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terça-feira, 16 de março de 2010

Monstro sagrado sai em defesa de Adriano

Escritor Eduardo Galeano dá sua opinião sobre cobertura da vida pessoal do craque

Adriano marcou um gol diante do Vasco no domingo
Adriano marcou um gol diante do Vasco no domingo
O noticiário esportivo do Rio de Janeiro abordou durante os últimos dias a vida pessoal do atacante do Flamengo Adriano. Diversos veículos expuseram suas opiniões sobre a vida do Imperador e o jornalista Lúcio de Castro, em seu blog, na ESPN Brasil, escreveu um artigo sobre a situação. Surpreso ele ficou com um dos comentários recebidos.  Eduardo Galeano, escritor uruguaio, considerado um dos monstros sagrados da classe, falou o que pensa sobre toda a polêmica envolvendo o craque rubro-negro.

Galeano é uruguaio, nascido em Montevidéu, e é autor de obras primas como As Veias Abertas da América Latina. Ele tinha o sonho de ser jogador de futebol quando criança e, talvez, a imaginação daquele menino simples continue assumindo o controle, de vez em quando.

Além de ser autor de diversas crônicas futebolísticas, Galeano escreveu "Futebol ao Sol e à Sombra". E muitas vezes ele ‘apontou para o preconceito enrustido e o ódio que alguns ícones do futebol despertam em alguns por mudarem de status na sociedade. Abordou isso no passado ao falar de Romário, Maradona e tantos outros’.

A citação acima é de Lucio de Castro, que, gentilmente, cedeu ao site oficial do Flamengo a opinião de Galeano sobre tudo o que foi dito sobre Adriano.

Confira abaixo o que diz o escritor uruguaio:
Eu creio que o caso de Adriano é revelador, como bem disse, de preconceitos e julgamentos que vão além das anedotas.

O bombardeio que Adriano sofre revela, por exemplo:

- A obsessão universal pela vida privada dos que tem êxito, e acima de tudo pelos desportistas vencedores que vem da miséria e que tinham nascido estatisticamente condenados ao fracasso.

- Exige-se deles que sejam freiras de convento, consagrados ao serviço dos demais e com rigorosa proibição do prazer e da liberdade.

- Os puritanos que os vigiam e os condenam são, em geral, medíocres cujo desafio mais audacioso, sua mais perigosa proeza, consiste em cruzar a rua com luz vermelha, alguma vez na vida, e isso tem muito a ver com a inveja que provoca o êxito alheio.

- Tem muito a ver com a demonização dos pobres que não renegam sua mais profunda identidade, por mais exitosos que sejam.

- E muito tem a ver, também, com a humana necessidade de criar ídolos e o inconfessável desejo de que os ídolos se derrubem.

Leia, na íntegra, o post no blog do Lúcio de Castro

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