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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Chega de bagunça: Vanderlei bota ordem na casa

Treinador quer nova postura: ‘Na Europa, jogador é profissional, a imagem é vendida com contrato'

Rio - Vanderlei Luxemburgo nega que seja uma cartilha, mas o técnico instituiu suas regras no Flamengo, com medidas direcionadas aos jogadores visando a uma postura mais profissional e tendo preocupação com a marca, o nome da instituição e os patrocinadores. Os itens determinados pelo treinador vão desde a proibição do uso de brincos e cordões nos treinos até a restrição ao uso do celular, entre outras medidas. 

“Não tem nada de cartilha. São mudanças de comportamento. Se não pode jogar de brinco ou pulseira, por exemplo, por que o jogador vai usar no treino?”, questiona Vanderlei. Ele completa: “Sempre trouxe isso comigo. Claro que a gente evolui. Não me lembro de ter trabalhado de calção. Talvez na praia ou na piscina, mas fora isso, não. Sem camisa também. Tem que ter postura, ser reconhecido como técnico em campo. Foi uma conduta profissional que eu criei e sempre carreguei comigo”.

As principais diretrizes são: início do treino no horário exato, sem os tradicionais 15 minutinhos de atraso que viraram regra; proibição de uso de bonés que não sejam do clube no local de trabalho; usar meião levantado nos treinos; não falar ao celular depois da preleção antes dos jogos; atletas devem conceder entrevistas com o uniforme. Vanderlei também proibiu cultos e reuniões evangélicas nas vésperas de jogos na concentração. 

“Imagina no local de trabalho, o clube tem seus patrocinadores, aí o jornal faz uma foto do cara com o boné da Onbongo? Não funciona. No local de trabalho não é permitido andar sem o uniforme. Para dar entrevista, tem o banner com os patrocinadores. É claro que a estrutura aqui ainda é caótica, mas é o começo de uma linha profissional. Nada de absurdo. Se o jogador joga com meia levantada, por que treinar diferente? Não é imposição. É uma postura profissional que estamos começando a introduzir”, afirma o técnico.

Vanderlei diz que os jogadores aceitam bem: “Tranquilo. Na Europa, o jogador é profissional, a imagem dele é vendida mesmo, com contrato”.

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