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domingo, 18 de julho de 2010

Flamengo envia carta de justa causa, e procurador de Bruno critica o clube

José Maria Campelo diz que goleiro não foi condenado e nada vai assinar, pois decisão do clube não está fundamentada juridicamente

Por Rodrigo Benchimol Rio de Janeiro
O Flamengo decidiu, após reunião de sua comissão juridica, na última quinta-feira, demitir Bruno por justa causa, como foi divulgado na sexta-feira. Para a rescisão do contrato com o goleiro ser consumada, basta que ele receba o documento, nos próximos dias, no presidio Nelson Hungria, em Contagem (MG). Mas o procurador do jogador, José Maria Campelo, afirmou neste domingo que não concorda com o procedimento adotado pelo clube e que seu cliente não assinará qualquer coisa.


Isso, porém, não vai mudar a decisão do Flamengo pela rescisão por justa causa. É o que afirma o vice jurídico rubro-negro, Rafael de Piro.


- Assinei esta carta de rescisão, e era para ela ter sido enviada via AR (aviso de recebimento), na última sexta-feira, para o presídio onde o Bruno está. Ainda não tenho certeza se foi enviada. Vou confirmar isso nesta segunda-feira – explicou Rafael.

Mas a conduta do caso por parte do Flamengo foi criticada pelo procurador de Bruno, que também é advogado. José Maria Campelo afirmou ao GLOBOESPORTE.COM que o goleiro nada irá assinar, até porque qualquer documento precisa ser enviado para quem cuida da carreira do jogador.


- Sou eu o procurador do Bruno, e o Flamengo deveria estar falando comigo. Estive no clube uma vez, dexei cópia da minha procuração e meus contatos. Estou sabendo desta coisa toda através da imprensa… Isso me surpreende. A postura do clube é de julgar e condenar o Bruno perante a opinião pública antes de qualquer coisa. O clube está tomando medidas drásticas. Estou esperando que o clube volte a ter contato comigo e vou ligar para o Dr. Quaresma (advogado criminalista que está cuidando do caso) para que o Bruno não assine nada e passe por mais um constrangimento. Eles (Flamengo) precisam fundamentar essa rescisão com base na justa causa. Não basta a suposição. A Justiça não condenou qualquer pessoa – disse Campello, que promete brigar judicialmente contra a decisão rubro-negra.



Rafael de Piro se defendeu das acusações do procurador de Bruno afirmando que não há qualquer procuração detalhada de quem responde pelo caso. Ele lembrou que o Flamengo também foi procurado pelo advogado Diogo Souza, que estaria representando o goleiro na discussão contratual.


- Foi um advogado lá (Diogo) que não voltou com procuração específica. E eu vi a procuração dele (Campelo), mas ela tinha poderes amplos. Não específicos também. Mas posso enviar uma cópia da carta para o advogado e o procurador dele se for o caso. De qualquer maneira, não é preciso que o Bruno assine qualquer documento. Essa carta serve apenas para comunicá-lo da decisão de que o clube já o dispensou. Só precisamos que ele tome conhecimento – disse o vice jurídico do Flamengo, lembrando que a decisão pela rescisão foi tomada por uma comissão formada por advogados, juízes trabalhistas e desembargadores.


- A dispensa do Bruno não foi motivada pelo fato de ele estar preso, mas na repercussão do caso. Foi pelo desgate que ele causou à marca do clube e seus patrocinadores – disse Rafael, que espera apenas a confirmação do aviso de recebimento para dar como consumada a rescisão do contrato com Bruno.


José Maria Campelo disse que não conhece o advogado Diogo Souza.
- Tem de perguntar por quem ele foi contratado - disse Campelo.

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