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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Repasse de R$ 8 milhões gera crise e coloca em risco contrato do Fla com Globo

  • Patrícia ao lado do executivo da Globo, Marcelo Campos: relação entre emissora e clube em risco
    Patrícia ao lado do executivo da Globo, Marcelo Campos: relação entre emissora e clube em risco

Os próximos dias serão movimentados nos bastidores do Flamengo. Após fechar o acordo com a TV Globo para a transmissão dos jogos a partir de 2012, a presidente Patricia Amorim vê ameaçada a aprovação do compromisso no Conselho Deliberativo, em votação inicialmente marcada para a próxima terça-feira, dia 26.
O impasse acontece em razão de o Conselho Fiscal garantir que não dará o parecer favorável a uma das cláusulas do contrato. O órgão não concorda com o repasse de R$ 8 milhões por ano ao Fundo de Custeio da CBF. Com ele, a entidade máxima do futebol brasileiro financia compras de direitos de transmissão aos clubes não contemplados por acordos televisivos, como os que sobem da Série B para a Série A.
Antigamente, o repasse era de responsabilidade do Clube dos 13. Porém, com o racha na entidade a TV Globo incluiu a cláusula nos contratos individuais de cada clube. O Flamengo acertou o compromisso com a emissora por quatro anos. São R$ 92 milhões anuais, com a cessão dos direitos em TV aberta, TV a cabo, pay-per-view, transmissões internacionais, telefonia móvel, internet e publicidade estática. Deste total, o clube veria um montante de R$ 32 milhões retirado dos seus cofres durante o tempo de contrato.
“O Conselho Fiscal é radicalmente contra isso. Vamos encaminhar um parecer para a suspensão desta cláusula. Se for desse jeito posso garantir que o contrato não vai passar no Conselho Deliberativo. Vamos usar toda a força política. Os conselheiros têm a consciência do que é melhor para o clube e a discussão terá de acontecer novamente”, afirmou Leonardo Ribeiro, presidente do Conselho Fiscal do Flamengo, ao UOL Esporte.
Além do problema em questão, o Conselho Fiscal exige outra modificação na ordem do dia da reunião do Conselho Deliberativo. O poder entende ser necessário votar a não aprovação do contrato com a Rede TV, já assinado pelo Clube dos 13 e que renderia R$ 38,7 milhões para transmissão dos jogos do clube em TV aberta. A Record também fez uma proposta. A emissora ofereceu R$ 100 milhões e três anos de contrato. O contrato com a TV Globo, apenas em TV aberta prevê R$ 30 milhões anuais ao Rubro-Negro, além de R$ 40 milhões em pay-per-view.
Apesar dos problemas, o departamento jurídico do Conselho Deliberativo tenta solucionar a questão. Alguns dirigentes receberam a informação de que a TV Globo estuda corrigir o repasse nos contratos para que seja respeitada a decisão de cada clube negociar em separado a venda dos seus direitos.
“A nossa posição é a de assinar o contrato com a TV Globo desde que tudo isso seja recalculado. O acordo que envolve o pay-per-view é o que recebe o nosso maior apoio. Mas não queremos e não admitimos depender da CBF para emprestar dinheiro ao clube em cima de um repasse. Isso não existe e vamos brigar até o fim”, encerrou Ribeiro.

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