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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Várias correntes políticas do Fla aprovam a chegada de Zico

Mas já há vozes levantando questionamentos sobre a contratação dele como diretor-executivo por conta de patrocinadores pagarem seus salários

Por Rodrigo Benchimol Rio de Janeiro
Zico novo dirigente do FlamengoZico deve levar paz política ao Flamengo
(Foto: Rodrigo Benchimol / Globoesporte.com)
Ao comentar o retorno de Zico ao Flamengo como diretor-executivo de futebol, a presidente Patrícia Amorim disse que essa era uma oportunidade de unir as mais diversas correntes do clube. Inicialmente ela parece ter acertado no comentário, já que nomes importantes da política rubro-negra concordaram que o Galinho é o nome ideal para uma transformação. Mas como na Gávea tudo é sempre mais complicado, já há vozes levantando questionamentos sobre como será a gestão profissional comandada pelo maior ídolo do Rubro-Negro.
Apesar disso, boa parte das personalidades políticas do Flamengo elogiaram a escolha de Patrícia Amorim.
- Foi sensacional. É a melhor notícia que a Nação rubro-negra poderia receber. Zico é uma liderança, uma pessoa experiente dentro do futebol, conhece o Flamengo e transmite confiança. Sua presença será fundamental para a profissionalização do futebol e vai facilitar muito o desenrolar administrativo. Acho que a política do clube vai influenciar pouco. Quem for contra o Zico é contra o Flamengo. Temos de deixar que ele trabalhe – explicou o ex-presidente Marcio Braga.
Principal rival de Patrícia nas últimas eleições, Delair Dumbrosck também aprovou o retorno de Zico.
- Ele é, inegavelmente, a pessoa certa: foi líder dentro de campo e sempre foi fora dele. Ainda estão faltando algumas coisas na gestão, como alguns vices, por exemplo. Mas com a chegada do Zico a Patrícia vai ter mais tranqüilidade para comandar o clube. Até porque quem for oposição a ele é oposição ao Flamengo. Ele é uma unanimidade. Vamos dar apoio político. Ficar quieta é a melhor contribuição das diversas correntes políticas – disse Delair.
Ex-vice de futebol de Patrícia Amorim, Marcos Braz também comemorou que Zico tenha aceitado o convite para profissionalizar o departamento de futebol. O ex-dirigente, inclusive, comemorou o fato de ter ajudado para isso ter acontecido.
- O primeiro contato com o filho dele (Bruno Coimbra) foi feito por nós, no ano passado, quando começamos a engatinhar na parceria com o CFZ. E agora é uma nova fase que está começando e a politicagem do Flamengo não pode atrapalhar. É preciso haver paciência para ver esse trabalho dar certo e tomara que os resultados aconteçam. Até porque o Zico está assumindo um desafio que ele não precisava – disse Braz.
Mas como a política da Gávea é cheia de opiniões divergentes, todos os detalhes da chegada de Zico estão sendo acompanhados de perto. Um deles é com relação ao seu vínculo com o clube, já que seus salários serão pagos pelos patrocinadores (Olympikus e BMG). Até mesmo quem é a favor da sua efetivação como diretor-executivo diz que é preciso que o clube comece da melhor maneira a profissionalização do futebol.
- Em síntese, a presença dele é importante para o Flamengo. Acho que o clube está tendo com ele a oportunidade histórica, clara e única de profissionalizar o futebol. Mas tem de saber aproveitar isso direito. Não é preciso haver vergonha dele receber, nem o Flamengo de pagá-lo. No profissionalismo amplo, ele tem receber de acordo com o trabalho dele no Flamengo. Se hoje o futebol do clube arrecadar, por exemplo, R$ 80 milhões e com ele passar a arrecadar R$ 120 milhões, é natural que ele seja compensado por isso – afirmou o ex-presidente Kleber Leite.
Já o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, foi bem mais enfático no seu posicionamento. Conhecido por ser um dos maiores debatedores políticos da Gávea, ele foi o único a se posicionar contra a efetivação de Zico como diretor-executivo de futebol.
- Minha opinião como torcedor é que vamos perder um ídolo e não vamos ganhar um dirigente. Como presidente de poder, eu vou querer saber se a contratação dele fere o estatuto do clube. Se ele está assumindo um cargo remunerado dentro do Flamengo, por que será pago pelos patrocinadores? Se futuramente ele sair do clube, vai entrar com uma ação contra o Flamengo ou contra a Olympikus? Temos de saber se a responsabilidade trabalhista e tributária dele é com o Flamengo ou com o patrocinador. Se tudo não for feito de maneira clara, podemos ter um ciclone político que está sendo formado em alto mar chegando ao continente de maneira devastadora – afirmou Leonardo Ribeiro.
Segundo informações de Patrícia Amorim, uma das condições para Zico aceitar o convite era a de não onerar o Flamengo. Com isso, foi buscada a solução dele ter os seus salários pagos pela Olympikus e pela BMG até dezembro de 2012, quando termina a da presidente. A apresentação do novo diretor-executivo de futebol vai acontecer na próxima terça-feira, na Gávea, onde serão dados maiores detalhes do contrato.

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