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sábado, 26 de março de 2011

Excluído por Luxa, Correa respeita decisão, mas cobra profissionalismo


Volante treina à parte e lamenta forma como foi avisado sobre a dispensa


Correa no treino do Flamengo (Foto: Fernando Maia / Agência O Gobo)Correa no último treino com o grupo do Fla, em 3 de
janeiro (Foto: Fernando Maia / Agência O Gobo)
A rotina de treinos físicos sem jogos e de contato restrito com a bola é uma incômoda novidade. Dá a sensação de estar parado no tempo. Correa tem vontade de sair do lugar o quanto antes. Quer cruzar os portões da Gávea e retomar o ritmo natural da carreira. Em janeiro ele fez parte da lista de jogadores que Vanderlei Luxemburgo não queria mais no Flamengo. Kleberson, Val Baiano, Diogo e Petkovic também. Destes, só o volante e o sérvio continuam vinculados ao clube. Passados quase três meses, Correa decidiu falar.
- Tenho cumprido o determinado com empenho, dedicação. Na maioria das vezes treinamos de segunda a sexta, em dias que coincidem com o trabalho do grupo principal. Basicamente são treinos físicos. Com dois jogadores fica difícil trabalhar com bola. Hoje (sexta-feira), encaixamos no time de juniores, que fez um treino na Gávea e acabamos participando.
A má notícia veio em forma de telefonema, em 3 de janeiro, dia da volta do grupo das férias. Correa chegou pouco antes das 9h, numa segunda-feira. Participou normalmente do primeiro treino de 2011. Recebeu a nova mala de viagem dos jogadores e deixou a sede do clube para almoçar, retornar para a atividade da tarde e seguir para Londrina com a delegação. Entre uma garfada e outra, tocou o telefone e do outro lado da linha estava o gerente de futebol Isaías Tinoco. Ele o avisou que não precisava mais voltar.
- Me apresentei, vi a lista, meu nome era o primeiro. Saí para almoçar, foi quando recebi a ligação. O Isaías passou a informação. Fiquei surpreso. Tenho contrato, filho matriculado na escola. No momento foi um baque, fiquei chateado.
Não houve contato (de Luxemburgo). O treinador tem direito a fazer escolhas, tenho de respeitar. É exclusivo dele. O que me chateou é que poderia ter sido feito de forma profissional"
Correa
Correa pertence ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia. O vínculo de empréstimo com o Rubro-Negro expira em 15 de junho. Estar encostado aos 30 anos causa desconforto. Ainda assim, a crítica do jogador não está na decisão, mas na forma como tudo foi conduzido.

- Falar que estou contente é mentira. No futebol moderno, com planejamento, deixar para avisar na hora da viagem não é a forma ideal. No futebol, situações como essas são normais, é um processo natural. Poderia ser avisado antes de sairmos de férias. Não houve este contato. Quando é falado, você se planeja, é um período que os clubes usam para negociar. Acabou me deixando de mãos atadas. Nunca havia passado por isso. Para você ver como são as coisas: são mais de 190 jogos pelo Palmeiras, três Liga dos Campeões disputadas. É o maior campeonato de clubes da Europa. Voltei para o Atlético-MG e tive um ano muito bom. O Flamengo teve um ano difícil, mas fiz bons jogos.
Correa conta que até a comunicação com os ucranianos exigiu tempo.
- Não é simples. Perde-se no mínimo uma semana, dez dias, para conseguir uma posição e avisar o que ocorre. Exige tempo. O calendário europeu é diferente.
Vanderlei Luxemburgo não o procurou. O contato mais frenquente com o departamento de futebol passa por Isaías Tinoco, que costuma visitar Correa e Pet na Gávea.
Números de Correa
 
* Palmeiras - 192 jogos (15 gols)
* D. de Kiev - 93 jogos (12 gols)
* Atlético-MG - 34 jogos (3 gols)
* Flamengo - 25 jogos
- Não houve contato (de Luxemburgo). O treinador tem direito a fazer escolhas, tenho de respeitar. É exclusivo dele. O que me chateou é que poderia ter sido feito de forma profissional.
O jogador classifica a relação com Luxemburgo como “muito boa”. Eles também trabalharam juntos no Atlético-MG, no primeiro semestre do ano passado.
- Fomos campeões mineiros. Por lá aconteceu a mesma coisa. Tinha contrato até o meio do ano, joguei 95% das partidas com o Luxemburgo, mas na hora de optar pela renovação fui dispensado e não sei o motivo. A nossa relação sempre foi muito boa. Nunca tive problema com ele ou com qualquer pessoa. Sou reconhecido no futebol pelo profissionalismo. Foi uma decisão dele.
O contrato com o Dínamo vai até junho de 2012. A ideia de voltar à Ucrânia não está descartada. Por enquanto, resta esperar.
- A não ser que aconteça algo bom para todas as partes, aí vamos conversar. Ao contrário, vou cumprir o acordo com o Flamengo, treinando, me preparando para voltar a jogar. É uma situação nova, é diferente. Tenho 30 anos, vou jogar muito ainda. Tenho minha família, passei três anos bons na Ucrânia e cumpriria o meu contrato traquilamente.
Dínamo pensa em processar o Fla
Os dirigentes ucranianos ficaram contrariados pelo fato de o jogador ter sido dispensado em janeiro, depois da reapresentação do time do Flamengo. Eles alegam que se tivessem sido comunicados em dezembro teriam mais chances de negociar Correa com outra equipe do Brasil e pretendiam mover um processo contra o Rubro-Negro. Correa e seu empresário, Giuseppe Dioguardi, intercederam para que nenhuma ação judicial fosse levada adiante.
- Eu tenho um ambiente muito bom no Dínamo e muito bom no Flamengo. Não foi uma decisão do clube, mas do técnico. Tenho meus princípios, minha formação. Não adianta. Cabe a mim cumprir, me preparar. O Flamengo tem cumprido com os compromissos, o salário está certo.
Apesar de o ordenado estar em dia, Correa ainda precisa receber algumas parcelas das luvas.
- Existe essa pendência, mas não me preocupa. Isso vai ser acertado o mais rápido possível. Sei que a Patricia (Amorim, presidente), o Michel Levy (vice de finanças) são sérios. O Isaías tem ido à Gávea direto para saber como estamos.

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