após a partida na praia, o artilheiro ainda bateu ponto no Jogo das Estrelas, organizado por Zico e realizado no Maracanã.
A explicação certamente passa pelo período longe da Gávea. De início, o tratamento à base de antibiótico e pomada e um corte na parte traseira da chuteira durante a semana garantiram a escalação na “decisão” contra o time gaúcho, ainda que longe das condições ideais. Chegaram as férias, tempo que em condições normais seria mais do que suficiente para curar a ferida. Mas, sem o tratamento assíduo com médicos e fisioterapeutas do Flamengo, a cicatrização do problema enganou. Apesar de aparentemente curado, o calcanhar do jogador ainda estava sensível, tanto que reclamou de dores na partida festiva de Zico.
Professor de dermatologia da Universidade Estácio de Sá e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Pedro Ribeiro de Freitas não quis opinar diretamente sobre a situação do ídolo rubro-negro, até por não ter atendido o jogador. Porém, ele explica o mecanismo de cicatrização da queimadura.
- Em uma pessoa saudável, o tempo para a cicatrização de uma queimadura grau 2 é de duas a três semanas. Porém, com o exercício ela pode fazer o traumatismo mecânico e formar uma nova bolha. Não pela temperatura elevada, mas pelo atrito. O que pode ter acontecido é um processo infeccioso secundário. Mas estou falando genericamente, não analisei e não tenho como dizer especificamente sobre o caso do Adriano - disse Pedro Ribeiro de Freitas.
O médico do Fla concorda que, pelo tempo decorrido, o problema já era para estar resolvido. Mas Marcelo Soares faz questão de ressaltar que não há motivo para estardalhaço.
- Se ele estivesse no clube seria diferente. Mas não tem por que criar polêmica sobre o assunto. O Adriano se apresentou com o machucado em fase final de cicatrização e agora está visualmente cicatrizado. Mas a pele fica sensível e pode criar uma nova ferida em cima da antiga - explicou.
Enquanto isso, Adriano disputou todos os treinamentos da pré-temporada de meiões. Por causa da limitação, não participou das atividades técnicas com os demais jogadores. Nesta quarta-feira, enquanto a maioria do grupo descansou durante a manhã, o Imperador trabalhou forte. No entanto, a escalação dele na partida contra o Duque de Caxias, domingo, no Maracanã, segue em dúvida. Nada que assuste a diretoria do Fla, ciente que a relação custo/benefício ainda é muito favorável ao craque.
- Não quero saber de queimadura, de bolha. Sei que o Adriano resolve dentro de campo e é isso o que importa – resumiu o vice de futebol Marcos Braz.
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