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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Petkovic salva Flamengo de derrota para o Grêmio: 2 a 2 no Olímpico

Com gols de Douglas e Jonas, Tricolor encaminha vitória no Olímpico, mas sérvio garante empate nos últimos minutos

Por Alexandre Alliatti e Eduardo Cecconi Porto Alegre
leo moura e douglas, grêmio x flamengoLéo Moura foi bem no primeiro tempo, mas gol foi
de Douglas (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm)
O alívio flamenguista é sinônimo para a decepção gremista. Um gol de Petkovic aos 41 minutos do segundo tempo evitou a derrota rubro-negra para o Grêmio na noite desta quarta-feira, no Olímpico. O Tricolor vencia o jogo e parecia confirmar, ao mesmo tempo, sua ascensão e os temores do adversário no Campeonato Brasileiro. Mas Pet salvou. O empate por 2 a 2 é um porção pequena para as duas equipes: melhor do que nada, bem pior do que elas queriam.


Douglas e Jonas marcaram para o Grêmio. Kleberson fez o primeiro do Flamengo no jogo que marcou o reencontro entre Silas (muito mais vaiado do que aplaudido) e a torcida tricolor. Com o resultado, os gaúchos subiram para 30 pontos, na décima colocação. Os cariocas, com 28, estão em 14º.



O Rubro-Negro volta a campo no sábado, contra o Palmeiras, no Rio de Janeiro. O Grêmio visita o Atlético-MG um dia depois.

As falhas de uns são os acertos de outros: 1 a 1 no primeiro tempo

Não tem jeito: as falhas de uns influenciam nos acertos de outros. É bem verdade que o passe de Jonas, aos sete minutos do primeiro tempo, foi uma preciosidade. É impossível cegar para o fato de que a conclusão de Douglas, dentro da área do Flamengo, frente a frente com o goleiro rival, foi uma aula de classe, um pós-doutorado em frieza. Mas tudo poderia ter sido bem diferente se Ronaldo Angelim, entre o passe de Jonas e a conclusão de Douglas, não tivesse tropeçado nas próprias pernas. Desequilibrado, o zagueirão foi engolido pelo ataque tricolor. Falhas de uns, acertos de outros: falha de Angelim, gol do Grêmio .



Mas o tropicão de Ronaldo Angelim foi um lance isolado, uma fatalidade. Problema mesmo foi Fábio Santos. Não se faz com o pior inimigo aquilo que o ataque do Flamengo fez com o lateral-esquerdo do Grêmio. Os visitantes praticamente só jogaram por ali. Diogo e Léo Moura infernizaram a vida do camisa 6. E, quase sempre, levaram a melhor. O lateral-direito do Flamengo foi a melhor figura do primeiro tempo, em grande parte, porque o lateral-esquerdo do Grêmio foi a pior. E assim saiu o gol flamenguista.



Foi aos 33 minutos. Léo Moura avançou com a bola, passou por Fábio Santos e emendou o cruzamento. Kleberson, ágil, se antecipou a Rafael Marques e desviou para o gol (veja no vídeo ao lado). Falhas de uns, acertos de outros: a má noite do camisa 6 gremista coincidiu com a boa jornada do camisa 2 rubro-negro. E o Flamengo empatou...


Empatou, e foi justo. O Grêmio largou no jogo a mil por hora, fez o gol cedo, deu sinais de que jogaria muito. Mas o Flamengo logo cresceu. O problema para o time de Silas foi a falta de agudez. Mais rondou do que atacou. Rodrigo Alvim, em uma rara avançada pela esquerda, mandou cruzado, com perigo, para fora.
O Grêmio teve outra grande chance, tão clara quanto o lance do gol. Souza tabelou com Douglas e ficou em vias de marcar, dentro da área, olho no olho com Lomba. O chute do meio-campista tricolor foi espalmado pelo goleiro flamenguista. Quase.

Mais um para cada lado




Tem falha que não é exatamente uma tentativa errada. Tem falha que é falta de ação. A zagueirada do Flamengo pensou em qualquer coisa aos nove minutos do segundo tempo: as eleições de 3 de outubro, a paz mundial, a agonia dos mineiros soterrados no Chile... Qualquer coisa, menos em como cortar o cruzamento de Souza, menos em como evitar o desvio de André Lima, menos em como interromper a conclusão de Jonas. Jonas, sempre Jonas: toque na bola, bola no gol. Pela 12ª vez no Campeonato Brasileiro. Jonas é o goleador da competição.



Labaredas tomaram conta do jogo depois do gol do Grêmio. Esquentou muito. O Flamengo se jogou para o ataque. O Grêmio respondeu com perigo. Chances foram criadas de lado a lado. Os goleiros cresceram, fecharam o gol, evitaram gols claros. Virou jogão.



Só falta canonizar Victor. Ele tem milagres de sobra. A defesa que o guardião gremista fez aos 21 minutos não tem explicação lógica. O cabeceio de David foi na frente dele, à queima-roupa, no canto. O goleirão voou e salvou o Grêmio.
Victor de um lado, Marcelo Lomba de outro. Em pancada de André Lima e em conclusão de Jonas, o goleiro do Flamengo salvou. O artilheiro gremista perderia mais um, ao tocar por cima de Lomba e ver David salvar.


Em um jogo de risco, o Flamengo conseguiu o empate. Léo Moura fez o lançamento, Petkovic se enrolou com a bola, enganou Victor e teve o gol aberto para empatar. O alívio flamenguista é sinônimo para a decepção gremista. Empate no Olímpico.

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