Andrade se decepciona com demissão, mas faz promessa: 'Um dia eu volto'
Treinador considera que foi retirado do cargo por um motivo político. Para ele, casos de indisciplina têm de ser resolvidos pela diretoriaEm entrevista ao jornal "Extra", Andrade disse que não acredita que esses tenham sido os reais motivos de sua demissão.
- A impressão que tenho é de que, para ficar bem no cargo, precisaria ganhar o Brasileiro, o Estadual, a Libertadores, o Mundial... Da forma que foi (a demissão), não tem como não se decepcionar. Tinha 70% de aproveitamento. Foi uma demissão política. Faz parte da vida. Sou o técnico campeão brasileiro depois de 17 anos. Um dia eu volto - disse o treinador.
Para Andrade, problemas de indisciplina são muito mais de responsabilidade da diretoria do que da comissão técnica. E citou um exemplo que aconteceu em outro clube para mostrar o seu ponto de vista.
- Na briga entre o Maurício e o Obina (Palmeiras, em 2009), quem deu entrevista depois do jogo? Quem anunciou a punição? Não foi o Muricy. Foi um dirigente, um diretor. O técnico tem que dar resultado em campo. Fiz isso. Conquistei vitórias.
Sobre o planejamento de 2010, Andrade reconheceu um erro estratégico: dar ao Campeonato Carioca o mesmo peso da Taça Libertadores. Segundo o treinador, o certo seria disputar a competição sul-americana com todas as forças. Mais uma vez os exemplos de outras de outras equipes foram utilizados para mostrar o que pensa.
- Todos os brasileiros que estão nas oitavas da Libertadores não foram campeões. O Inter ainda está na disputa (do Gaúcho), mas priorizou o tempo todo a Libertadores. Nós deveríamos ter priorizado. Mas nem por isso os técnicos foram demitidos - afirmou.
Sem o vínculo com o Flamengo desde sexta-feira, Andrade chegou a negociar com o Goiás, mas o clube alviverde optou pela contratação de Emerson Leão.
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