Renato e o gol de muitas histórias: mãe genérica, o bolo e a mira em Pet
Rubro-negra, Dona Lígia é a personagem que ilustra a marca do jogador, que se tornou o 50º maior artilheiro do Fla. Agora, ele quer passar o gringo
Ao balançar a rede no empate de 1 a 1 com o Ceará, no sábado, em Macaé, Renato entrou para a galeria do Flamengo como o 50º maior artilheiro do clube, com 56 gols. Por trás do feito, uma história de amizade e amor pelo Rubro-Negro. Depois do gol, o jogador agradeceu à “dona Lígia” - torcedora fanática, que ‘adotou’ o volante como filho desde sua primeira passagem pelo clube, em 2005. No domingo, um dia depois da partida, a farra foi completa: Renato comemorou a marca histórica e promoveu uma festa surpresa de aniversário para a ‘mãe genérica’. Nesta segunda, brincou falando sério: ‘Falta um para me igualar ao Pet’.
No último dia 20, dona Lígia completou 67 anos. No sobrenome, ela carrega Brasil. Mas bem que poderia ser Flamengo. Ou quem sabe Renato Futebol Clube.
- Conhecemos o Renato através de um amigo de São Paulo quando ele jogou no Flamengo pela primeira vez. Fizemos uma grande amizade, somos a Grande Família. A mãe do Renato está vivinha lá em São Paulo, mas digo que sou a mãe genérica – brincou dona Lígia.
No domingo, Renato preparou em sua casa uma festa de aniversário para dona Lígia, com direito a bolo com os bonecos da sua ‘mãe’ e um urubu, símbolo do Flamengo.
- Só tenho a agradecer, sou uma abençoada. Sou flamenguista fanática. Doente, não! O Renato colocou dois bonequinhos no bolo: uma senhora loura, que acho que sou eu (risos), e um urubu. E ai de quem comesse os bonequinhos. Sempre fiz bolo com o escudo do Flamengo para os meus filhos. Mas na hora de comer sempre dava pena de cortar...- recordou dona Lígia.
Entre fatias, dona Lígia exalta a cereja do bolo: o amor de Renato pelo Flamengo.
- É o meu time de coração, e o do Renato também, viu?! Na outra passagem dele pelo clube, quando o time perdia, o Renato ficava com cara de velório. No meio do caminho para a Barra, eu brincava: ‘Me deixa aqui na Linha Amarela, porque essa cara do Renato está brava demais’. Ele fica arrasado. Mas o time não é só ele, todos perdem – afirmou a torcedora, moradora da Abolição, Zona Norte do Rio.
Simpática e homenageada por Renato depois do gol histórico diante do Ceará, dona Lígia rasga elogios para o filho postiço. Os legítimos herdeiros são Aline e Alisson. E mais um agregado: Maurício, chamado de Gordinho. Todos Flamengo.
- Renato é um amor de criatura, merece muito mais. Ele tem um coração enorme, é muito família, disciplinado e ama o que faz.
O jogador nutre gratidão pela ‘mãe genérica’.
- É muito bacana, fizemos um boneco dela abraçada com um urubu. Ela é torcedora fanática e sempre me deu muita força.
Renato disputou 188 jogos pelo Flamengo nas duas passagens pelo clube - entre 2005 e 2007, e no retorno ano passado.
Diante do Ceará, o jogador chegou aos 56 gols e se tornou o 50º maior artilheiro da história do Rubro-Negro. Ele ultrapassou Vadinho, que tinha 55, e colou em Petkovic, que soma 57. O meia é o maior artilheiro do clube no século XXI.
- Fiquei muito feliz. Estou coladinho no Pet, só um. Quem sabe não ganho uma bandeira da torcida?! – disse Renato.
Caso os torcedores não realizem o sonho de Renato, dona Lígia está a postos para confeccionar a bandeira em homenagem ao ‘filho’.
Se fosse um bonequinho de bolo, ‘ai de quem botasse a mão’...
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