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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Botti admite problema de adaptação, mas avisa: ‘Estou melhorando’


Herói do Fla-Flu enumera diferenças entre futebol brasileiro e do restante da América Latina, mas fala em recuperar condição de titular: ‘Quero jogar’



Botinelli gol Flamengo (Foto: Jorge William / Agência O Globo)Bottinelli comemora gol contra o Flu: melhor
momento no Fla (Jorge William / Agência O Globo)
Vivendo sua semana dos sonhos, Bottinelli quer mais do que somente o brilho intenso do Fla-Flu do último domingo. Herói do clássico com dois gols, o argentino visa colocar um ponto final nos altos e baixos que marcam sua passagem pelo Flamengo e projeta manter uma regularidade que o recoloque entre os titulares. A evolução passa diretamente por pelo maior problema encontrado desde que chegou ao Brasil, no início do ano: a adaptação.
Revelado pelo San Lorenzo e com passagens pelo futebol do México e do Chile, o argentino admitiu que encontrou dificuldades nos gramados brasileiros, mas garantiu que a evolução tem sido constante.
- Estou melhorando. É o que eu quero, sempre. A adaptação é difícil.
Botti justificou sua opinião apontando em quais fatores o futebol jogado no Brasil é diferente do restante da América Latina.
- Primeiro, pelo estilo de jogo. Depois, o fato de jogar sempre domingo e quarta, sábado e quinta. Além disso, é difícil atuar nessa posição aqui, porque o lateral sempre passa para o ataque. O meia fica perdido em campo. Na Argentina, temos mais a bola nos pés. Tenho que superar esses obstáculos.
Obstáculos que foram responsáveis por sua saída da equipe titular. Membro de uma trinca de armadores escalada por Luxemburgo no início do Brasileirão, com Thiago Neves e Ronaldinho, Bottinelli tem passado mais tempo no banco de reservas do que em campo. Situação incômoda, mas que não faz o “Frango” esmorecer.
Sempre quero jogar. O Thiago falou (em entrevista) que queria atuar comigo, e eu também quero jogar com ele, com o Ronaldo, com todos. Mas são só 11"
Bottinelli, apoiador do Flamengo
- Sempre quero jogar. O Thiago falou (em entrevista) que queria atuar comigo, e eu também quero jogar com ele, com o Ronaldo, com todos. Mas são só 11, e o Vanderlei coloca em campo o que é melhor para o Flamengo. A briga é difícil. Trabalho da melhor forma para que ele me veja como um jogador que busca uma vaga no time. Todos são importantes. Não se vence campeonato com 11, mas com os 30 que temos.
E o poder passar por cima dos problemas realmente parece ser algo que Bottinelli encara com naturalidade. Sua melhor atuação com a camisa rubro-negra aconteceu justamente após o pior momento, quando foi substituído no intervalo da vitória por 2 a 1 sobre o América-MG depois de cometer pênalti. Ele garantiu, por sua vez, que o episódio em momento algum o abalou.
- Sempre tive a confiança do Vanderlei e de todos os meus companheiros. Os jornalistas são especialistas em criticar os jogadores. É o trabalho. Tudo bem. Mas faço o meu melhor. Sobre a falta contra o América-MG, para um meia fazer pênalti é porque estava ajudando o time. São consequências do jogo. Só que também fiz boas partidas. Contra América-MG, Cruzeiro, São Paulo...
Contra o Palmeiras, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Engenhão, pela 29ª rodada, Bottinelli volta ao banco de reservas, mas pronto para entrar e provar mais uma vez que a adaptação a cada dia que passa é um problema menor.

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