Apoiador garante que está adaptado ao novo clube e diz que o Fluminense já faz parte do seu passado
Rio - Nas Laranjeiras, todos esperavam que o bom filho retornaria. Mas Thiago Neves acabou em território inimigo. No Flamengo, encontrou resistência interna e da torcida, ainda magoada pelo Fla-Flu de 2008 em que o meia fez três gols e tripudiou diante dos rubro-negros. Quatro jogos e um golaço sobre o Vasco depois, o camisa 7 deu um ‘créu’ na desconfiança. O Fluminense ficou para trás.
“Isso agora acabou, já passou. Estou à vontade aqui”, afirmou Thiago Neves, que, embora admita que torcerá para o Tricolor na Libertadores, mostra não estar preocupado com o desempenho do rival. “Tenho muitos amigos no Fluminense, não vou falar que não vou torcer, mas a minha cabeça é outra. Estou no Flamengo e quero pensar nas semifinais. O Fluminense faz parte do passado”.
A idolatria tricolor por Thiago Neves nasceu justamente na competição continental, há três anos, quando o Tricolor ficou com o vice-campeonato.
Hoje, aos 25 anos, o jogador mostra maturidade. Sem vaidade, busca seu espaço no coração dos rubro-negros, ofuscado pelo brilho de Ronaldinho Gaúcho. No entanto, ele não deixa a ambição de lado. O meia espera que, com a marcação adversária preocupada em parar o camisa 10, abra-se o caminho para que possa fazer sucesso na nova casa.
“Já ouvi muito que as atenções ficariam no Ronaldo. Para mim, é bom. O foco fica nele e sobra espaço para mim. Tenho que estar bem. O espaço vai aparecer, e eu tenho que aproveitar. A rapaziada já me avisava: ‘Se prepara, quem vai arrebentar é você’. Tomara que sim”, disse, confiante, Thiago Neves.
E a hora de roubar a cena pode ser nas finais da Taça Guanabara. Thiago Neves prefere não fazer previsões sobre a partida em que o time atingirá o ponto ideal, mas traça uma meta pessoal. O objetivo dele é entrar nas semifinais no melhor de sua forma.
O que faz crescer na torcida do Flamengo o desejo de ver o créu, de 2008, vingado pelo algoz da época, diante da possibilidade de um cruzamento com o rival Fluminense. Para o meia, seria bom até pisar no freio, domingo, contra o Resende: “Muita água mata a planta. Tem que dar uma segurada”.
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