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terça-feira, 20 de julho de 2010

Vice recua, e Fla espera presidente para decidir demissão de Bruno

Hélio Ferraz não se sente 'confortável' para assinar justa causa e Patrícia Amorim, quando retornar de viagem, será responsável pela decisão

Por Eduardo Peixoto e Rodrigo Benchimol Rio de Janeiro
Bruno, ex-Flamengo foto na prisãoMesmo preso, Bruno não terá, por enquanto, seu
contrato rescindido por justa causa (Foto: AE)
O caso envolvendo a questão contratual de Bruno rendeu uma série de desentendimentos internos na política da Gávea nas últimas horas. Os dirigentes ainda não chegaram a um consenso sobre a posição e, por ora, a demissão está suspensa. Na noite da última segunda-feira, o vice-presidente geral, Hélio Ferraz, decidiu não aplicar a justa causa ao goleiro, dizendo ter tomado essa decisão com o aval de Patrícia Amorim. Na tarde desta terça-feira, a assessoria da presidente afirmou que o vice geral não se sentiu "confortável" para assinar a rescisão e a presidente tomará a decisão final quando retornar das férias nos Estados Unidos, na próxima semana. A tendência é que a presidente mantenha a posição inicial e rescinda o contrato do goleiro de forma unilateral.


A posição de Helinho surpreendeu o vice jurídico do clube, Rafael de Piro, um dos membros da comissão jurídica formada para discutir a questão contratual de Bruno.
- Fiquei sabendo dessa decisão (de não enviar a carta de rescisão) pela Internet esta manhã. Eu já assinei o documento da justa causa e nós já estávamos enviando tudo. Mas não sei direito o que aconteceu. Fui pego de surpresa. Tem de perguntar o que houve para o Hélio Ferraz. Eu prefiro não me pronunciar sobre este assunto – disse Rafael de Piro, nesta terça-feira.


Desencontros
Depois de ter negado, na noite de segunda, que o caso envolvendo Bruno tivesse sido abordado na reunião na Gávea, Hélio Ferraz explicou os motivos de ter recuado depois de a própria Patrícia Amorim dar uma série de entrevistas se posicionando a favor da justa causa. De acordo com o dirigente, que ocupa interinamente a presidência enquanto a mandatária está nos Estados Unidos, a comissão jurídica não formalizou qualquer decisão.


- Cheguei no domingo de viagem. Pelo o que eu sei, a comissão jurídica não apresentou qualquer laudo (decidindo pela justa causa). Ninguém entregou um parecer conclusivo do caso nem à presidente Patrícia Amorim, nem ao presidente interino. Havia um documento nesse teor (carta de rescisão que seria enviada), mas minha posição foi de não assiná-lo em comum acordo com a Patrícia, com quem falei por telefone. Não concordamos (com a justa causa). Nossa posição é de aguardar um pouco mais. A primeira questão é que temos de receber a manifestação dos juristas. Aí vamos nos orientar pelo o que está escrito por eles – disse Hélio Ferraz, nesta terça-feira.


Na sexta, a presidente resolveu desabafar sobre o caso e garantiu que o goleiro não iria mais jogar pelo Flamengo, e que já existia uma decisão para rescisão por justa causa e por um processo por danos à imagem da instituição. Logo em seguida, no mesmo dia, o vice jurídico, Rafael de Piro, confirmou que a comissão formada para debater o caso havia decidido, na quinta-feira, pela demissão do jogador. E revelou que estava enviando uma carta comunicando o jogador da decisão. Toda a mídia brasileira divulgou a posição oficial de Patrícia e de seu staff jurídico.


A comissão jurídica montada pelo clube é composta pelo advogado Mário Pucheu, o juiz federal Theophilo Miguel, os desembargadores Marcus Faver, Siro Darlan e Walter D'Agostino, e os juízes do trabalho Marcelo Antero e José da Fonseca Martins Júnior. Além de vice jurídico do Fla, que iria enviar o documento por AR (aviso de recebimento) ao presídio Nelson Hungria, em Contagem-MG. Com isso, bastava o goleiro receber esta carta para seu contrato estar rescindido.


No fim de semana, porém, o procurador e advogado de Bruno, José Maria Campelo, disse ao GLOBOESPORTE.COM que não concordava com a decisão do Flamengo e que seu cliente não assinaria qualquer documento de rescisão. E que se a justa causa fosse aplicada, iria à Justiça brigar contra o clube. Consultados sobre a decisão rubro-negra, advogados, sem  participação no caso, explicaram que a justa causa ainda não se aplica ao goleiro. O argumento principal é que ele não foi condenado pela Justiça como culpado no desaparecimento da ex-amante Eliza Samudio, mesmo estando preso.


Na noite de segunda-feira, o Flamengo recuou da posição oficial adotada 72 horas antes. Recém-chegado de uma viagem para Europa, o vice Hélio Ferraz se reuniu, na Gávea, com os presidentes dos conselhos do clube, Mauríco Gomes de Mattos (Administração), Leonardo Ribeiro (Fiscal), com o grande-benemérito Eduardo Motta, e com o ex-vice de futebol Marcos Braz. Além de debaterem a condução do caso envolvendo Bruno na mídia, eles também escutaram de Helinho que o clube não iria mais aplicar a justa causa.

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