LNET! analisa a briga de Adriano com a balança
Falta aos treinos e consumo de álcool fazem Imperador ficar oito quilos acima do peso ideal

Adriano quando estava no São Paulo, em 2008, ao lado do fisiologista Turíbio Leite (Crédito: Reginaldo Castro)
Além de mostrar que pode voltar a dar alegria à torcida do Flamengo, Adriano precisará travar uma briga contra a balança, mais uma vez. A combinação de falta de treinamento com ingestão de bebidas alcoólicas dos últimos dias é um dos principais inimigos de um atleta como ele, dizem especialistas.
No Rubro-Negro, o peso do Imperador é tabu. Mas não é preciso ver os números da balança para perceber que o jogador está com alguns quilinhos a mais. Adriano, que tem 1,89 m de altura, estaria com 106 quilos, oito além do mínimo estipulado pela comissão técnica e por ele mesmo para bom rendimento em campo. Mesmo assim, longe do ideal. Em 2008, quando recuperou a forma no São Paulo, pesava entre 92 e 93 quilos.
– É um atleta que ganha peso rapidamente, pelo seu porte físico. Era uma das nossas principais preocupações quando ele estava aqui. Quando ficava sem treinar por algum problema físico, procurávamos controlar a alimentação – explica o fisiologista do São Paulo, Turíbio Leite de Barros, que trabalhou com o Imperador.
Assaf comenta a fase ruim de Adriano
– A partir de cinco ou seis dias, o atleta já ganha peso caso não se cuide. A parada interfere também no reflexo e no ritmo de jogo – observa.
Não bastasse a falta de esforço físico, ainda tem o peso (literalmente) do álcool. Adriano nunca negou que gosta de um chopinho. E nos últimos tempos estaria exagerando. Bebidas alcoólicas estão entre os principais vilões das dietas. É uma dos primeiros itens cortados por nutricionistas para quem quer emagrecer.
Álcool é inimigo de atletas
Além de ser um vilão para o peso, o álcool prejudica a recuperação dos atletas e interfere na performance de alto rendimento, explica o fisiologista Turíbio Leite de Barros, estudioso do assunto. Segundo ele, bebidas alcoólicas deprimem as funções fisiológicas exigidas durante a atividade física.
– Uma pesquisa mostrou que após a ingestão de álcool há depressão da função cardíaca devido à redução do volume de sangue que o coração ejeta em cada batimento. A consequência é menor quantidade de sangue e oxigênio que o coração pode mandar aos músculos durante o exercício – diz Turíbio.
Outra influência direta é na recuperação dos atletas após as atividades físicas. O médico diz que a tradicional cervejinha após os jogos não faz a reidratação necessária para o organismo, já que o álcool tem grande efeito diurético e provoca ainda mais perda de água pela urina.
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