Patrícia Amorim planeja apresentar Cielo no Maracanã: ‘É a casa do Flamengo’

Patrícia Amorim planeja apresentar Cielo no Maracanã: ‘É a casa do Flamengo’

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, presidente diz que nadador pode ir ao estádio na estreia do time no Brasileirão, domingo, contra o São Paulo

Lydia Gismondi Direto de Santos, SP

• "Se eu tinha alguma dívida de gratidão com o Flamengo, eu me sinto pagando. Acho que estou ajudando o clube a continuar escrevendo a sua história e a resgatar a tradição da natação"
  

O Flamengo planeja para Cesar Cielo uma apresentação digna de um campeão olímpico e mundial. A presidente do clube, Patrícia Amorim, afirmou nesta quarta-feira que a intenção é mostrar o nadador à torcida no Maracanã, neste domingo, quando o clube estreia no Brasileirão, contra o São Paulo. Patrícia esteve em Santos nesta quarta-feira para ver Cielo na final dos 50m livre do Troféu Maria Lenk. Em conversa com o GLOBOESPORTE.COM, a ex-nadadora se disse orgulhosa de ver o ídolo competindo com a touca do Fla: “Se eu tinha alguma dívida de gratidão com o Flamengo, eu me sinto pagando”.

 

Patrícia Amorim entre Cesar Cielo e Nicholas Santos no Troféu Maria Lenk, em Santos

Cielo disse que vai ao Rio quando terminar o Maria Lenk. Já tem uma programação planejada para ele no Flamengo?
Domingo tem a abertura do Campeonato Brasileiro, tem Flamengo x São Paulo, no Maracanã. Então, talvez fosse interessante apresentá-lo lá no Maracanã, que é casa do Flamengo. E, durante a semana, a ideia é fazer com que as crianças consigam conviver um pouco com ele. Além dos sócios, que também estão eufóricos com a chegada dele.

Qual foi a sensação de ver o Cielo competindo com a touca do Flamengo?
Foi muito especial. É uma sensação diferente do futebol, do basquete. Hoje de manhã eu falei para o meu marido: “Não acredito que estou indo ver o maior nadador do mundo competindo com a camisa do Flamengo”. Se eu tinha alguma dívida de gratidão com o Flamengo, eu me sinto pagando. Acho que estou ajudando o clube a continuar escrevendo história e a resgatar a tradição da natação.

Você vibra mais com as conquistas nas piscinas ou nos campos?
São alegrias diferentes. Eu tenho uma coisa pessoal com a natação, mas o clube é 90% futebol. A nação rubro-negra se multiplica através dessa paixão pelo futebol. O que os esportes olímpicos trazem para o Flamengo é uma valorização da marca, da instituição, do aspecto social do clube.

Já é possível notar o crescimento das escolinhas de natação com a contratação do Cielo?
A gente não consegue sentir isso ainda. O que eu sinto é que tem mais sócios depois da minha chegada. Com a natação, acho que daqui a alguns meses a gente vai ter esses números mais sólidos. O que faz uma criança praticar um esporte é o ídolo. Então, eu não tenho dúvida de que quanto mais tivermos ele perto dessa garotada é interessante para a natação.

Mesmo com todos os reforços que fez este ano, a natação rubro-negra ainda está bem atrás do Pinheiros e do Minas. O que você acredita ser  necessário para que o Flamengo entre na disputa pelo título nacional?
Eles vencem na quantidade de atletas. As equipes deles têm 40, 50 atletas. A nossa tem vinte e pouco. Então, o que a gente precisa é massificar, formar mais atletas dentro do clube. Mas isso leva de três a cinco anos. Mas a gente vai fazer.